segunda-feira, 25 de abril de 2011

Rainha Cristina da Suécia

No século XVII a Europa foi varrida por uma série de guerras entre nações católicas e protestantes. O Rei da Suécia Gustalf I era um dos principais líderes políticos protestantes da época. Durante uma batalha ele foi morto. Na linha de sucessão estava sua filha Kristina ou Cristina, uma jovem com muitas ideias brilhantes para sua nação. A nova Rainha achava um absurdo promover uma guerra por questões religiosas. Assim ela queria antes de qualquer coisa assinar um tratado de paz com os católicos da Europa. Na questão interna Cristina estava disposta a promover uma grande reforma educacional na Suécia, que para ela era apenas uma nação com um povo sem cultura, sem estudo, sem ciência.

Cristina adorava os livros e as artes. Durante todo o seu reinado ela promoveu a construção de escolas e bibliotecas, além de ser extremamente tolerante com todas as demais religiões. Isso enfureceu os líderes protestantes de seu país. Os evangélicos achavam que a única sabedoria vinha da Bíblia e tudo o mais seria apenas heresia. Eram fundamentalistas fanáticos! Os protestantes também eram contra qualquer tipo de reforma visando uma ampla alfabetização e educação do povo sueco. Os pastores igualmente abominavam a ideia de ter paz com as nações católicas da Europa. Os diversos grupos de protestantes da Suécia acreditavam que os católicos deveriam ser mortos. Os Luteranos eram os mais empenhados em promover uma guerra de matança continental contra todos os católicos europeus. A Rainha porém abominava uma visão tão absurda como aquela. Não é à toa que começou a se criar contra ela um grande movimento de oposição aos seus planos de Estado.

A Rainha estava consternada com a corrupção religiosa dos pastores suecos. Eles dilapidavam os cofres públicos e roubavam as pessoas pobres, das comunidades mais humildes do interior. A ira e o fanatismo dos protestantes contra qualquer outra forma de religiosidade também impressionaram a Rainha. Diante de tanta corrupção, roubo e abusos, a Rainha aos poucos foi se aproximando dos católicos. O Papa enviou um grupo de jesuítas para mostrar a doutrina católica para a Rainha. Ela ficou impressionada com o verdadeiro catolicismo e não apenas com aquilo que ela pensava ser a doutrina católica. Logo a Rainha pensou em se converter ao catolicismo romano, se aproximando cada vez mais do Papa Alexandre VII.

Também se tornou muito amiga do filosofo católico René Descartes, de quem era grande admiradora. O pensador mostrou para a Rainha seus pensamentos, sua filosofia. Ela ficou grandemente inspirada. Os protestantes porém odiavam Descartes e sua forma de pensar livre e libertadora. Depois de muito lutar contra os protestantes obtusos e atrasados da Suécia, Cristina resolveu abdicar em favor de seu primo. Ela entregou o trono e foi morar em Roma, no berço cultural do mundo da época. A rainha se converteu ao catolicismo e começou a aproveitar sua vida, livre da opressão insuportável dos protestantes. Ela se tornou protegida do Papa e viveu seus últimos anos entre artistas, pensadores, escritores e dramaturgos. Quando morreu a Rainha teve a honra de ser enterrada ao lado dos Papas, algo inimaginável para outras mulheres do século XVII. O fato justificador é que a Rainha havia se tornado um símbolo poderoso da força da doutrina católica.

Pablo Aluísio.

Um comentário:

  1. Catolicismo em Maria
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