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sábado, 2 de março de 2024

As Marvels

Título no Brasil: As Marvels 
Título Original: The Marvels
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Nia DaCosta
Roteiro: Nia DaCosta, Megan McDonnell
Elenco: Brie Larson, Iman Vellani, Samuel L. Jackson, Teyonah Parris, Zawe Ashton, Park Seo-joon

Sinopse:
O Planeta Terra corre grande perigo. Uma invasão vinda do espaço profundo, do cosmos, está prestes a acontecer. Apenas a força da Capitão Marvel, aliada a jovem adolescente Miss Marvel, pode parar a grande tragédia que está prestes a se abater sobre toda a humanidade. E no centro de tudo estão braceletes que possuem grande poder e força. Quem os possuir, vencerá essa grande guerra cósmica. 

Comentários:
Esse certamente foi um dos filmes mais severamente criticados da Marvel. E devo dizer a verdade por aqui, todas as críticas negativas foram muito justas! O filme é ruim demais! Esse universo cósmico da Marvel já rendeu algumas das melhores páginas do universo das histórias em quadrinhos, mas penso que no cinema nunca funcionou muito bem. E essa ideia de misturar a Capitão Marvel com a Miss Marvel (uma das personagens mais chatinhas da Marvel atualmente) não deu bons frutos. O filme é muito do sem graça, isso apesar dos esforços de tentar soar engraçadinho. E essas piadinhas fora de hora e fora do tom tornam tudo ainda mais constrangedor. E aquele gato espacial? Que porcaria de roteiro... Praticamente nada funciona, nem os efeitos especiais que achei mal desenvolvidos. Lamento pela atriz Brie Larson pois penso que ela tem o visual perfeito para relembrar as antigas estrelas de Hollywood do passado. Só que fazendo filmes idiotas como esse, ela certamente nunca vai chegar ao estrelato. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Ameaça Terrorista

Ameaça Terrorista
Mais um filme envolvendo o tema do terrorismo internacional. Aqui temos um norte-americano que virou a casaca, ou seja, virou um traidor de seu próprio país. Especialista em armas nucleares, ele passa para o lado do inimigo e informa as autoridades dos Estados Unidos que armou três armas nucleares de pequeno porte em três grandes cidades do país. Localizado e preso, ele passa a ser torturado pelo personagem interpretado pelo ator Samuel L. Jackson. Afinal, para salvar milhares de vidas tudo seria justificado, inclusive promover longas e dolorosas sessões de tortura por parte do Estado,  usando também a tortura psicológica envolvendo a esposa e os filhos pequenos do terrorista internacional. 

Falar sobre esse filme é complicado. Escrevo isso por uma questão fundamental. O roteiro tenta justificar a tortura sob todas as formas. Algo extremamente condenável. Fiquei realmente com a forte impressão que o roteirista desse filme ou tem simpatia pela prática de tortura institucionalizada ou então está tentando justificar quando esse tipo de ato ilegal é promovido por agentes do Estado. Nas duas situações temos um absurdo em mãos. Algo realmente inaceitável. Uma mensagem subliminar perigosa em um filme que parece ter um variado leque de más intenções na manga. Enfim, um filme eticamente muito condenável. 

Ameaça Terrorista (Unthinkable, Estados Unidos, 2010) Direção: Gregor Jordan / Roteiro: Peter Woodward / Elenco: Samuel L. Jackson, Carrie-Anne Moss, Michael Sheen / Sinopse: Um terrorista é preso e passa a ser torturado por um especialista para que ele confesse onde escondeu três armas nucleares de pequeno alcance que poderá matar milhares de pessoas inocentes. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Entre o Céu e o Inferno

Título no Brasil: Entre o Céu e o Inferno
Título Original: Black Snake Moan
Ano de Lançamento: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Craig Brewer
Roteiro: Craig Brewer
Elenco: Christina Ricci, Samuel L. Jackson, Justin Timberlake, S. Epatha Merkerson, John Cothran, David Banner

Sinopse:
Uma jovem garota é espancada pelo amante e deixada bem machucada para morrer em uma estrada de terra de uma propriedade rural. O dono dessas terras acaba encontrando a jovem. Ele a leva para sua casa para cuidar de seus ferimentos. Ela fica sem consciência por alguns dias e quando retorna o velho descobre que terá muitos problemas pela frente.

Comentários:
O filme tem até uma história interessante. A diferença de idade e de experiência de vida entre o velho interpretado por Samuel L. Jackson e a garota interpretada por Christina Ricci tem seus atrativos. Ela é uma garota perdida na vida, com fama de promíscua na pequena cidade onde mora. Ele é um velho músico de blues aposentado, que agora toca a vida vendendo produtos de sua terra. Quando os dois se encontram, um choque de personalidades e diferenças culturais logo se faz presente. O roteiro tem um certo moralismo fora de eixo, que me incomodou um pouco. Em determinado momento, o velho acorrenta a garota em sua cabana para que ela não volte a ter a vida que tinha antes. Claro que quando ela descobre isso se rebela! Afinal é absurdo. Tudo vem abaixo, a garota tem gênio forte, não vai se deixar dominar. E nem deve deixar algo assim acontecer. Um aspecto interessante é que a atriz Christina Ricci passa a primeira parte do filme totalmente desinibida, praticamente apenas de calcinha. Para quem gosta dela e de seu jeito, de sua beleza exótica, pode ser um atrativo a mais para assistir ao filme. No mais esse drama com toques estranhos e esquisitos me soou até meio convencional, por mais estranho que isso possa parecer.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Django Livre

Em “Bastardos Inglórios” Quentin Tarantino tentou revisitar, com muito bom humor, um dos mais populares gêneros do cinema da era de ouro, o dos filmes de guerra. Exagerado, over, beirando a paródia completa, “Bastardos Inglórios” dividiu opiniões, sendo odiado por uns e amado por outros. Embora seu desfecho fosse absurdo pelo menos era surpreendente, não há como negar. Agora é a vez do Western servir de alvo para as lentes de Tarantino. “Django Livre” se propõe a ser uma paródia do chamado Western Spaguetti, gênero que se tornou muito popular (inclusive no Brasil) na época de seu auge. A tônica dessas produções era o exagero das cenas de violência e o uso abusivo de trilhas marcantes e onipresentes em cada cena. Os roteiros passavam longe de ser grande coisa mas eram eficientes. Agora o cineasta Tarantino tenta trazer o espírito daquelas produções de volta às telas, tudo mesclado com seu inconfundível toque pessoal.

É curioso porque assim que o projeto foi anunciado esperei por um verdadeiro delírio por parte do diretor pois se o Spaguetti era uma paródia do western americano, o que esperar de uma paródia da paródia? Obviamente um exagero completo, um delírio absoluto! Mas não é isso o que acontece. “Django Livre” pode até mesmo ser considerado conservador em certos aspectos. Não há dúvidas que existem produções Spaguetti que são bem mais violentas ou ousadas que “Django Livre”. Nesse ponto Tarantino foi passado para trás. Assim sobra pouca coisa para se surpreender. Quem é fã do gênero, que acompanha filmes de faroeste com freqüência, simplesmente não vai se impressionar com nada no filme de Tarantino. Nem é ousado e nem surpreendente. Mesmo assim não é um produto ruim, longe disso, só é menos revolucionário do que se esperava (ou melhor dizendo, não é revolucionário em nada).

Um bom western? Sim, não há como negar. O melhor vem dos talentosos atores em cena. O elenco está muito bem, em especial Christopher Waltz e Leonardo DiCaprio. Jamie Foxx como Django não chega a empolgar e nem está tão intenso quanto era de se esperar. Spike Lee reclamou do retrato que foi feito da escravidão negra nos EUA mas sua posição é obviamente um exagero. Os negros aliás estão no centro da trama e o próprio Django é um bom protagonista para o público afrodescendente se identificar. Recentemente “Django Livre” venceu o Globo de Ouro de Melhor Roteiro mas depois de assistir ao filme achei o prêmio um pouco desmerecido. A trama é até banal, sem surpresas, e o filme tem inclusive um problema no último ato que se tornar desnecessário e constrangedor, para não dizer bobo! Os diálogos, que sempre foram a marca registrada do diretor, aqui estão bem escritos mas muito abaixo das outras obras da filmografia de Tarantino. São um pouco acima da média mas nada excepcionais. Além disso o desenrolar da estória é comum, ordinário. Tarantino parece que tremeu nas bases ao se envolver com a mitologia do western.

Ao invés de jogar as bases do gênero para o alto, como fez em “Bastardos Inglórios”, ele aqui não consegue em momento algum se desvincular das regras dos faroestes mais tradicionais. Até a divisão em três atos está de acordo com os dogmas do estilo. Tarantino não alça vôo em momento algum, prefere ficar no chão, ao lado das regras mais caras ao velho e bom western. Não se aproxima de sua tão falada desmistificação, pelo contrário, louva ao seu modo todos os fundamentos desse tipo de filme e se rende à tradição. Assim não vejo motivo algum para toda a badalação que está sendo feita em torno de “Django Livre” pois em essência ele se apresenta como um western dos mais tradicionais, sem qualquer marca mais relevante que o torne uma obra prima ou algo do gênero. Definitivamente não foi dessa vez que o cineasta maravilhou ou deixou surpreendidos os fãs de faroestes. Em conclusão temos aqui um bom western que sobressai pelo elenco inspirado. A trama é sem surpresas e o roteiro bem abaixo do esperado. Não é um filme ofensivo contra os negros, longe disso, e pode ser visto como bom passatempo, muito embora um corte mais bem cuidadoso em sua duração cairia bem. Deve ser conferido mas sem esperar nada grandioso.

Django Livre (Django Unchained, Estados Unidos, 2012) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Jamie Foxx, Christopher Waltz, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson, Sacha Baron Cohen, Joseph Gordon-Levitt, Kurt Russell, Kerry Washington, Walton Goggins, James Remar, Don Johnson, Anthony LaPaglia, Tom Savini, James Russo. / Sinopse: King Schultz (Christoph Waltz) é um caçador de recompensas que se une a um escravo chamado Django (Jamie Foxx) para sair na caça de três irmãos que estão com a cabeça a prêmio. Depois do serviço concluído eles resolvem ir atrás da esposa de Django que agora se tornou propriedade de um cruel fazendeiro do sul chamado Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). Se fazendo passar por traficantes de escravos eles tentarão resgatar a amada de Django.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

A Lenda de Tarzan

Título no Brasil: A Lenda de Tarzan
Título Original: The Legend of Tarzan
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Village Roadshow Pictures
Direção: David Yates
Roteiro: Adam Cozad, Craig Brewer
Elenco: Alexander Skarsgård, Christoph Waltz, Samuel L. Jackson, Margot Robbie, Casper Crump, Mens-Sana Tamakloe
  
Sinopse:
Muitos anos após abandonar a África e voltar para a Inglaterra, assumindo o título de nobreza de Lord Greystoke, Tarzan (Alexander Skarsgård) é convidado pelo governo belga para voltar ao continente negro. Eles querem que ele veja com os próprios olhos tudo o que o país daquele governo está fazendo em prol das populações nativas. O que Tarzan não desconfia é que tudo se trata de uma cilada arquitetada por Leon Rom (Christoph Waltz) que deseja capturar Tarzan.

Comentários:
Gostei bastante dessa nova aventura do personagem Tarzan. Ao custo de 180 milhões de dólares eles conseguiram reconstruir o clima e a nostalgia das antigas aventuras desse herói, cuja trajetória sempre andou de mãos dadas com o cinema. Olhando para o passado, revisitando os antigos filmes de Tarzan, chegamos na conclusão que esse novo filme (dirigido pelo bom cineasta David Yates de "Harry Potter e a Ordem da Fênix", "Harry Potter e o Enigma do Príncipe" e "Harry Potter e as Relíquias da Morte") seguiu de perto as produções estreladas pelo ator Gordon Scott. Isso porque ao contrário dos primeiros filmes estrelados por Johnny Weissmuller esse aqui também não se preocupa em contar pela centésima vez as origens de Tarzan. Tudo é mostrado rapidamente em flashbacks, muito bem inseridos no enredo. O filme também não se preocupa em explorar muito o lado mais dramático do personagem como vimos, por exemplo, em "Greystoke:A lenda de Tarzan, o rei da selvas". Naquela ótima produção, dirigida pelo mestre Hugh Hudson, havia uma óbvia intenção de se abraçar o realismo. Aqui não, é mesmo uma aventura como nos velhos tempos. E isso certamente é o maior mérito desse filme. Uma ótima matinê, com roteiro redondinho e produção digna da fortuna que foi gasta em sua realização. Os pontos positivos porém não se limitam a isso. As escolhas tanto do protagonista (com o atlético Alexander Skarsgård, muito bem em cena) como do vilão (Christoph Waltz, novamente roubando a cena) se mostraram certeiras. Assim não há realmente do que reclamar. Esse "The Legend of Tarzan" é realmente uma excelente diversão.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Tempo de Matar

O racismo persiste. Essa ainda é uma ferida aberta dentro da sociedade americana e ao que parece não será curada tão cedo. Um dos melhores filmes mostrando as raízes do racismo dentro até da sociedade e do sistema judicial americano é esse "Tempo de Matar", filme que foi muito falado e gerou grande repercussão em seu lançamento. A trama mostrando um homem negro em busca de justiça para sua filha que foi estuprada aos dez anos por brancos racistas do sul diz muito sobre a própria sociedade americana. Em termos históricos não fazia muito tempo que os brancos americanos tinham praticamente direito de matar qualquer negro que entrasse em seu caminho. Os brancos se consideravam superiores aos negros e esses muitas vezes não contavam com nenhuma corte em seu favor. São conhecidas as histórias de negros enforcados em árvores por organizações racistas brancas, demonstrando que não havia perdão para um afro-americano que infringisse qualquer regra de comportamento estabelecida pelos membros da casta WASP. O ambiente era de fato brutal.

Agora imaginem dentro de um contexto tão adverso como esse o trabalho de um advogado jovem, branco, tendo como cliente um negro, bem no meio de uma das regiões mais violentas e racistas da América protestante! "Tempo de Matar" mostra que dentro do sistema judiciário dos Estados Unidos nem sempre as leis funcionavam do mesmo jeito para brancos e negros. Esse é sem dúvida um filme corajoso, que inclusive sofreu boicotes em seu lançamento. O advogado Jake Tyler Brigance interpretado pelo bom ator Matthew McConaughey simboliza a luta por justiça dentro de um sistema corrompido por dentro. O filme também surge como uma grata surpresa dentro da carreira do irregular diretor Joel Schumacher. Conhecido por seus altos e baixos (alternando sempre filmes interessantes com abacaxis tremendos), aqui Joel Schumacher pelo menos não atrapalha. Ele está muito correto na condução do roteiro, que no fundo fala por si mesmo. Enfim, "Tempo de Matar", um filme importante que mostra que nem tudo é uma maravilha na terra do Tio Sam.

Tempo de Matar (A Time to Kill, Estados Unidos, 1996) Direção: Joel Schumacher / Roteiro: Akiva Goldsman, baseado na obra A Time to Kill de John Grisham / Elenco: Matthew McConaughey, Sandra Bullock, Samuel L. Jackson, Kevin Spacey, Oliver Platt / Sinopse: Jovem advogado branco defende um negro numa corte americana. Filme indicado ao Oscar na categoria melhor ator coadjuvante (Samuel L. Jackson).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Espiral - O Legado de Jogos Mortais

Título no Brasil: Espiral - O Legado de Jogos Mortais
Título Original: Spiral: From the Book of Saw
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Twisted Pictures
Direção: Darren Lynn Bousman
Roteiro: Josh Stolberg, Pete Goldfinger
Elenco: Chris Rock, Samuel L. Jackson, Max Minghella, Marisol Nichols, Dan Petronijevic, Richard Zeppieri

Sinopse:
Uma série de assassinatos de policiais imitando o estilo do serial killer Jigsaw são investigados pelo detetive Zeke Banks (Chris Rock). Jigsaw está morto há anos, então se trata de um imitador. E o detetive mal desconfia que o alvo final de todos esses crimes será ele e seu pai, um policial aposentado.

Comentários:
Essa franquia Jogos Mortais parecia estar encerrada depois de tantos filmes. Para surpresa de muita gente o ator Chris Rock comprou parte dos direitos autorais da série e se tornou produtor executivo desse novo filme que claramente tenta dar uma sobrevida aos jogos mortais. Lançado bem no meio da pandemia acabou dando um belo retorno em lucro para os envolvidos, o que provavelmente dará origem e outros filmes. O final em aberto dá toda a pinta disso. Já em relação aos méritos do filme temos que reconhecer que ele tem uma melhor produção do que os anteriores. Chega ao luxo de ter Samuel L. Jackson como coadjuvante. Só nao espere por mais violência. Esse aqui me pareceu bem mais contido no quesito sangue e tripas. Parece que Chris Rock tentou dar uma amenizada, para atrair um leque maior do público. Acabou dando certo pelo que se viu nas bilheterias do cinema.

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de novembro de 2020

Febre da Selva

Título no Brasil: Febre da Selva
Título Original: Jungle Fever
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Spike Lee
Roteiro: Spike Lee
Elenco: Wesley Snipes, Annabella Sciorra, Samuel L. Jackson, John Turturro, Anthony Quinn, Spike Lee, Halle Berry, Ossie Davis

Sinopse:
Em Nova Iorque, durante a década de 1990, Flipper Purify (Wesley Snipes) se envolve com Angie Tucci (Annabella Sciorra). O que poderia ser um caso como tantos outros, acaba causando muitas reações negativas nos familiares e amigos do casal. A razão? Ele é negro e ela faz parte da comunidade italiana da cidade, cusando todo tipo de reações preconceituosas das pessoas próximas.

Comentários:
Nesse filme o diretor e roteirista Spike Lee voltou a tratar da questão racial nos Estados Unidos. Para demonstrar como o preconceito também pode afetar os relacionamentos pessoais, ele colocou como protagonistas de seu filme um casal, formado por um homem negro e uma mulher branca, de origem italiana. Eles se conhecem, gostam um do outro e começam a se relacionar. O problema são os amigos, parentes, vizinhos, todos querendo atrapalhar o romance, tudo causado pelo preconceito racial. Embora o tema possa parecer pesado em um primeiro momento, levando o espectador a pensar que vai ver um drama, o diretor optou por algo até bem mais leve. Há humor e ironia envolvendo as situações. Não é um filme trágico, como alguns poderiam pensar. E o mais interessante de tudo é que Spike Lee e Samuel L. Jackson, acabaram sendo premiados em Cannes naquele ano, justamente pelo trabalho que fizeram nesse filme. Quem poderia imaginar? Enfim, bom filme, tratando de um tema relevante, mas sem exagerar nas tintas dramáticas, o que no final se revelou ser uma decisão acertada do diretor.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Shaft

Título no Brasil: Shaft
Título Original: Shaft
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix, New Line Cinema
Direção: Tim Story
Roteiro: Kenya Barris, Ernest Tidyman
Elenco: Samuel L. Jackson, Jessie T. Usher, Richard Roundtree, Regina Hall, Alexandra Shipp, Matt Lauria

Sinopse:
Depois de ficar 25 anos sem ver o próprio filho, John Shaft (Samuel L. Jackson), fica surpreso quando o rapaz finalmente o preocura no Harlem, em Nova Iorque. Ele quer ajuda para descobrir quem matou seu amigo, que oficialmente foi dado como vítima de uma overdose, mas que tudo indica que houve na verdade um assassinato mesmo, envolvendo tráfico de heroína para os Estados Unidos.

Comentários:
Há vinte anos o ator Samuel L. Jackson interpretou Shaft em um filme até bem interessante. Era um remake. Lembrando que o personagem original surgiu em uma série de TV por volta de 1972. Agora Jackson retorna ao papel em um filme bem mais leve, bem humorado, diria até "family friendly". Agora ele tem que ajudar o filho a resolver um caso. E aí o roteiro encontra o grande mote de interesse desse segundo filme. Grande parte do humor, das piadas, surge da diferença de gerações entre pai e filho. O pai é politicamente incorreto, nada sutil e educado. O filho estudou no MIT, é um tipo da geração atual, sempre preocupado em não ofender as minorias, em não assediar as garotas, em não ser homofóbico ou misógino, praticamente o exato oposto de seu velho, que sai xingando todo mundo sem nem ao menos pensar no que está fazendo. E para misturar ainda mais esse choque de gerações o filme aproveitou para homenagear o ator Richard Roundtree, que foi o ator original que interpretou Shaft lá nos anos 70. Ele é o avô do rapaz. Assim tem Shaft para todos os gostos nesse filme, apresentando o avô, o pai e o filho, cada um com sua diferença de visão de mundo. Enfim, esse novo filme é inofensivo e algumas vezes até bobinho, mas diverte que é uma beleza. Quem diria que o Shaft, aquele tira durão black power dos anos 70, iria se transformar nisso. Sinal dos novos tempos.

Pablo Aluísio.

Coach Carter

Título no Brasil: Coach Carter - Treino para a Vida
Título Original: Coach Carter
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Thomas Carter
Roteiro: Mark Schwahn, John Gatins
Elenco: Samuel L. Jackson, Rob Brown, Ashanti, Rick Gonzalez, Robert Ri'chard, Antwon Tanner

Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. O treinador de basquete Ken Carter (Samuel L. Jackson) é contratado para treinar um time de basquete de uma escola de ensino médio. Ele não se considera um professor convencional e vai provar isso durante a temporada de esportes.

Comentários:
Esse tipo de roteiro não é incomum, pelo contrário, já virou até mesmo um subgênero em dramas esportivos. Temos aqui basicamente um treinador que não é apenas um treinador de esportes. Ele é muito mais. Nas mãos tem um grupo de jovens meio perdidos na vida, alguns envolvidos com crimes. Para os mais indisciplinados resolve partir para a porrada, para provar quem manda naquela quadra de basquete. Claro, o papel caiu como uma luva para o ator Samuel L. Jackson e seu estilo peculiar. O curioso (e até mesmo engraçado) é que seu personagem se apresenta todo bem vestido, com terno e tudo mais, porém ao mesmo tempo sabe muito bem como falar a "linguagem das ruas", para que possa pelo menos salvar alguns daqueles rapazes, quem sabe até transformar alguns deles em esportistas de verdade. Destaque também para o elenco coadjuvante, formado todo por jovens atores negros e bem talentosos. A trilha sonora também é muito boa para quem curte o gênero hip-hop. Enfim, um filme bacana. Velha fórmula que ainda funciona, quem diria...

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de agosto de 2020

Conexão Mortal

Título no Brasil: Conexão Mortal / Celular
Título Original: Cell
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: 120dB Films
Direção: Tod Williams
Roteiro: Stephen King
Elenco:  John Cusack, Samuel L. Jackson, Isabelle Fuhrman, Clark Sarullo, Ethan Andrew Casto, Owen Teague

Sinopse:
Clay Riddell (John Cusack) é um criador de histórias em quadrinhos que se vê numa situação limite. Enquanto esperava seu avião em um aeroporto de Chicago, ele percebe que as pessoas que estavam falando ao celular subitamente sofrem um colapso, caindo no chão, em convulsões horríveis. Depois passam a atacar todos os demais passageiros no terminal. Agora, em um novo apocalispe zumbi, a única intenção passa a ser sobreviver.

Comentários:
Quando Stephen King acerta, ele cria verdadeiros clássicos que rendem excelentes filmes. Porém quando ele erra a mão, erra pra valer mesmo. Só sai porcaria. Esse filme é um desses momentos infelizes do escritor. Ele mesmo escreveu o roteiro para esse filme muito, muito fraco. Confesso que quase desisti do filme logo na sua primeira cena, a do aeroporto. As pessoas dando ataques e virando zumbis foi uma das coisas mais ridículas que já vi em um filme inspirado na obra do King. Depois as coisas não melhoram. Os personagens interpretados pelos atores John Cusack e Samuel L. Jackson saem armados de fuzis nas ruas para procurar uma saída naquele apocalipse zumbi. A única diferença de todos os outros filmes nessa linha, que já saturaram, é bom salientar, é que os infectados viram praticamente meras antenas de celulares... é bizarro! Se nos filmes anteriores a origem do mal vinha de algum vírus, etc, agora todos viram zumbis sem alma por causa do aparelho celular! Certo, o King quis criticar as pessoas que ficam viciadas em celular, como se tornassem zumbis, mas não precisva apelar para algo tão banal. Essa é uma premissa boba, débil mental, ridícula, não tem salvação, não sustenta trama nenhuma, nem de livro, nem de filme. Enfim, um filme ruim causado pelo material original igualmente ruim no qual foi inspirado. Um Stephen King péssimo querendo imitar The Walking Dead, mas sem originalidade e sem vergonha na cara.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Mais e Melhores Blues

Título no Brasil: Mais e Melhores Blues
Título Original: Mo' Better Blues
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Spike Lee
Roteiro: Spike Lee
Elenco: Denzel Washington, Spike Lee, Wesley Snipes, Samuel L. Jackson, John Turturro, Giancarlo Esposito,

Sinopse:
O filme conta a história do músico de jazz Bleek Gilliam (Denzel Washington). Enquanto tenta levantar sua carreira no mundo da música, ele precisa lidar com uma vida pessoal conturbada, pois se relaciona ao mesmo tempo com duas mulheres problemáticas. Filme premiado no Venice Film Festival na categoria de melhor direção (Spike Lee).

Comentários:
O pai de Spike Lee foi um músico de jazz. Assim o cineasta decidiu fazer um filme que fosse tanto uma homenagem ao passado de seu pai, como também uma homenagem ao próprio jazz. Muitos podem pensar que por causa do título do filme esse seria algo relacionado ao bom e velho blues, outro estilo musical muito importante na história dos Estados Unidos. Só que esse tipo de pensamento não procede. O foco é mesmo o jazz. Todos os personagens do filme estão envolvidos de uma forma ou outra com esse estilo musical. O enredo é puramente ficcional, criado por Spike Lee, mas há traços de histórias reais que ele tirou do passado de grandes músicos do gênero musical, além de pequenos momentos biográficos da história de seu próprio pai. O personagem interpretado pelo ator Denzel Washington é praticamente um retrato do pai de Spike Lee. Assim é certamente um filme que ele sempre teve como um de seus favoritos na sua filmografia. E de fato o resultado ficou muito bom. Com um bonita direção de fotografia e uma trilha sonora recheada de grandes clássicos do jazz, essa fita é especialmente indicada para quem aprecia conhecer melhor esse estilo musical que merece ser sempre reverenciado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Jackie Brown

Título no Brasil: Jackie Brown
Título Original: Jackie Brown
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
Elenco: Pam Grier, Samuel L. Jackson, Robert De Niro, Bridget Fonda, Michael Keaton, Chris Tucker, Robert Forster

Sinopse:
Jackie Brown (Pam Grier) é uma mulher que precisa sobreviver a um jogo perigoso que acabou entrando, meio ao acaso. Ela poderá perder a vida na próxima jogada ou então lucrar como jamais imaginaria. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Forster). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Atriz (Pam Grier) e Melhor Ator (Samuel L. Jackson).

Comentários:
Eu gosto muito do cinema de Quentin Tarantino. Agora, curiosamente, esse é um de seus filmes menos interessantes, pelo menos em meu ponto de vista. A tentativa do diretor foi de homenagear o movimento Blaxploitation, o auge do cinema negro americano durante os anos 70. Para isso Tarantino trouxe de volta uma das estrelas da época, a atriz Pam Grier. Tendo sido funcionário de uma locadora de vídeo durante os anos 80, Tarantino assistiu muitos clássicos dessa época. Só que todos esses elementos relevantes não resultaram em um filme memorável. Aliás esse parece ser sempre o seu filme menos citado, o seu filme menos querido pelos fãs. O que deu errado? Penso que o roteiro não era excepcional, como o de outros filmes com sua assinatura. No meio de um certo desapontamento quem acaba se sobressaindo mesmo, ainda que no meio de tantos grandes atores, foi a jovem Bridget Fonda. Tarantino, que sempre teve uma obsessão por pés femininos, aqui não conseguiu se conter e criou um nada discreto fetiche pela atriz. Deu no que deu. O filme parece mais centrado nela do que nos demais atores. De qualquer forma, mesmo com eventuais defeitos, ainda é um filme de Quentin Tarantino, o que basta para torná-lo obrigatório na coleção de qualquer cinéfilo.

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de setembro de 2019

Homem-Aranha: Longe de Casa

Título no Brasil: Homem-Aranha - Longe de Casa
Título Original: Spider-Man - Far from Home
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Marvel Studios
Direção: Jon Watts
Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommer
Elenco: Tom Holland, Samuel L. Jackson, Jake Gyllenhaal, Marisa Tomei, Jon Favreau, Zendaya

Sinopse:
Finalmente Peter Parker (Holland) vai tirar suas férias na Europa, ao lado de amigos da escola. Ele acredita ser o momento ideal para finalmente conquistar a garota pelo qual está apaixonado, só que a viagem, que deveria ser de diversão e relaxamento, logo se torna uma aventura com monstros e um estranho novo super-herói.

Comentários:
É o filme mais leve já feito sobre esse famoso personagem da Marvel. É quase um filme de adolescentes normais, isso se não houvesse um super-herói entre eles. O roteiro inclusive poderia muito bem ter saído de alguma revistinha em quadrinhos dos anos 60, criada por Stan Lee. É bem na levada comics. Divertido e de certa forma inofensivo, caiu no gosto do público imediatamente. Com quase 1 bilhão de dólares de bilheteria acabou se tornando o maior sucesso do Homem-Aranha nos cinemas. Só que não adianta celebrar muito pois certamente será o fim dessa (terceira) franquia do herói na tela grande. Isso tudo porque houve uma guerra de bastidores envolvendo duas empresas que detém os direitos do personagem. A Marvel tem os direitos para quadrinhos e a Sony tem os direitos para o cinema. Eles chegaram em um acordo de cavaleiros para a inclusão do personagem nos filmes dos Vingadores e depois nessa produção aqui. Só que o acordo chegou ao fim, com acusações de ambos os lados. Com isso é bem provável que o próximo filme do Homem-Aranha seja um reboot, começando do zero (de novo!). E pensar que o cabeça de teia teve seus direitos vendidos lá atrás por um preço abaixo do valor, porque a Marvel estava em crise. Hoje em dia a empresa fatura bilhões no cinema. Se arrependimento matasse...

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Vidro

É o fim de uma trilogia. O primeiro filme foi lançado em 2000. Era "Corpo Fechado" e trazia Bruce Willis interpretado um homem praticamente indestrutível que sobrevivia a um grande desastre de trem. Após isso ele se tornava um vigilante, um tipo de justiceiro nas ruas, defendendo pessoas indefesas do mundo do crime. Depois veio o segundo filme intitulado "Fragmentado" que considero o melhor de todos. Nele o público era apresentado a um homem com sérios problemas, um distúrbio mental que o fazia ter inúmeras personalidades convivendo ao mesmo tempo em sua mente. O filme trazia uma brilhante interpretação do ator James McAvoy. Agora o diretor M. Night Shyamalan procurou fechar o ciclo de todas as estórias contadas nos filmes anteriores. Para isso ele tinha que juntar todos os personagens em um só ambiente e o faz, colocando todos eles numa instituição psiquiátrica, misto de clínica de tratamento e prisão. Uma médica tenta convencer que todos estão com uma rara condição, um problema mental, que faz com que eles acreditem que possuem grandes poderes, tais como os super-heróis dos quadrinhos.

E o filme é basicamente isso. Shyamalan joga o tempo todo em seu roteiro com a seguinte pergunta: essas pessoas são mesmo poderosas, fora do normal, ou são simplesmente loucos que precisam de tratamento? Embora eu tenha gostado do filme, tenha achado OK, penso que o roteiro poderia alcançar alturas maiores, explorar outros aspectos. Na busca por finalizar sua trilogia de todo jeito, Shyamalan simplificou demais seu roteiro. Por exemplo, se você estiver em busca de alguma grande reviravolta, típica da filmografia desse cineasta, pode desistir. O roteiro é bem na média, sem maiores surpresas. É a tal coisa, se viu os filmes anteriores e gostou, vá em frente, assista a esse, até para ter uma conclusão de tudo. Só não espere por algo espetacular.

Vidro (Glass, Estados Unidos, 2019) Direção: M. Night Shyamalan / Roteiro: M. Night Shyamalan / Elenco: James McAvoy, Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Sarah Paulson / Sinopse: Pessoas com poderes especiais, pelo menos em suas mentes, são confinadas em um hospital-prisão, para que passem por um tratamento psiquiátrico, só que a realidade da situação vai por outro caminho, mostrando outra realidade que poucos esperariam ser possível.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Capitã Marvel

Eu ando muito por fora de histórias em quadrinhos... Confesso que conhecia o Capitão Marvel desde criança, mas a Capitã Marvel... olha, nunca tinha ouvido falar. Também isso é previsível pois não sou leitor de gibis. De qualquer forma... cinema sempre foi minha paixão e assim temos aqui essa nova aventura Marvel com essa personagem que, pelo que soube, sempre foi bem secundária nas revistas - isso apesar de ser uma heroína cheia de poderes! Pois bem,  aqui vão minhas impressões de leigo em comics, mas fã da sétima arte. O filme me agradou. É aquele tipo de produto que gosto de chamar de linha cósmica da Marvel, com muitos planetas e civilizações extraterrestres, seres de outras raças do universo, etc. Se você curte "Star Trek" muito provavelmente vai gostar desse filme (o roteiro até faz piadinhas sobre os trekkers, fãs de Jornada Nas Estrelas).

A atriz Brie Larson tem dois atributos que logo chamam a atenção: é muito bonita e bem carismática. Ela ganha o filme já nas primeiras cenas. Seu contraponto ao lado de Samuel L. Jackson funcionou perfeitamente bem. Sim, o elenco de um modo em geral segurou muito bem o roteiro, com destaque até para uma participação (importante dentro da trama) da veterana Annette Bening; Fazia muitos anos que a tinha visto no cinema. Então foi um reencontro agradável.  Jude Law também está adequado. Ele faz muito bem esse tipo de papel, a do sujeito que parece ser seu amigo, mas que pode estar escondendo um punhal para enfiar nas suas costas quando aparecer a oportunidade.

Em termos de produção temos efeitos especiais de luz e brilho à vontade. Só não gostei muito das cenas de lutas dentro da nave. Elas me pareceram escuras demais e em certos momentos também confusas, do tipo "quem está batendo em quem agora?". O uniforme da mocinha é nitidamente brega, mas isso faz parte do pacote e também rende algumas piadinhas ao longo do filme. Por fim é bom salientar que essa Capitã conseguiu superar a marca do 1 bilhão de dólares arrecadados ao redor do mundo! Incrível uma cifra dessas! Ela logo estará no novo filme dos Vingadores e ao que tudo indica será uma das salvadoras do universo Marvel no cinema. Isso tanto do ponto de vista das estorinhas, como também comercialmente falando. A Marvel já pode ir preparando os cofres para encher com essa fortuna nos próximos anos...

Capitã Marvel (Captain Marvel, Estados Unidos, 2019) Direção: Anna Boden, Ryan Fleck / Roteiro: Anna Boden, Ryan Fleck / Elenco: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Annette Bening, Jude Law, Ben Mendelsohn / Sinopse: Vers (Larson), de um planeta distante, vem parar na Terra em busca de uma arma secreta que colocará fim à guerra entre sua povo e uma raça selvagem e guerreira. Só que ela acaba descobrindo um passado que desconhecia nesse novo mundo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Django Livre

Em “Bastardos Inglórios” Quentin Tarantino tentou revisitar, com muito bom humor, um dos mais populares gêneros do cinema da era de ouro, o dos filmes de guerra. Exagerado, over, beirando a paródia completa, “Bastardos Inglórios” dividiu opiniões, sendo odiado por uns e amado por outros. Embora seu desfecho fosse absurdo pelo menos era surpreendente, não há como negar. Agora é a vez do Western servir de alvo para as lentes de Tarantino. “Django Livre” se propõe a ser uma paródia do chamado Western Spaguetti, gênero que se tornou muito popular (inclusive no Brasil) na época de seu auge. A tônica dessas produções era o exagero das cenas de violência e o uso abusivo de trilhas marcantes e onipresentes em cada cena. Os roteiros passavam longe de ser grande coisa mas eram eficientes. Agora o cineasta Tarantino tenta trazer o espírito daquelas produções de volta às telas, tudo mesclado com seu inconfundível toque pessoal.

É curioso porque assim que o projeto foi anunciado esperei por um verdadeiro delírio por parte do diretor pois se o Spaguetti era uma paródia do western americano, o que esperar de uma paródia da paródia? Obviamente um exagero completo, um delírio absoluto! Mas não é isso o que acontece. “Django Livre” pode até mesmo ser considerado conservador em certos aspectos. Não há dúvidas que existem produções Spaguetti que são bem mais violentas ou ousadas que “Django Livre”. Nesse ponto Tarantino foi passado para trás. Assim sobra pouca coisa para se surpreender. Quem é fã do gênero, que acompanha filmes de faroeste com freqüência, simplesmente não vai se impressionar com nada no filme de Tarantino. Nem é ousado e nem surpreendente. Mesmo assim não é um produto ruim, longe disso, só é menos revolucionário do que se esperava (ou melhor dizendo, não é revolucionário em nada).

Um bom western? Sim, não há como negar. O melhor vem dos talentosos atores em cena. O elenco está muito bem, em especial Christopher Waltz e Leonardo DiCaprio. Jamie Foxx como Django não chega a empolgar e nem está tão intenso quanto era de se esperar. Spike Lee reclamou do retrato que foi feito da escravidão negra nos EUA mas sua posição é obviamente um exagero. Os negros aliás estão no centro da trama e o próprio Django é um bom protagonista para o público afrodescendente se identificar. Recentemente “Django Livre” venceu o Globo de Ouro de Melhor Roteiro mas depois de assistir ao filme achei o prêmio um pouco desmerecido. A trama é até banal, sem surpresas, e o filme tem inclusive um problema no último ato que se tornar desnecessário e constrangedor, para não dizer bobo! Os diálogos, que sempre foram a marca registrada do diretor, aqui estão bem escritos mas muito abaixo das outras obras da filmografia de Tarantino. São um pouco acima da média mas nada excepcionais. Além disso o desenrolar da estória é comum, ordinário. Tarantino parece que tremeu nas bases ao se envolver com a mitologia do western.

Ao invés de jogar as bases do gênero para o alto, como fez em “Bastardos Inglórios”, ele aqui não consegue em momento algum se desvincular das regras dos faroestes mais tradicionais. Até a divisão em três atos está de acordo com os dogmas do estilo. Tarantino não alça vôo em momento algum, prefere ficar no chão, ao lado das regras mais caras ao velho e bom western. Não se aproxima de sua tão falada desmistificação, pelo contrário, louva ao seu modo todos os fundamentos desse tipo de filme e se rende à tradição. Assim não vejo motivo algum para toda a badalação que está sendo feita em torno de “Django Livre” pois em essência ele se apresenta como um western dos mais tradicionais, sem qualquer marca mais relevante que o torne uma obra prima ou algo do gênero. Definitivamente não foi dessa vez que o cineasta maravilhou ou deixou surpreendidos os fãs de faroestes. Em conclusão temos aqui um bom western que sobressai pelo elenco inspirado. A trama é sem surpresas e o roteiro bem abaixo do esperado. Não é um filme ofensivo contra os negros, longe disso, e pode ser visto como bom passatempo, muito embora um corte mais bem cuidadoso em sua duração cairia bem. Deve ser conferido mas sem esperar nada grandioso.

Django Livre (Django Unchained, EUA, 2012) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Jamie Foxx, Christopher Waltz, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson, Sacha Baron Cohen, Joseph Gordon-Levitt, Kurt Russell, Kerry Washington, Walton Goggins, James Remar, Don Johnson, Anthony LaPaglia, Tom Savini, James Russo. / Sinopse: King Schultz (Christoph Waltz) é um caçador de recompensas que se une a um escravo chamado Django (Jamie Foxx) para sair na caça de três irmãos que estão com a cabeça a prêmio. Depois do serviço concluído eles resolvem ir atrás da esposa de Django que agora se tornou propriedade de um cruel fazendeiro do sul chamado Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). Se fazendo passar por traficantes de escravos eles tentarão resgatar a amada de Django.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de outubro de 2018

Os Incríveis 2

Não consigo me lembrar de nenhuma animação com o selo Pixar que seja ruim. O nível de qualidade que eles colocam em seus produtos é realmente admirável. E isso continua, mesmo após o estúdio ter sido comprado pelo império Disney. Aqui o diretor  Brad Bird dá sequência aos incríveis, uma família de super-heróis. O divertido de tudo é que eles precisam lidar com os mesmos aborrecimentos do dia a dia como qualquer outra família normal. Cuidar do bebê, dormir mal à noite, ter que enfrentar as crises da adolescência da filha e impedir que o mundo civilizado sucumba ao mal absoluto. É uma saborosa sátira ao universo dos super-heróis dos quadrinhos, tudo feito numa base mordaz e divertida.

Em tempos de politicamente correto o roteiro coloca em primeiro plano a mãe, Helen, a Mulher-Elástico, que acaba sendo contratada para trabalhar numa espécie de reality show moderno. Ela vai enfrentar o crime, ao mesmo tempo fazendo publicidade para que os super-heróis voltem a ser reconhecidos pela lei. Já o Sr. Incrível fica em casa cuidado dos filhos, o que para ele logo se revela pior e mais desafiador do que enfrentar os mais malvados vilões. É o tipo de enredo inteligente que consegue agradar tanto aos pais como aos filhos, as crianças, que vão ao cinema e se divertem muito. Essa pegada sempre foi um dos segredos do sucesso das animações da Pixar. Aqui tudo segue alinhado com o mesmo espírito. Não me admira que a animação tenha ficado tão boa!

Os Incríveis 2 (Incredibles 2, Estados Unidos, 2018) Direção: Brad Bird / Roteiro: Brad Bird / Elenco: Craig T. Nelson, Holly Hunter, Samuel L. Jackson, Sarah Vowell / Sinopse: Com a ilegalidade dos super-heróis e o fim do programa secreto do governo, o Sr. Incrível fica desempregado. Morando num motel de beira de estrada, a sorte da família muda quando Helen recebe o convite de um milionário para trabalhar em um reality show que vai mostrar o combate ao crime por uma heroína numa cidade infestada de bandidos. Todos querem que os super-heróis sejam novamente reconhecidos pela lei.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Fora de Controle

O que achei muito fraco nesse filme foi sua trama. Basicamente temos dois personagens centrais. Gavin Banek (Ben Affleck) é um jovem advogado que precisa chegar urgentemente no tribunal para entregar uma procuração. Doyle Gibson (Samuel L. Jackson) também precisa chegar rapidamente em uma audiência judicial, caso contrário perderá a guarda dos filhos. No meio do caminho ocorre um acidente. Tanto Banek como Gibson saem prejudicados. Eles perdem a oportunidade de chegarem no tribunal. Um culpa o outro pelas consequências. Uma guerra então é declarada entre ambos.

E é isso. Complicado entender como um roteiro tão básico e também inverossímil contou com uma produção milionária como essa. As coisas simplesmente não funcionam, o filme não convence e nem diz a que veio. Ben Affleck continua o mesmo. Como ator ele é inegavelmente fraquíssimo. Parece ter apenas uma expressão facial no filme inteiro. Dramaticidade zero.  Samuel L. Jackson também não está bem. Ele não é um ator ruim, mas tem tendência a cair em um tipo de caricatura de homem nervoso, soltando palavrões em série, que depois de um tempo irrita. Então é isso. Um filme que foi prejudicado por não ter uma boa estória para contar.

Fora de Controle (Changing Lanes, Estados Unidos, 2002) Direção: Roger Michell / Roteiro: Chap Taylor / Elenco: Ben Affleck, Samuel L. Jackson, Kim Staunton / Sinopse: Após um acidente de trânsito banal, dois homens, o advogado Gavin Banek (Ben Affleck) e o pai de família Doyle Gibson (Samuel L. Jackson), chegam atrasados em compromissos importantes com a justiça. A partir daí eles começam uma guerra particular.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Violação de Conduta

Como você deve saber o John Travolta é um homem muito rico. Rico a ponto de ter um avião Boeing particular. Tudo fruto de seu trabalho no cinema, além da grande capacidade de fazer muitos filmes ao longo da carreira. Com tantos títulos na filmografia alguns filmes, até mesmo os bons, acabam sendo esquecidos. Um exemplo é esse "Basic" que nunca mais vi sendo exibido em lugar nenhum, nem nas emissoras de TV a cabo. Uma pena porque é um bom filme, que merecia ser mais conhecido.

É a tal coisa, se você gosta de filmes sobre CIA, missões não autorizadas, o lado oculto do governo americano, certamente vai gostar dessa fita. O enredo gira todo em torno de uma missão mal explicada e mal executada por espiões e militares dos Estados Unidos nas distantes selvas do Panamá. Apenas alguns sobrevivem. Nas investigações sobre o que teria acontecido são revelados segredos sórdidos que muitas pessoas poderosas gostariam de ver escondidas para sempre. Bom roteiro, trama inteligente e John Travolta em cena garantem a diversão e o entretenimento.

Violação de Conduta (Basic, Estados Unidos, 2003) Direção: John McTiernan / Roteiro: James Vanderbilt / Elenco: John Travolta, Samuel L. Jackson, Connie Nielsen / Sinopse: Uma investigação interna tenta descobrir o que teria acontecido durante uma operação militar dos Estados Unidos no Panamá. Alguns militares morreram e os que sobreviveram não parecem dispostos a revelarem nada.

Pablo Aluísio.