Mostrando postagens com marcador Nicholas Hoult. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nicholas Hoult. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Renfield

Renfield
Antes de qualquer coisa é bom saber que esse filme é uma tremenda bobagem. É assumidamente assim, foi produzido para ser assim, então não procure por nada de muito substancial nesse terror, comédia e trash. De aspecto positivo podemos também adiantar que justamente por essa razão o filme acaba sendo divertido em seus exageros sem noção. Para o ator Nicolas Cage que vinha aparecendo em um monte de tralhas não deixa de ser algo bem-vindo. Até porque ele aqui parece se divertir como nunca ao encarar uma interpretação bem caricata, quase juvenil de seu Drácula de araque. No comecinho do filme ainda tenta fazer alguma espécie de homenagem ao Drácula dos anos 1930, usando inclusive da mesma fotografia preto e branco, além de cenários e figurinos do clássico filme com Bela Lugosi. Mas isso não dura muito, logo Cage solta a franga e assume o deboche total. 

E quem diabos é Renfield? Ora, é aquele servo e lacaio do Conde que comia insetos e larvas. Curiosamente o roteiro parece fundir dois personagens do livro original em um só, o servo Renfield e o advogado Jonathan Harker (ou será que estou confundindo as bolas uma vez que li o livro há muitos anos?). De qualquer forma o ator Nicholas Hoult está muito bem na pele do protagonista. Eu o conhecia desde os tempos em que interpretou Pedro III na série "The Great". Ele tem talento para o humor. E seu personagem, tentando fugir de um relacionamento tóxico com o vampirão, lendo literatura de auto ajuda, rende boas piadas. Então é isso. O filme não passa mesmo de uma grande bobagem, mas pelo menos é divertida. 

Renfield - Dando o Sangue Pelo Chefe (Renfield, Estados Unidos, 2022) Direção: Chris McKay / Roteiro: Ryan Ridley, Robert Kirkman / Elenco: Nicholas Hoult, Nicolas Cage, Awkwafina / Sinopse: Após séculos de destruição e morte, o Conde Drácula chega em nossos dias e fica furioso ao perceber que seu servo e escravo Renfield o abandonou. 

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de março de 2021

A Verdadeira História De Ned Kelly

Título no Brasil: A Verdadeira História De Ned Kelly
Título Original: True History of the Kelly Gang
Ano de Produção: 2019
País: Austrália, Inglaterra
Estúdio: Porchlight Films
Direção: Justin Kurzel
Roteiro: Shaun Grant, Peter Carey
Elenco: George MacKay, Charlie Hunnam, Russell Crowe, Nicholas Hoult, Orlando Schwerdt, Essie Davis

Sinopse:
Ned Kelly (George MacKay) foi um criminoso e fora-da-lei que viveu no século XIX. Enforcado com apenas 25 anos de idade por seus crimes, ele acabou se tornando um símbolo de resistência do povo australiano contra a dominação inglesa em sua nação. Filme premiado pela Australian Academy of Cinema and Television Arts.

Comentários:
O que levou um povo culto como o australiano e eleger um criminoso, assassino e ladrão de cavalos, como um dos seus heróis nacionais, é algo que apenas a psicologia coletiva pode responder. De minha parte cabe apenas avaliar os méritos cinematográficos desse filme. E digo que é muito bom. Esse personagem histórico Ned Kelly é pouco conhecido no Brasil. Ele tinha um ódio especial contra autoridades inglesas e ficou conhecido pela brutalidade com que tratava seus inimigos. Vilipendiar cadáveres, por exemplo, era uma constante em seus crimes. Sua família toda era formada por criminosos, a começar por sua mãe e irmãos. Juntos eles formaram uma quadrilha que matava e assaltava diligências e pessoas que se aventuravam em suas terras, no interior deserto e árido da Austrália. Apesar do título desse filme afirmar que é a "verdadeira história", nem tudo o que se vê na tela realmente aconteceu daquela forma na história real. Por exemplo, Ned Kelly foi capturado em um hotel e não no meio de uma propriedade rural abandonada como se mostra no filme. De qualquer forma o filme é bom, bem produzido. E se o personagem lhe interessar de alguma maneira existe uma outra fita, essa estrelada pelo finado Heath Ledger, que conta a mesma história, só que em outro ponto de vista, claro.

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de julho de 2020

The Great

The Great
Essa nova série se propõe a contar a história de Sofia Frederica Augusta de Anhalt-Zerbst-Dornburg. Seu nome real não leva ninguém a lembrar dessa personagem histórica. Porém se citarmos o nome como ela entrou para a história, aí todos lembrarão. Ela foi a imperatriz Catarina II da Rússia, ou como sempre foi mais conhecida, Catarina, a grande. Já foram produzidas duas temporadas, sendo essa primeira composta de 10 episódios, que chegaram ao público em maio de 2020. A atriz Elle Fanning interpreta a rainha. Á produção ficou a cargo das companhias Echo Lake Entertainment e Media Rights Capital (MRC). Abaixo irei comentar regularmente os episódios assistidos.

The Great 1.01 - The Great 
O ano é de 1761. Nesse primeiro episódio a jovem nobre Sofia (Fanning) conta para a amiga que apesar de sua família estar arruinada financeiramente, ela conseguiu um casamento real. Sim, Sofia vai se casar com o czar Pedro III da Rússia. Para as moças nobres da época era como ganhar na loteria. Ela então parte para a Rússia e descobre, para sua infelicidade, que a corte era formada por pessoas burras, analfabetas e rudes. Pior é saber que Pedro III não passava de um jovem tolo e imbecil, cercado por puxa-sacos de todos os lados. E ela, agora já com o nome de imperatriz Catarina, teria que conviver com todas aqueles nobres ignorantes. Naquele momento históico a Rússia estava em guerra com a Suécia, mas a falta de uma liderança transformava tudo em um grande desastre. A situação é tão horrível que ela pensa até mesmo em se matar, mas acaba sendo convencida a continuar por sua dama de honra. Esse primeiro episódio é muito bom. Mostra já como será o desenvolvimento da série. Há um espírito jovem em tudo, com pitadas de bom humor. Não é uma série enfadonha e chata sobre uma monarquia decadente. Os produtores realmente tentam imprimir um ritmo juvenil ao roteiro. Ficou muito bom. É uma daquelas séries que já no primeiro episódio você percebe que vem coisa boa por aí. A qualidade se revela logo, de primeira. Vou acompanhar com certeza. / The Great 1.01 - The Great (Inglaterra, Austrália, 2020) Direção: Matt Shakman / Roteiro: Tony McNamara / Elenco: Elle Fanning, Nicholas Hoult, Phoebe Fox.

The Great 1.02 - The Beard
Pobre imperatriz Catherine! Todos os dias ela precisa lidar com o marido, o imperador da Rússia, um verdadeiro imbecil. Na hora de fazer amor ela apenas fica ali, em cima da cama, com nojinho dele, esperando tudo acabar o mais rapidamente possível. E na corte ela conspira de todas as maneiras que consegue. Tenta conseguir o apoio de um dos poucos que gostam de leitura e estudo no meio daquela cambada de gente inútil e iletrada. Esse episódio aliás tem um cena de puro humor negro. O imperador pede que as cabeças decapitadas de inimigos suecos sejam trazidos à sua mesa. Enquanto aproveita o jantar brinca com aquelas coisas em cima da mesa. A imperatriz, obviamente, acha tudo aquilo um terror, mas tentando parecer mais amistosa ao marido finge achar tudo engraçado. E o tolo imperador parece mais preocupado com as barbas dos membros da corte do que com qualquer outra coisa que aconteça em seu reino. Um verdadeiro idiota, em todos os sentidos. Pobre imperatriz Catherine! / The Great 1.02 - The Beard (Estados Unidos, 2020) Direção: Colin Bucksey / Roteiro: Tony McNamara / Elenco: Elle Fanning, Nicholas Hoult, Phoebe Fox.

The Great 1.03 - And You Sir, Are No Peter the Great  
O imperador se mostra mais uma vez ser um completo imbecil e decide arranjar um amante para a imperatriz Catherine (Elle Fanning). Ele escolhe o filho de um amante lendário do império. Pior do que isso, pede para ver os "documentos" do tal sujeito na frente de todos, bem no meio da corte. Depois dá de presente esse homem para a esposa. Ela, claro, não quer se envolver, pelo menos não em um primeiro momento. Depois, com o passar do tempo faz dele seu amante de fato. Já que o imperador quer ser corno... o que se pode fazer, não é mesmo? Enquanto toda essa imoralidade se desenvolve, a imperatriz também conspira e muito para matar o marido. Ele tenta cooptar o comandante do exército, que aliás é caidinho por ela. Provavelmente terá êxito. / The Great 1.03 - And You Sir, Are No Peter the Great (Estados Unidos, 2020) Direção: Bert, Bertie / Roteiro: Tony McNamara / Elenco: Elle Fanning, Nicholas Hoult, Phoebe Fox. 

The Great 1.04 - Moscow Mule  
A imperatriz tenta ganhar a corte. Não será fácil. As mulheres da corte não gostam dela. Pior do que isso, um boato maldoso começa a circular afirmando que ela teria tido relações sexuais com um cavalo. Baixaria completa. Porém a imperatriz não se deixa intimidar. Ela começa a ir nas casas das nobres, fazendo pequenas gentilezas, dando presentes. Essas mulheres são de famílias ricas e poderosas. Obviamente a imperatriz procura ganhar apoios quando o golpe de Estado finalmente for dado. Coisas de um império que ainda vai sofrer grandes transformações políticas e sociais. / The Great 1.04 - Moscow Mule (Estados Unidos, 2020) Direção: Bert, Bertie / Roteiro: Tess Morris, Tony McNamara / Elenco: Elle Fanning, Nicholas Hoult, Phoebe Fox. 

The Great 1.05 - War and Vomit
O imperador Pedro III é envenenado com arsênico e fica à beira da morte. Morre, não morre. Claro que isso desperta a cobiça de todos na corte. Todo tipo de intriga começa a ser tecida. A imperatriz Catarina tenta se impor, inclusive fazendo um discurso totalmente péssimo na frente dos principais membros da corte russa. Enquanto isso todos se lembram também de Ivan, um garotinho, que estaria supostamente na linha de sucessão. E com isso, claro, a vida do menino passa a correr risco. Na Rússia imperial era assim. Quem conseguisse ficar vivo herdaria o império! / The Great 1.05 - War and Vomit (Estados Unidos, 201 ) Direção: Ben Chessell/ Roteiro:  James Wood, Tony McNamara / Elenco: Elle Fanning, Nicholas Hoult, Phoebe Fox. 

The Great 1.06 - Parachute
Para a infelicidade da imperatriz Catarina, o Tsar está vivo, ele sobrevive à tentativa de envenená-la. E está mais idiota do que nunca. Ele manda matar seu cozinheiro, seu garçom e todos os envolvidos que ele pensa estar por trás do prato de comida com veneno que ele comeu e que quase o matou (teria sido uma boa se isso acontecesse!). Claro, é um imbecil. A imperatriz agora precisa se submeter aos seus caprichos sexuais, que é definitivamente o fim da picada. A pior coisa que ela gostaria de fazer é sexo com aquele completo debiloide. Entretanto, é a tal coisa, ela tem obrigação de se deitar com ele. Faz parte de suas obrigações como imperatriz, dar um filho a ele, um herdeiro para o trono da mãe Rússia. / The Great 1.06 - Parachute (Estados Unidos, 200 ) Direção: Ben Chessell / Roteiro: Tony McNamara / Elenco: Elle Fanning, Nicholas Hoult, Phoebe Fox. 

The Great 1.07 - A Pox on Hope
A variola atinge o reino. A imperatriz (futura Catarina, a Grande)  tenta convencer seus súditos a tomarem uma espécie de vacina primitiva, se contaminando para ficarem imunes. Só que nem o imperador se convence disso. Pior é a reação da Igreja Ortodoxa russa que acha que isso seria um absurdo, uma espécie de heresia. A religião, mais uma vez, contra a ciência. Curiosamente o tema que poderia render um ótimo episódio mais uma vez derrapa por causa do estilo gaiato de toda a série. Aliás esse é o maior problema de "The Great". É muito metida a engraçadinha. Chega a aborrecer. Vou tentar ir até o final, mesmo não curtindo esse estilo teen, adolescente. / The Great 1.07 - A Pox on Hope (Estados Unidos, 2020) Direção: Colin Bucksey / Roteiro: Tony McNamara / Elenco: Elle Fanning, Nicholas Hoult, Phoebe Fox.

The Great 1.08 - Meatballs at the Dacha
Depois de um longo hiato, voltei a ver essa série. Não que seja um programa especial ou que tenha me empolgado, mas raramente eu deixo uma série pelo meio do caminho. E com essa não seria diferente. Esse episódio foi um pouco mais interessante que os demais. O imperador da Rússia se encontra com o rei sueco. Eles precisam encontrar um acordo de paz. A guerra entre os 2 países não deu fruto nenhum, e o campo de Batalha se tornou um grande impasse. Assim, a única solução é negociar a paz. Mas como negociar a paz se os dois monarcas são seres fúteis e infantilóide? Cabe então a Catarina resolver a questão. Com astúcia, inteligência, claro! Ela consegue, finalmente costurar um acordo de paz entre as duas nações. / The Great 1.08 - Meatballs at the Dacha (Estados Unidos, 2020) Direção: Colin Bucksey / Elenco: Elle Fanning, Nicholas Hoult, Phoebe Fox.

The Great 1.10 
Eu ainda cheguei no final dessa primeira temporada por causa da atriz Elle Fanning que eu acho uma bela mulher, daquelas que mantém o meu interesse, mesmo quando a série em si não seja grande coisa. O curioso é que o episódio acaba quando o golpe de Estado começa. Catarina quer tirar seu tolo marido, o czar Pedro III, do poder, assumindo ela mesma as rédeas da Mãe Rússia. Mas há problemas, ela precisa do apoio das elites e dos militares. E o fato de ser alemã de nascimento também não ajuda. Mas ela vai em frente! Quer saber no que vai dar tudo isso? Ora só assistindo a segunda temporada. Algo que eu nem sei se vou fazer, para ser bem sincero...

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

A Batalha das Correntes

No final do século XIX, dois cientistas, Thomas Edison (Benedict Cumberbatch) e George Westinghouse (Michael Shannon), disputam entre si sobre o uso correto da energia elétrica para a iluminação das grandes cidades. Thomas Edison defende o uso da corrente elétrica contínua, onde as ondas elétricas caminhavam em apenas uma direção. Já George Westinghouse havia descoberto a corrente elétrica alternada, paralela, com fluxo de elétrons em ambas as direções. E qual era a importância dessa "batalha das correntes"? Ora, o vencedor iria ter seu sistema implantada em todas as cidades do mundo, gerando milhões (até quem sabe, bilhões) de dólares de receitas e faturamento.

Além do claro e interessante debate de natureza puramente científica ainda havia o choque de egos de dois grandes nomes da ciência na época. Thomas Edison surge no roteiro desse filme como um homem bem orgulhoso, arrogante de si mesmo, não afeito a um debate de ideias mais consistente. Ele achava que sua corrente era a melhor e isso lhe bastava. Aspectos de sua personalidade egocêntrica iam ao ponto de mandar matar animais indefesos apenas para provar seu ponto de vista. Ele eletrocutava os pobres bichos apenas para demonstrar ao público que a corrente de Westinghouse era mortal e perigosa. Porém, escondia de todo mundo que a sua corrente também matava, caso fosse aplicado um choque frontal em qualquer ser humano.

Outro ponto que destrata de certo modo a imagem que tínhamos de Thomas Edison surge quando ele resolve colaborar secretamente na construção da primeira cadeira elétrica da história. No fundo Edison queria apenas que fosse usada a corrente de Westinghouse para manchar sua imagem perante o público. Questão de rivalidade comercial. Enquanto ajudava a construir esse artefato ele posava de humanista para todos dizendo que nunca iria contribuir com uma invenção que matasse qualquer ser humano. Assim não passava de um hipócrita.

Além desses grandes cientistas há ainda a aparição de um jovem Nikola Tesla (Nicholas Hoult). Imigrante pobre, ele seria uma peça chave na criação de máquinas e turbinas que funcionassem com a corrente de Westinghouse, abrindo caminho para o sucesso completo de sua invenção. O filme é assim uma ótima opção para quem aprecia conhecer um pouco mais da história da ciência, dos bastidores e dos acontecimentos envolvendo esses grandes nomes do passado. E nesse processo também revela o lado humano de cada um deles. Muito bom filme, especialmente recomendado.

A Batalha das Correntes (The Current War, Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, 2017) Direção: Alfonso Gomez-Rejon / Roteiro: Michael Mitnick / Elenco: Benedict Cumberbatch, Michael Shannon, Nicholas Hoult, Oliver Powell, Katherine Waterston, Stanley Townsend / Sinopse: O filme conta a história da disputa científica e comercial que envolveu os nomes de Thomas Edison (Benedict Cumberbatch) e George Westinghouse (Michael Shannon) no final do século XIX. Cada um defendia um tipo diferente de corrente elétrica a ser usada na iluminação das grandes cidades do mundo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

X-Men: Fênix Negra

Título no Brasil: X-Men - Fênix Negra
Título Original: Dark Phoenix
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Simon Kinberg
Roteiro: Simon Kinberg
Elenco: Sophie Turner, Jessica Chastain, James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Nicholas Hoult

Sinopse:
Durante um resgate no espaço Jean Grey (Turner) é exposta a uma força do cosmos desconhecida. A partir desse momento ela muda completamente, se tornando extremamente poderosa, o que acaba colocando a Terra e os próprios membros da equipe X-Men em perigo. Filme baseado nos personagens criados por Stan Lee.

Comentários:
Criticaram bastante esse filme. Os críticos de cinema não acharam grande coisa e os fãs de quadrinhos literalmente desceram a lenha no filme. Gente chata. O filme funcionou muito bem no meu caso. O que eu procurava por aqui? Diversão e passatempo por duas horas. Acabei sendo plenamente satisfeito. O filme entrega o que promete. Não adianta procurar os mínimos detalhes em termos de diferença do cinema para os quadrinhos. São linguagens diferentes, os filmes nunca terão a fidelidade completa do que se lê nas revistas. São dois mundos diversos. Como não sou leitor de comics acabei curtindo o filme pelo que ele é, cinema pipoca em sua essência. Há um enredo bem contado, com começo, meio e fim, bons efeitos especiais, um elenco carismático e isso era basicamente tudo o que eu estava procurando. Além disso essa personagem Jean Grey é uma das mais interessantes dessa universo da Marvel. É estranha, complexa, caminha numa tênua linha entre o bem e o mal e é superpoderosa ao extremo. Ela já havia sido bem explorada na franquia original X-Men. Também gostei da atriz Sophie Turner no papel. Confesso que sou suspeito pois sempre gostei dela como Sansa Stark em "Game of Thrones". Aqui repete o bom trabalho. Então é isso. Como cinema pipoca esse novo X-Men não deixou nada a desejar. O resto é chatice de gente exigente demais.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Tolkien

Título no Brasil: Tolkien
Título Original: Tolkien
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight Pictures,
Direção: Dome Karukoski
Roteiro: David Gleeson, Stephen Beresford
Elenco: Nicholas Hoult, Lily Collins, Colm Meaney, Craig Roberts, Harry Gilby, Laura Donnelly

Sinopse:
O filme conta a história da juventude do escritor J.R.R. Tolkien, quando ele era apenas um jovem universitário que teve seus sonhos interrompidos com a eclosão da I Guerra Mundial. Enviado ao front de batalha ele recorda seus amigos e amores de um passado recente.

Comentários:
De modo em geral é um bom filme, ideal para quem deseja conhecer (mesmo que um pouco superficialmente) parte da biografia de J.R.R. Tolkien, o criador de "O Senhor dos Anéis" e o "Hobbit". O roteiro é suficientemente bem escrito para fazer uma ponte de ligação entre a vida do autor e aspectos que ele levaria para seus livros de fantasia, como o valor da amizade, a perda de um grande amor e as desgraças de uma guerra violenta e insana. O foco central se passa quando ele estava na universidade de Oxford. Órfã de sua mãe, ele tentava conseguir uma bolsa de estudos para continuar na universidade. Seu grande mérito pessoal foi fazer dos estudos sua vida, crescendo com eles, se tornando o grande escritor que um dia seria. Curioso também conhecer a história de sua amizade com três outros estudantes, pessoas que ele considerava verdadeiros irmãos e com quem fundou um grupo de literatura e poesia. Depois com a perda de muitos deles pela guerra ficou a saudade e a homenagem que ele faria a eles em seus livros de fantasia. Aliás esse é o aspecto mais interessante do filme. O resgate de suas amizades e o sentimento de companheirismo que Tolkien iria valorizar até o fim de sua vida.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de abril de 2018

O Rebelde no Campo de Centeio

J.D. Salinger foi um dos escritores mais aclamados e estranhos da literatura dos Estados Unidos. Ainda bastante jovem, recém saído da universidade, ele escreveu uma obra prima absoluta chamada "O Apanhador do Campo de Centeio". O livro vendeu 25 milhões de cópias e a crítica se rendeu ao talento daquele escritor iniciante. E depois disso aconteceu o inesperado. Ao invés de desenvolver uma longa e produtiva carreira literária, publicando outros grandes livros, Salinger simplesmente desapareceu. Foi morar em uma remota propriedade onde ficou praticamente recluso por décadas e nunca mais lançou outro livro na vida! Um fato surpreendente, ainda mais se formos pensar naquela figura caricata do gênio precoce que é lembrado por apenas uma única obra prima e nada mais.

Esse filme aqui tenta contar a história desse escritor (ou pelo menos o que se sabe após ele se retirar do mundo). Quando o filme começa Salinger é apenas um estudante universitário, tentando que alguns de seus contos curtos sejam publicados em revistas literárias. Ele tem um mentor, o professor Whit Burnett (Kevin Spacey, novamente roubando o filme para si), que o encoraja a escrever um romance com o mesmo personagem de seus contos, um jovem rebelde chamado Holden Caulfield que acabou virando um símbolo para a juventude da época. Outro bom aspecto desse filme biográfico é que ele explora também um lado pouco conhecido do escritor. Ele foi para a II Guerra Mundial como soldado, voltando para casa com sérios traumas do que viveu nos campos de batalha. Pode-se inclusive afirmar que ele nunca mais foi o mesmo depois dessa experiência, o que talvez explique, do ponto de vista psicológico, muitas das atitudes estranhas que tomou ao longo de sua vida. Enfim, muito bom (diria didático até) esse retrato de J.D. Salinger, um escritor sui generis, que escreveu apenas um romance, um clássico de seu tempo, para depois sumir  para sempre da vida pública.

O Rebelde no Campo de Centeio: A Vida de J.D. Salinger (Rebel in the Rye, Estados Unidos, 2017) Direção: Danny Strong / Roteiro: Danny Strong, baseado na biografia escrita por Kenneth Slawenski/ Elenco: Nicholas Hoult, Kevin Spacey, Victor Garber, Zoey Deutch / Sinopse: Anos 1940. Um jovem universitário que aspira ser um escritor, chamado J.D. Salinger (Nicholas Hoult), decide incentivado por seu professor, escrever um romance a quem chama de "O Apanhador no Campo de Centeio", se tornando assim um dos autores mais aclamados de seu tempo.

Pablo Aluísio.