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domingo, 17 de março de 2024

South Park (Não Recomendado para Menores)

Título no Brasil: South Park (Não Recomendado para Menores)
Título Original: South Park (Not Suitable for Children)
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Comedy Partners
Direção: Trey Parker
Roteiro: Trey Parker, Matt StoneA
Elenco: Trey Parker, Matt Stone, April Stewart

Sinopse:
Os pais ficam chocados ao descobrirem que uma das professoras do ensino fundamental onde estudam seus filhos criou uma conta adulta no Onlyfans! Pior do que isso, apenas a loucura que toma conta dos garotos em relação a uma nova bebida que surge no mercado. Eles ficam completamente obcecados pela marca. Vira quase uma seita de adoração impulsionada pelo marketing digital. 

Comentários:
Antes de mais nada é bom saber que South Park não é uma animação para crianças. E essa aqui ainda é mais proibida do que os episódios normais da série. Uma vez afastadas as crianças da sala, só resta aos adultos rirem muito com a ironia que existe em cada cena. O foco aqui é atirar contra a hipocrisia da sociedade americana, tão falsamente puritana. Em um lance de hilaridade os pais ficam chocados em saberem que a professorinha posa nua na internet e que ganha uma grana com isso. Logo alguns dos velhos tentam abrir também uma conta no Onlyfans! Nonsense total. Agora, inteligente mesmo, é a sátira em cima da loucura que toma conta das crianças em relação a uma nova bebida que só faz mal para elas. Puro açúcar, nada saudável. Mostra como um marketing agressivo detona mesmo a mente dos pequenos, mas claro, tudo feito sob um ângulo da galhofa e do humor. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de março de 2021

Thundercats

Título no Brasil: Thundercats 
Título Original: Thundercats 
Ano de Produção: 1985 - 1989
País: Estados Unidos, Japão
Estúdio: Rankin / Bass Productions
Direção: Katsuhito Akiyama
Roteiro: Jules Bass, Doug Bernstein, Beth Bornstein
Elenco: Larry Kenney, Earl Hammond, Lynne Lipton, Earle Hyman, Peter Newman, Gerrianne Raphael

Sinopse:
Depois da destruição de seu planeta de origem, os Thundercats vão parar em um novo planeta, chamado de Terceiro Mundo. Lá descobrem que terão que enfrentar vários desafios e aventuras. E vão precisar também vencer o vilão Mumm-Ra que vai tentar destrui-los.

Comentários:
Essa série animada foi uma das mais populares nos anos 80 (isso se não foi mesmo a mais popular, rivalizando com outro grande sucesso, He-Man). O curioso é que seu criador Tobin Wolf se baseou no folclore japonês. Havia uma lenda em que gatos selvagens surgiam de raios, em noites de tempestade. Assim Wolf teve a ideia de criar esses personagens, verdadeiros "gatos do trovão". Deu certo. Inicialmente ele pensou numa linha de quadrinhos para sua criação, mas a série de TV veio em primeiro lugar. Líder de audiência na TV americana (e no Brasil também), "Thundercats" rendeu quatro temporadas, mais de 130 episódios e uma verdadeira febre dentro da cultura pop. Os animadores eram japoneses e os roteiristas e dubladores, americanos. A divisão de tarefas, fruto do talento de todos os envolvidos, numa verdadeira cooperação internacional, transformou a animação em um hit de audiência. Mais tarde, como seu criador havia planejado, Thundercats virou também história em quadrinhos (publicado pela Marvel e depois DC Comics) e invadiu o mundo dos brinquedos, games, produtos licenciados, etc. Claro, isso gerou uma fortuna considerável, deixando todos os seus realizadores ricos e bem sucedidos. Só na venda da marca para brinquedos e outros produtos já se recuperava em muito o custo da produção dos desenhos. Depois dessas primeiras temporadas nos anos 80 houve algumas tentativas de reviver os Thundercats em novas séries animadas. Só que o sucesso espetacular da série original jamais foi alcançado.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de março de 2021

Jonny Quest

Título no Brasil: Jonny Quest  
Título Original: Jonny Quest  
Ano de Produção: 1965
País: Estados Unidos
Estúdio: Hanna Barbera
Direção: Joseph Barbera, William Hanna
Roteiro: Doug Wildey, William Hamilton
Elenco: Mike Road, Tim Matheson, Don Messick, Danny Bravo, Henry Corden, John Stephenson

Sinopse:
A família Quest e seu guarda-costas investigam fenômenos estranhos e lutam contra vilões ao redor do mundo. Desenho animado clássico dos estúdios Hanna Barbera durante a década de 1960.

Comentários:
Uma animação muito popular nos anos 60, inclusive tendo sido exibida por anos no Brasil, com muito sucesso na TV americana. No Brasil esse desenho animado foi exibido em praticamente todas as emissoras abertas, inicialmente pela TV Tupi, ainda nos anos 60, depois pela Rede Globo, passando por Bandeirantes, Record e Manchete. E sempre alcançando bons índices de audiência. Mostrava como era realmente boa a animação como um todo. A intenção era fazer pequenos desenhos de aventura, explorando até mesmo um certo sabor das antigas séries de cinema, aqui tudo misturado com naves e tecnologia futuristas. Foi claramente uma mudança de ares no estilo de desenho animado do estúdio. Ao invés de bichinhos falantes, se procurava atingir um público até mais adulto, embora no final das contas tenha agradado mesmo às crianças. Algumas temporadas mais recentes foram até produzidas, porém nunca mais se repetiu o charme da temporada original. Hoje em dia é um ótimo programa de nostalgia para quem era criança na época e assistia as aventuras dessa família de cientistas e aventureiros.

Pablo Aluísio.

Planeta do Tesouro

Título no Brasil: Planeta do Tesouro
Título Original: Treasure Planet
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio:  Walt Disney Studios
Direção: Ron Clements, John Musker
Roteiro: Ron Clements
Elenco:  Joseph Gordon-Levitt, Emma Thompson, Martin Short, Patrick McGoohan, Austin Majors, Patrick McGoohan

Sinopse:
Com roteiro inspirado no clássico da literatura juvenil "A Ilha do Tesouro", escrito por Robert Louis Stevenson, essa animação da Disney conta a história de um grupo de aventureiros especiais que partem em busca de uma grande fortuna, escondida em algum planeta distante.

Comentários:
Eu não gostei. E olha que sempre fui muito fã das animações dos estúdios Disney. Aqui o problema básico é até bem fácil de localizar. Tentaram fazer uma animação Sci-fi usando os elementos do clássico livro "A Ilha do Tesouro". Não funcionou e me leva a seguinte pergunta: Por que não adaptaram o livro fielmente? Será que faltam elementos e aventuras na obra da literatura, uma das mais consagradas do mundo? Claro que não! Então por qual razão não aproveitaram o que já estava pronto e consagrado? Ao invés disso enfiaram um monte de ficção no meio, sinceramente? Nada a ver. Ficou ruim em todos os aspectos. Talvez por isso também seja um dos filmes menos lembrados dessas nova safra da Disney. Agora, se tivessem feito de acordo apenas com o universo criado por Robert Louis Stevenson, tenho plena certeza que seria um pequeno clássico moderno. Não foram por essa caminho e quebraram a cara. É isso.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Looney Tunes - De Volta à Ação

Título no Brasil: Looney Tunes - De Volta à Ação
Título Original: Looney Tunes - Back in Action
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joe Dante, Eric Goldberg
Roteiro: Larry Doyle
Elenco: Brendan Fraser, Steve Martin, Timothy Dalton, Heather Locklear, Joan Cusack, Roger Corman

Sinopse:
Os Looney Tunes procuram o pai desaparecido de um homem e o mítico diamante Blue Monkey, que vale uma verdadeira fortuna, milhões de dólares. Filme indicado ao Annie Awards, o Oscar da animação, em diversas categorias, entre elas a de melhor animação produzida para o cinema.

Comentários:
Em seu lançamento original essa animação foi encarada como uma espécie de sequência de "Space Jam: O Jogo do Século". Bom, não era bem isso. Se o primeiro filme apresentava celebridades como o jogador de basquete Michael Jordan, esse aqui não tinha nenhum grande nome para atrair o público aos cinemas. Só tinha mesmo a galeria dos famosos personagens de desenhos animados como o Pernalonga, o Patolino, o Papa-Léguas, o Diabo-da-Tasmânia, etc. Aliás havia mais "celebridades" animadas do que um grande elenco em carne e osso. Joe Dante sempre foi um diretor excelente nesse tipo de produção, mas aqui ficou um pouco no controle remoto. O que deixou essa animação um pouco mais chata foi a presença do ator Brendan Fraser, sempre muito cansativo. Nem Steve Martin, usando uma esquisita caracterização, conseguiu melhorar o filme como um todo. Sinceramente é melhor rever os divertidos antigos desenhos animados clássicos da Warner dos anos 50 e 60, do que ver esse longa-metragem turbinado de efeitos digitais para o cinema.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

O Estranho Mundo de Jack

Título no Brasil: O Estranho Mundo de Jack
Título Original: The Nightmare Before Christmas
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Henry Selick
Roteiro: Tim Burton, Michael McDowell
Elenco: Danny Elfman, Chris Sarandon, Catherine O'Hara, William Hickey, Glenn Shadix, Paul Reubens

Sinopse:
Jack Skellington, rei de Halloween Town, descobre Christmas Town, a cidade do eterno natal, mas suas tentativas de trazer o Natal para sua casa causa as maiores confusões. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhores efeitos especiais (Pete Kozachik, Eric Leighton e equipe).

Comentários:
Tim Burton criou essa história, escreveu o roteiro e quando todos pensavam que ele iria dirigir essa animação em stop-motion, decidiu passar o bastão para o diretor Henry Selick. O filme foi produzido pela Touchstone Pictures, companhia cinematográfica pertencente ao grupo Disney. Curiosamente esse selo não produzia animações, mas uma exceção foi aberta. É uma boa animação, com ótimo design na elaboração das criaturas que vivem nesse estranho mundo. Vejo muito de Grinch nesse tipo de enredo. Certamente foi uma referência para Burton. E no mais a animação tem toda aquela superioridade técnica que sempre se espera de produtos chancelados pelo império Disney. Divertido, bem bolado e com ótimo material para brinquedos e produtos para crianças, essa animação do Jack foi uma carta acertada do baralho de Tim Burton.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Coraline e o Mundo Secreto

Título no Brasil: Coraline e o Mundo Secreto
Título Original: Coraline
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus Features
Direção: Henry Selick
Roteiro: Henry Selick
Elenco: Dakota Fanning, Teri Hatcher, John Hodgman, Keith David, Robert Bailey Jr, Ian McShane

Sinopse:
Baseado no best-seller escrito por Neil Gaiman, essa animação conta a história da garotinha  Coraline (Dakota Fanning). Com seus pais sempre preocupados com o trabalho, ela sai para explorar a casa para onde se mudou. Acaba encontrando uma pequena portinha que a leva para outra realidade, com outra mãe e outro pai. Eles parecem perfeitos, só que algo sinistro se encontra por trás de tudo aquilo. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Animação.

Comentários:
Adorei essa animação em stop-motion. Não é apenas essa técnica que traz muitas saudades da infância que se destaca, mas também da fábula que é contada. Com claras referências ao inesquecível "Alice no País das Maravilhas" de Lewis Carroll, esse conto infantil com claras tintas de sobrenatural, se sobressai igualmente pelas boas ideias e universo de ricos personagens coadjuvantes. Em diversos momentos você vai se perguntar se não está assistindo a algo assinado por Tim Burton, porque o clima em geral remete inteiramente a esse diretor. Só que Burton de fato não participou da produção. Todos os méritos e aplausos são dados ao cineasta Henry Selick que já havia demonstrado todo seu talento em animações como "O Estranho Mundo de Jack" e "James e o Pêssego Gigante". Nesse estilo de animação ele é realmente brilhante. Eu não recomendaria esse filme para crianças muito pequenas, com menos de 10 anos de idade, porque há elementos realmente sinistros, de filmes de terror mesmo, que poderá inclusive assustá-las. Porém, acima dessa idade, penso que elas vão adorar. Afinal a menina protagonista é uma pré-adolescente, que já não brinca mais de bonecas. Enfim, ótima animação, fruto da adaptação de um também ótimo livro. Tudo nos lugares certos.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de novembro de 2020

O Caminho Para El Dorado

Título no Brasil: O Caminho Para El Dorado
Título Original: The Road to El Dorado
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Animation
Direção: Bibo Bergeron, Don Paul
Roteiro: Terry Rossio, Ted Elliott
Elenco: Kevin Kline, Kenneth Branagh, Rosie Perez, Armand Assante, Edward James Olmos, Jim Cummings

Sinopse:
Durante a exploração do novo mundo, no século XVI, dois vigaristas acabam descobrindo um mapa que levaria ao El Dorado, uma cidade feita de ouro na recém descoberta América. Com esse mapa em mãos eles então partem para uma grande aventura. Filme indicado a oito categorias no Annie Awards, o Oscar da animação.

Comentários:
Esse mundo da animação é dos mais concorridos dentro da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Claro que o estúdio de Steven Spielberg, a Dreamworks, não ficaria de fora desse nicho. Porém, com poucas exceções, a Dreamworks nunca acertou muito nesse segmento. E aqui eles cometeram um erro básico. A conquista da América pela Espanha definitivamente não é tema para animação infantil. Tampouco a procura por El Dorado. Esses foram dois eventos históricos reais e levaram a um verdadeiro genocídio das populações nativas do continente americano. Vale a pena explorar esse tipo de passado sombrio, transformando tudo em animação infantil? Penso que não! Faltou mesmo bom senso na escolha do tema. E de mais a mais o fato é que esse desenho não é também muito bom, caindo muitas vezes no marasmo. Estima-se que esse filme custou 95 milhões de dólares e rendeu pouco mais do que isso. Não foi um projeto lucrativo. Não foi por falta de aviso. O público não curtiu o enredo, a história, os personagens, ou seja, não agradou mesmo. Hoje em dia essa animação está praticamente esquecida.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Asterix e o Segredo da Poção Mágica

Título no Brasil: Asterix e o Segredo da Poção Mágica
Título Original: Astérix Le Secret de La Potion Magique
Ano de Produção: 2018
País: França, Bélgica
Estúdio: M6 Studio, M6 Films, Les Editions
Direção: Alexandre Astier, Louis Clichy
Roteiro: Alexandre Astier, Louis Clichy
Elenco: Christian Clavier, Guillaume Briat, Alex Lutz, Bernard Alane, Daniel Mesguich, Alexandre Astier

Sinopse:
O mago druída Panoramix decide que é chegado a hora de encontrar seu sucessor na arte da magia. Esse novo herdeiro de seus conhecimentos deverá dominar a criação da poção mágica, que ajuda seu povo a ficar livre da dominação de Roma. Só que essa busca por um jovem mago vai ser mais complicada do que ele poderia imaginar.

Comentários:
Esse divertido universo foi criado em 1959 pelos cartunistas Albert Uderzo e René Goscinny. Asterix vive em uma aldeia na Gália antiga. Seu povo está sempre tentando derrotar César e os romanos, que insistem em conquistar aquelas terras. Como se pode perceber os quadrinhos recriam com muita diversão um período histórico que realmente existiu no território que hoje em dia seria a França moderna. Foi até mesmo um toque de gênio de seus criadores pois ao mesmo tempo que diverte as crianças trazem a elas informações históricas que também ensinam. Pena que na história real os gauleses tenham sido derrotados pelos romanos. De qualquer forma essa animação não deixará a desejar para quem lê os quadrinhos de Obélix, Asterix e todos os demais personagens. Minha única crítica seria pelo fato de que dessa vez preferiram optar pela computação gráfica. Vamos ser sinceros, a animação tradicional seria muito mais adequada. Esse Asterix digital não me agradou muito não, apesar do enredo absolutamente divertido e engraçado.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Bambi

Título no Brasil: Bambi
Título Original: Bambi
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: James Algar, Samuel Armstrong
Roteiro: Perce Pearce, Felix Salten
Elenco: Hardie Albright, Stan Alexander, Bobette Audrey, Thelma Boardman, Marion Darlington, Peter Behn

Sinopse:
Nascido para herdar a coroa de seu pai, o príncipe cervo Bambi, vive as alegrias e tristezas de sua vida na floresta, tendo que lidar com o amor, a fúria da natureza e do homem e também com a tristeza pela morte de sua mãe. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor som e melhor música original ("Love Is a Song" de Frank Churchill e Larry Morey). 

Comentários:
"Bambi" é um dos grandes clássicos de Walt Disney. Ele participou ativamente da produção do filme e poderia ser creditado como diretor caso assim desejasse, porém procurou valorizar seus artistas, creditando dois deles com a direção dessa animação. Algumas coisas me chamaram a atenção nesse clássico da animação. O filme foi produzido no meio da II Guerra Mundial, palco de algumas das maiores atrocidades da história da humanidade, mas Disney conseguiu produzir uma de suas animações mais líricas e pueris. Um contraste histórico digno de nota. Outra aspecto é a ausência de personagens humanos. O homem, quando surge indiretamente na floresta, apenas o faz para matar animais e causar destruição com sua presença. Temos aqui uma clara mensagem ecológica que ecoa até os dias atuais. Certamente o filme serviu para reforçar a consciência em prol da ecologia e da natureza que até hoje faz parte de nosso inconsciente coletivo. A parte musical da animação é destaque. Disney tinha especial cuidado nesse aspecto, tanto que o filme acabou ganhando indicações relevantes no Oscar justamente por sua trilha sonora incidental e sua música. O enredo também é inspirado. Por baixo da imagem de filme infantil se esconde uma poderosa mensagem sobre o ciclo da vida que se renova a cada geração. Enfim, nada mais a dizer. É de fato um dos grandes momentos de Disney na sua carreira e isso definitvamente não é pouca coisa.

Pablo Aluísio.

Pinóquio

Título no Brasil: Pinóquio
Título Original: Pinocchio
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Norman Ferguson, T. Hee
Roteiro: Ted Sears, Otto Englander
Elenco: Dickie Jones, Christian Rub, Mel Blanc, Charles Judels, Walter Catlett, Frankie Darro

Sinopse:
O boneco de madeira Pinóquio é criado por um bondoso velhinho chamado Geppetto. Seu sonho era que Pinóquio se tornasse um menino real, ao qual é atendido por uma fada. Ao lado do grilo falante, que se torna sua consciência, Pinóquio passa então a viver grandes aventuras. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor música original ("When You Wish Upon a Star") e melhor trilha sonora.

Comentários:
É interessante que Walt Disney tenha escolhido a história de Pinóquio para ser seu segundo grande longa em animação. O livro original foi lançado em 1883, escrito pelo jornalista e autor italiano Carlo Collodi. Do conto infantil original Disney mandou que seus roteiristas tirassem apenas o essencial. Isso porque o livro foi considerado pelo próprio Disney como muito inadequado para as crianças americanas. E era mesmo, só para se ter uma ideia, no livro Pinóquio matava o grilo falante com um martelo! Não havia como levar esse tipo de coisa para um desenho animado. Assim o que era importante era a história do boneco de madeira de pinho (daí o nome Pinóquio) que era fabricado por um velho senhor artesão muito bondoso. Todo o resto seria adaptado para o universo Disney. Posso dizer que nesse aspecto  Disney foi mais uma vez genial. Ele tirou as arestas sem noção do livro original e criou mais uma obra-prima infantil. Pode-se dizer que Disney recriou Pinóquio (e para melhor!). Sob os cuidados de seus artistas e roteiristas, o boneco ganhou humanismo, inocência e delicadeza. A história de ser um boneco que queria ser uma criança de verdade acabou influenciando toda a cultura pop por anos e anos. Chegou até mesmo a influenciar filmes do naipe de Blade Runner, onde replicantes também queriam ser humanos. Enfim, uma obra genial que foi fruto do grande Walt Disney, aqui melhorando a tradição para algo bem melhor e mais adequado para os pequeninos.

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de setembro de 2020

Liga da Justiça Sombria

Título no Brasil: Liga da Justiça Sombria
Título Original: Justice League Dark - Apokolips War
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Matt Peters, Christina Sotta
Roteiro: Mairghread Scott, Ernie Altbacker
Elenco: Jerry O'Connell, Jason O'Mara, Matt Ryan, Shemar Moore, Christopher Gorham, Stuart Allan

Sinopse:
O vilão espacial Darkside ataca o planeta Terra e é bem sucedido. Ele destrói grande parte dos super-heróis da Liga da Justiça e escraviza outros. O Superman então começa a liderar um grupo de resistência contra essa dominação. O objetivo é libertar a Terra da tirania de Darkside.

Comentários:
Em plena pandemia a Warner Bros em associação com a DC Comics lançou essa nova animação. Com os cinemas fechados e com a impossibilidade de terminar os filmes em produção, por causa do coronavírus, a solução para continuar tendo faturamento foi apelar para as animações. Essa aqui conta com praticamente todos os personagens mais famosos da DC Comics. Além dos super-heróis da Liga da Justiça (como Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Aquaman, etc) ainda há os membros dos Jovens Titãs (Robin, Ravena, etc) e, pasmem, até mesmo do Esquadrão Suicida (com Arlequina e outros vilões de segundo escalão). Atiraram para todos os lados, pelo visto. O resultado final se revela boa diversão, porém como sempre acontece com filmes e animações que apresentam uma multidão de personagens, acontece o problema do subaproveitamento. Mesmo heróis consagrados como o Superma ficam assim em segundo plano. Para a DC pareceu mais importante inserir o Constantine nessa galeria de heróis. Para quem nasceu underground, antissistema, ele acabou sendo engolido pelo mainstream do mundo dos quadrinhos e animações.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Superman - Homem do Amanhã

Título no Brasil: Superman - Homem do Amanhã
Título Original: Superman - Man of Tomorrow
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Chris Palmer
Roteiro: Tim Sheridan
Elenco: Darren Criss, Zachary Quinto, Ike Amadi, Eugene Byrd, David Chen, Alexandra Daddario

Sinopse:
Um jovem Clark Kent vai de sua cidadezinha, Smallville, para Metropolis, onde arranja emprego no Diário Planeta. E isso se dá na mesma ocasião em que a cidade é atacada por dois viloes. Um chamado Lobo vem para caçar Superman. O outro, conhecido apenas como Parasite, absorve todas as energias das pessoas que toca. 

Comentários:
Mais uma animação do Superman que foi lançada em DVD nos Estados Unidos. E tal como as anteriores manteve um bom nível. Penso que é uma ótima ideia essa de adaptar histórias clássicos do personagem no mundo dos quadrinhos para esse tipo de longa-metragem de animação. Nem todo mundo tem paciência ou tempo para ler essas sagas que duram edições e mais edições em quadrinhos. Melhor adaptar tudo, transformando em longa-metragem de animação. Fica muito mais fácil para os fãs do personagem Superman. Aqui temos um enredo mais tradicional do Superman, algo mais do dia a dia do personagem. Os destaques vão para os vilões, em especial esse Lobo, que tem cara e jeitão de metaleiro do Kiss e Parasite, que absorve toda a energia daqueles que toca, algo assim na linha dos vampiros do filme "Força Sinistra" dos anos 80. Esse último monstro se revela um problemão porque ele passa a absorver todos os poderes do próprio Superman. Como combater algo assim? Enfim, pura diversão, os fãs do super-herói de Kripton vão certamente curtir esse desenho animado.

Pablo Aluísio.

Manda Chuva

Título no Brasil: Manda Chuva
Título Original: Top Cat
Ano de Produção: 1961 - 1962
País: Estados Unidos
Estúdio: Hanna-Barbera Productions
Direção: Joseph Barbera, William Hanna
Roteiro: Joseph Barbera, William Hanna
Elenco: Leo DeLyon, Allen Jenkins, Arnold Stang, Maurice Gosfield, Marvin Kaplan, John Stephenson

Sinopse:
Manda Chuva é um gato esperto e malandro que mora nas redondezas vigiadas pelo guarda Belo, que acaba virando alvo de suas jogadas e planos mirabolantes. Ao lado de Batatinha e outros gatos de sua trupe, ele no fundo quer mesmo é dominar todo o seu quarteirão.

Comentários:
No meu ponto de vista a dupla genial formada por Joseph Barbera e William Hanna sempre foi muito subestimada. Isso porque em termos de criatividade e produtividade eles foram superiores a Walt Disney. Criaram mais personagens e tiveram mais ideias para animações do que o criador do Mickey. Disney adaptava contos de fadas de outros autores. Essa dupla criava os seus próprios personagens, dando origem a dezenas de novos desenhos animados todos os anos. O que aconteceu de diferente foi que eles escolheram a televisão e não o cinema, como Disney optou sempre, o que acabou lhes dando menos prestígio. Uma visão distorcido ao meu ver. Porém como criadores eles foram realmente geniais. Essa animação é do começo dos anos 1960, durou apenas uma temporada, mas foi tão reprisada ao longo das décadas seguintes que todas as crianças tinham impressão que havia pelo menos uns 200 episódios produzidos! Na realidade foram feitos apenas 30 desenhos animados! E o gato malandrão Top Cat foi um enorme sucesso, um dos maiores do estúdio de Hanna-Barbera. Fez inclusive muito sucesso no Brasil, onde o Manda Chuva foi dublado por ninguém menos do que Lima Duarte. Bons tempos que não voltam mais...

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de julho de 2020

Batman vs. Duas-Caras

O setor de animação da Warner associado com a DC Comics tem produzido diversas animações do Batman nos últimos anos. Só que essa aqui é bem diferenciada. A intenção fica clara desde a primeira cena, desde o momento em que a trilha sonora começa a tocar. Essa animação nada mais é do que uma homenagem à série clássica dos anos 1960. Aquela mesma ultra-camp, kitsch e super colorida (para aproveitar a moda das televisores em cores que chegavam nas casas dos americanos naquela época). Os produtores até mesmo conseguiram trazer os atores Adam West (Batman), Burt Ward (Robin) e Julie Newmar (Mulher Gato) para dublarem os personagem que tinham interpretados na série original. E de quebra, para alegria da geração geek, ainda contrataram o próprio capitão Kirk, ou melhor dizendo, William Shatner, para dublar o vilão Duas-Caras. É um pacote completo para quem adorava séries nerds antigas.

Perceba que o desenho dos animadores seguiu também à risca a direção de arte da série dos anos 60. Os mesmos uniformes e as mesmas bugigangas que o Batman tirava de seu cinto com mil e uma utilidades. Só faltou o "Bat-Repelente de tubarões"! Com tudo isso na tela, o tom acaba sendo de galhofa e chanchada, mas era essa mesma a intenção dos realizadores. Dizem inclusive que isso também está ocorrendo no mundo dos quadrinhos, com uma linha de gibis inspirada no Batman gorducho e gaiato dos anos 60. Agora, uma coisa é certa. O espectador tem que entrar no cilma e entender que tudo nessa animação foi feito na base da referência de um passado do herói que nem todo mundo gosta ou aprecia. Quem curte o Batman sombrio, dark, sério, esqueça. Esse Batman aqui é nostalgia pura, infantil, algo feito para quem gostava do seriado antigo. Nada a ver com o Batman pós Cavaleiro das Trevas.

Batman vs. Duas-Caras (Batman vs. Two-Face, Estados Unidos, 2017) Direção: Rick Morales / Roteiro: Michael Jelenic, James Tucker / Elenco: Adam West, Burt Ward, William Shatner, Julie Newmar / Sinopse: Nessa homenagem ao antigo seriado de TV da década de 1960, Batman e Robin enfrentam um novo desafio. O promotor público  Harvey Dent (Shatner) é exposto a um produto químico que divide sua personalidade em duas. Uma boa e outra má. Surgindo daí o vilão Duas-Caras.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Superman - Entre a Foice e o Martelo

Título no Brasil: Superman - Entre a Foice e o Martelo
Título Original: Superman - Red Son
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Sam Liu
Roteiro: J.M. DeMatteis, Mark Millar
Elenco: Jason Isaacs, Amy Acker, Diedrich Bader, Vanessa Marshall, Phil Morris, Paul Williams

Sinopse:
Nesse universo paralelo o Superman é criado dentro da União Soviética, com os valores e princípios do comunismo. Quando cresce e se torna um super-herói, precisa enfrentar a ideologia capitalista. E a situação fica ainda pior quando Lex Luthor se torna presidente dos Estados Unidos.

Comentários:
Eu não conhecia o material original. No Brasil essa história em quadrinhos foi lançada numa edição encadernada, de luxo. E devo dizer que o arco narrativo é muito bem bolado. Tudo parte de uma premissa bem interessante. O que teria acontecido se o Superman fosse criado dentro da sociedade soviética? Quais seriam seus ideais? Ele seria um seguidor das ideias de Karl Marx? Claro, lidar com ideologias políticas sempre é algo complicado. Porém esse Superman vermelho, comunista, forjado na foice e martelo da bandeira soviética, me pareceu mais do que curioso. Ele luta praticamente pelos mesmos ideais do Superman tradicional, por mais estranho que isso possa parecer. E quando descobre as atrocidades do camarada Stálin fica totalmente decepcionado com tudo. A cena dele dando fim ao infame ditador é algo para entrar na história dos super-heróis da DC. Outro aspecto que vai dar um nó na cabeça dos fãs do herói é o romance entre Luthor e Lois Lane. Eles são apaixonados! E o que dizer de um Batman moscovita que age como um terrorista subversivo? Realmente é um universo paralelo dentro da mitologia do Superman. Por fim algo que achei escelente: toda a história se passa nas décadas de 1950 e 1960, assim os roteiristas aproveitam fatos históricos reais para encaixar nesse enredo. A fusão ficção e história acabou gerando uma explosão de imaginação e criatividade. Muito, muito bom. Gostei muito dessa animação que ousou ir além da Superman que todos conhecemos.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de maio de 2020

A Morte do Superman

Título no Brasil: A Morte do Superman
Título Original: The Death of Superman
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jake Castorena, Sam Liu
Roteiro: Bill Messner-Loebs, Karl Kesel
Elenco: Jerry O'Connell, Rebecca Romijn, Rainn Wilson, Shemar Moore, Christopher Gorham, Jason O'Mara

Sinopse:
Enquanto Clark Kent tenta conquistar o coração de sua amada Lois Lane, um misterioso asteroide cai na Terra. Dentro dele surge uma criatura feroz e com sede de destruição, o monstro que passa a ser conhecido como Apocalypse. Após vencer todos os super-heróis da Liga Justiça, cabe ao Superman, o mais poderoso do grupo, enfrentar essa terrível ameaça que veio do espaço.

Comentários:
O que fazer quando se tem um dos maiores super-heróis dos quadrinhos em mãos, porém com vendas caindo dia a dia? Foi esse problema que a DC Comics precisou resolver quando viu que seu maior astro, o Superman, não interessava mais à nova geração. Afinal ele já estava nas bancas há décadas, um personagem criado nos distantes anos 1930. Para tentar revitalizar as vendas dos quadrinhos os editores criaram um evento: a morte de seu personagem mais famoso. Claro que iria chamar a atenção dos leitores. Claro que iria ser um evento. E foi mesmo. Pela primeira vez em anos essa edição com a morte do Superman vendeu milhões de cópias. Claro, foi um golpe de marketing. E agora, muitos anos depois, a DC junto com a Warner Bros decidiu fazer uma animação baseada nesse gibi. Ficou até muito bom. O Apocalypse, monstro que veio do espaço, não tem morivações, apenas o desejo de destruir todo o planeta. Um vilão que poderia ter sido escrito pelos criadores do Superman, a dupla Jerry Siegel e Joe Shuster. Algo bem simples, objetivo. Como nunca li o material original gostei dessa animação. Tudo muito bem realizado. Com certeza vai agradar aos fãs do Homem de Aço.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O Corcunda de Notre Dame

Título no Brasil: O Corcunda de Notre Dame
Título Original: The Hunchback of Notre Dame
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Gary Trousdale, Kirk Wise
Roteiro: Tab Murphy, Irene Mecchi, entre outros
Elenco: Demi Moore, Jason Alexander, Tom Hulce
  
Sinopse:
Baseado na obra "Notre Dame de Paris", escrito por Victor Hugo, a animação da Disney "The Hunchback of Notre Dame" conta a história de Quasimodo, um jovem com problemas físicos que vive e trabalha na lendária catedral de Notre Dame em Paris. Por causa de sua deficiência ele passou grande parte de sua vida recluso, longe das pessoas. Tudo muda quando ele se apaixona perdidamente pela bela e simpática Esmeralda (na voz da estrela Demi Moore), uma dançarina cigana que mexe com seu coração. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original (Alan Menken e Stephen Schwartz).

Comentários:
Não tive o prazer de ver no cinema, algo que sempre lamentei. Ao contrário disso aluguel o filme em VHS ainda na época de seu lançamento. O que posso dizer? O filme é visualmente deslumbrante, muito rico em cenários e recriação arquitetônica da própria Notre Dame, aqui reproduzida com perfeição usando técnicas tradicionais de animação e muita computação gráfica - de excelente qualidade a ponto de não ter envelhecido em absolutamente nada. O enredo já tem um lirismo romântico natural, fruto da obra original de Victor Hugo, aqui realçado por um roteiro que contou com mais de 25 roteiristas (um recorde) ao longo da produção. Como estava se mexendo em um clássico da literatura os estúdios Disney resolveram caprichar ainda mais na elaboração da trama. No final tudo sai a contento, desde a própria animação em si (um espetáculo), o romance à prova de falhas e a linda mensagem pontuando tudo, da primeira à última cena. O diretor Gary Trousdale também assinou um dos maiores clássicos modernos da Disney, "O Rei Leão" e só derrapou na carreira com o fraco "Atlantis: O Reino Perdido" realizado em 2001. Já Kirk Wise criou a historinha de "Oliver e sua Turma", um filme menor dentro do universo da Disney. Assim deixamos a dica desse belo, nostálgico e sentimental "O Corcunda de Notre Dame", uma das versões mais carismáticas do imortal livro clássico da literatura mundial.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Lista de Filmes - Edição IV

Submarino Amarelo
Clássica animação psicodélica dos anos 60. Um marco nesse gênero cinematográfico, reconhecida até hoje como uma das melhores já produzidas na Europa. Os Beatles tinham ainda uma obrigação de rodar mais um filme para o cinema, mas eles não estavam nada animados com essa ideia. A solução foi contratar um estúdio de animação para produzir esse longa e livrar os Beatles de uma cansativa rotina de filmagens. O resultado foi melhor do que eles esperavam. No começo nem queria se envolver muito, mas depois que assistiram ao resultado final ficaram tão entusiasmados que rodaram uma pequena cena para o final da animação. E além da animação ser classe A, contava ainda com as músicas dos Beatles. Nada poderia ser melhor do que isso. Filme indicado ao Grammy Awards na categoria de melhor trilha sonora original incidental. / Submarino Amarelo (Yellow Submarine, Inglaterra, 1968) Direção: George Dunning / Roteiro: Lee Minoff / Elenco: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Ringo Starr.

A Fuga das Galinhas
Pouca gente sabe, mas essa animação foi produzida por Mel Gibson. Ele colocou sua própria companhia cinematográfica à disposição de uma equipe talentosa de animadores. A estorinha era uma homenagem a um clássico filme de guerra estrelado por Steve McQueen nos anos 60. Até a cena de fuga com a moto, em cena clássica de "Fugindo do Inferno", foi reproduzida aqui. A técnica utilizada foi outro ponto a favor. Usando do velho método do Stop-Motion, com o uso de bonecos de massinha, o resultado final acabou se revelando muito nostálgico para os mais velhos. A estorinha acontece quando um galo acaba indo parar em um galinheiro, onde as galinhas querem ir embora, pois seus donos não são boas pessoas. No fundo elas sabem que um dia vão virar comida deles. Enfim, pura diversão em uma animação que foi sucesso de público e crítica. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme - comédia ou musical. / A Fuga das Galinhas (Chicken Run, Estados Unidos, 2002) Direção: Peter Lord, Nick Park / Roteiro: Peter Lord, Nick Park / Elenco: Mel Gibson, Julia Sawalha, Phil Daniels.

Robôs
Em um mundo de robôs, um jovem inventor idealista viaja para a cidade grande para se juntar à empresa de sua inspiração, apenas para se opor com a sua nova gestão sinistra. Essa animação produzida pela Twentieth Century Fox Animation fez menos sucesso do que era esperado, muito embora não tenha dado prejuízo. Talvez seu maior problema tenha sido a falta de originalidade. Fica claro desde o começo que os produtores tentaram seguir os passos de "Carros" da Pixar - Disney. O resultado porém veio de forma bem mais modesta, tanto em termos de custo (foi uma animação relativamente barata) como em termos de roteiro com maior criatividade. Ainda assim acredito que as crianças na faixa etária de 8 a 12 anos vão curtir bastante. Tecnicamente bem realizada, essa animação tem seus bons momentos. / Robôs (Robots, Estados Unidos, 2005) Direção: Chris Wedge, Carlos Saldanha / Roteiro: Ron Mita, Jim McClain / Elenco: Ewan McGregor, Halle Berry, Mel Brooks.

A Viagem de Chihiro
Durante a mudança de sua família para os subúrbios da cidade, uma menina introvertida de 10 anos vagueia por um mundo governado por deuses, bruxas e espíritos, onde os humanos são transformados em bestas. Essa dica vai para os que adoram animações japonesas. O talento dos animadores do Japão já é bem conhecido do público brasileiro, mas aqui temos algo além disso. Essa animação é considerada até hoje uma verdadeira obra de arte dirigida por Hayao Miyazaki. A recepção por parte de público e crítica no ocidente foi tão boa que "A Viagem de Chihiro" acabou sendo premiado com o Oscar de melhor animação do ano, além de ter colecionado diversos prêmios ao redor do mundo como o BAFTA e outros festivais de cinema. De fato temos aqui um verdadeiro toque de mestre. Para quem aprecia arte e animação não poderia haver melhor indicação. / A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no kamikakushi, Japão, 2001) Direção: Hayao Miyazaki / Roteiro: Hayao Miyazaki / Elenco: Daveigh Chase, Suzanne Pleshette, Miyu Irino.

Os Jetsons
Como as pessoas dos anos 60 imaginavam que seria o futuro? Uma boa dica é assistir aos episódios originais desse desenho animado que passou por anos e anos na TV brasileira. A curiosidade vem do fato de que a série original só teve duas temporadas que foram ao ar originalmente na TV americana nos anos de 1962 e 1963, com pouco mais de 40 desenhos. Anos depois a produtora, já na década de 80, viria a produzir novos desenhos, mas sem o charme e a criatividade originais. Os Jetsons contava a historia de uma típica família americana que vivia no futuro, morando em prédios flutuantes e contando com uma empregada doméstica que era um robô, a Rose. Tudo muito divertido e bem bolado, foi chamado na época de "Os Flintstones do futuro" por causa das semelhanças entre as duas animações. Hoje em dia virou, de forma irônica, um belo programa nostálgico do passado. / Os Jetsons (The Jetsons, Estados Unidos, 1962, 1963) Direção: William Hanna, Joseph Barbera, Arthur Davis, Oscar Dufau / Roteiro: William Hanna, Joseph Barbera, Barry E. Blitzer / Elenco: George O'Hanlon, Janet Waldo, Mel Blanc.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de outubro de 2011

Hulk Vs Wolverine

Título no Brasil: Hulk Vs Wolverine
Título Original: Hulk Vs Wolverine
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Sam Liu, Frank Paur
Roteiro: Larry Lieber
Elenco: Fred Tatasciore, Matthew Wolf, Graham McTavish, Kari Wahlgren. Bryce Johnson, Janyse Jaud

Sinopse:
O governo decide contratar o X-Men Wolverine para localizar e destruir o Hulk que, solto pelas montanhas, está causando destruição por onde passa. Ao mesmo tempo uma organização criminosa tenta colocar as mãos em Wolverine, usando de mercenários, como o irritante Deadpool.

Comentários:
Já que estamos falando de X-Men, vale a citação dessa animação dos estúdios Marvel reunindo dois pesos pesados dos quadrinhos. Não há muito enredo para contar, na verdade esse tipo de crossover quase nunca tem muita coisa de qualidade. É mais para saciar a curiosidade dos fãs de quadrinhos. Algo no gênero: quem venceria uma luta entre Hulk e Wolverine, dois cascas grossas do universo Marvel? Bom, se é esse tipo de coisa que você procura pode ir sabendo de antemão que o roteiro da animação fica em cima do muro, não se decidindo nem por um e nem pelo outro. Saída pela esquerda, como diria o Leão da Montanha. No fritar dos ovos sobram diversas cenas de violência, tão violentas que a Marvel achou por bem colocar a classificação indicativa para maiores de 13 anos de idade. Pois é, quando o Hulk decide esmagar é uma coisa complicada. Sangue e ossos quebrados voam para todos os lados.

Pablo Aluísio.