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sábado, 23 de abril de 2022

Colheita Maldita

Título no Brasil: Colheita Maldita
Título Original: Children of the Corn
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Fritz Kiersch
Roteiro: Stephen King, George Goldsmith
Elenco: Peter Horton, Linda Hamilton, R.G. Armstrong, John Franklin, Julie Maddalena

Sinopse:
Um casal viajando pelo interior dos Estados Unidos se perde na estrada e acaba indo parar em uma estranha cidade que parece estar há anos isolada de tudo. E pelo visto os moradores seguem estranhos rituais religiosos nos vastos campos de milho da região.

Comentários:
Eu sempre considerei esse filme injustamente criticado, principalmente na época em que ele chegou nas telas de cinema pela primeira vez. Nos anos 80 filmes de terror baseados em livros de Stephen King se tornaram uma febre - e grandes sucessos de bilheteria. Esse aqui não fugiu muito desse esquema. O interessante é que King aqui mirou suas críticas naquelas cidades do meio oeste dos Estados Unidos onde o fanatismo religioso e o pensamento fundamentalista imperam. O resultado dessa adaptação pode soar um pouco histérica em alguns momentos, mas o filme nunca perde o foco. E não deixa de ser marcante ver a atriz Linda Hamilton sendo crucificada no meio do milharal! Houve muitos filmes baseados nessa história do King. Na minha opinião esse filme original segue sendo o melhor já produzido.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de janeiro de 2022

Cujo

Essa foi uma das primeiras adaptações de Stephen King para o cinema. Foi baseado em um conto meio obscuro do autor. O enredo gira em torno de um amigável cachorro São Bernardo. Eles são bem conhecidos nos Estados Unidos e Canadá por serem cães salvadores. Como aguentam baixas temperaturas eram usados por guias de trenôs para salvamento em regiões montanhosas e inóspitas, cobertas de gelo. Pois bem, nesse filme temos o cão Cujo, da raça São Bernardo. Bom amigo, cão de primeira linhagem. Durante uma noite ele é picado por um morcego. Provavelmente o animal estava contaminado com raiva. Depois disso Cujo vira uma verdadeira besta assassina, sedento por sangue, inclusive sangue humano!

Cujo se transforma em praticamente um monstro de destruição, atacando as pessoas, se tornando uma máquina de matar. Esse enredo poderia até ter seu fundo de verdade pois a raiva é uma das doenças mais terríveis que se conhece, mas claro que Stephen King não iria contar uma história qualquer. O autor então exagera bastante nas tintas, vamos colocar nesse termos. Ele (e ninguém me tira da cabeça isso) provavelmente se inspirou em um velho filme B chamado "Zoltan - O Cão Vampiro de Drácula". O resultado de tudo é um filme de terror típico dos anos 80. Só não espero que façam um remake dessa história. Seria oportunismo demais e ideias novas de menos.

Cujo (Cujo, Estados Unidos, 1983) Direção: Lewis Teague / Roteiro: Don Carlos Dunaway, Barbara Turner, baseados no livro escrito por Stephen King / Elenco: Dee Wallace, Daniel Hugh Kelly, Danny Pintauro / Sinopse: Cão bondoso e amigo se transforma em uma besta assassina após ser picado por um morcego.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Creepshow 2

O primeiro "Creepshow" fez sucesso então era natural o lançamento desse segundo volume. No Brasil não chegou aos cinemas, sendo lançado diretamente no mercado de fitas VHS. E foi assim que assisti a esse número 2. Aqui tínhamos 3 histórias (ao contrário do primeiro que tinha 5, o que sempre me fez confundir ambos os filmes). Essa é uma fórmula muito antiga, ainda dos tempos de Vincent Price e Peter Cushing. Certa vez o próprio Cushing explicou isso em uma entrevista. Os produtores da época acreditavam que o espectador, na pior das hipóteses, iria curtir pelo menos uma das histórias. E na melhor iria gostar de todas, dando aquela sensação de satisfação. Pagou um ingresso e viu 3 histórias diferentes. Coisas da estética do cinema B.

Entre os episódios, vamos chamar assim, o melhor é da estátua de madeira do velho índio que acaba ganhando vida, para horror de todos. Outra mostra um casal de jovens sendo atacados em uma pequena lagoa. O tal monstro (obviamente inspirado na bolha dos filmes antigos) parece ter vindo do espaço. Por fim um casal de idosos cai nas garras de um grupo de criminosos insanos. As histórias foram criadas por Stephen King (dispensa maiores apresentações) e George A. Romero (o Rei dos Zumbis). A produção foi da New World Pictures, companhia especializada em filmes de terror nos anos 80.

Creepshow 2: Show de Horrores (Creepshow 2, Estados Unidos, 1987) Direção: Michael Gornick / Roteiro: Stephen King, George A. Romero / Elenco: George Kennedy, Lois Chiles, Domenick John / Sinopse: Mais uma coletânea de filmes de terror inspirados em histórias em quadrinhos do gênero lançadas na década de 1950.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Cemitério Maldito

Título no Brasil: Cemitério Maldito
Título Original: Pet Sematary
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mary Lambert
Roteiro: Stephen King
Elenco: Dale Midkiff, Denise Crosby, Fred Gwynne

Sinopse: 
Pai de família tem que consolar seu pequeno filho após a morte do animal de estimação da família. Seguindo os passos de uma antiga lenda que afirma que todo animal enterrado em um velho cemitério de índios retorna à vida ele leva o cãozinho para lá. O problema é que o animal realmente retorna mas como um ser horrível, em decomposição. Depois disso algo inesperado volta a ocorrer com a família mas a vítima é seu próprio filho. E agora? Terá coragem de levar seu filho morto para o cemitério de animais?

Comentários:
Vem remake novo por aí. Esse aqui tive a oportunidade de assistir no cinema que inclusive hoje em dia não existe mais, virou uma loja de sapatos - que pena! Pois bem, como todos sabemos o texto é do sempre ótimo Stephen King. Como sempre ele foca em uma típica família americana do meio oeste que acaba entrando em contato com eventos fantásticos. No caso o tal Pet Cemitery (ou Cemitério de animais de estimação, muito comuns nos Estados Unidos). O ator Dale Midkiff que faz o pai de família que toma uma decisão muito errada tinha acabado de fazer Elvis Presley na versão do livro "Elvis e Eu" na TV (essa série chegou a ser exibida várias vezes no SBT). O clima do filme em si é dos melhores. King prepara bem seu suspense, criando todo um clima, familiarizando sem pressa todos os personagens para o público que está acompanhado tudo. Na época que o filme foi realizado não havia ainda efeitos digitais e tudo é baseado em maquiagem (muito bem feita por sinal) e efeitos em animatronics. Confesso que sempre gostei muito mais da primeira parte do filme, quando os acontecimentos vão sendo preparados para o terrível grand finale. Em seu lançamento houve quem criticasse por colocar uma criança como um terrível ser do mal mas Stephen King está realmente acima desse tipo de coisa. Hoje em dia "Cemitério Maldito" é um pequeno clássico da obra de King e mostra que não envelheceu. Nem era preciso remake para dizer a verdade. Prefira sempre conhecer esse original.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de julho de 2021

Creepshow

Sempre vi esse filme como uma produção duplamente nostálgica. Nostálgico de duas décadas diferentes, dos anos 50 e dos anos 80. Explico. Embora o filme tenha sido lançado nos anos 80, sendo assistido e curtido pelos jovens e adolescentes da época, na verdade a fonte vinha de mais longe do passado, vinha das revistas em quadrinhos de terror dos anos 50. E para acentuar ainda mais isso recriaram o mascote que surgia entre as histórias, um tipo de zumbi bem humorado, com óbvias tiradas de humor negro. E quem escreveu o roteiro desse divertido filme? Stephen King, ele mesmo, o mestre da literatura de terror nos Estados Unidos. Foi uma das primeiras experiências dele escrevendo diretamente para o mundo do cinema. Antes disso apenas havia adaptações de seus livros para o cinema. Aqui ele colocou a mão na massa mesmo, para ver como era escrever para outro meio.

Creepshow fez sucesso no Brasil, mas não nos cinemas. Esse filme chamou atenção mesmo nas videolocadoras da época. Estou me referindo a um tempo onde os cinéfilos iam até a locadora perto de casa e levavam uma fita VHS para curtir em casa, em seus aparelhos de videocassete. E essa franquia tinha outro atrativo. Assim como "Contos Assombrosos" a fita trazia várias histórias. Se o espectador não gostava de uma, poderia curtir na próxima, quem sabe. O roteiro imitava as próprias revistinhas originais que também traziam contos de terror. Com poucos centavos os garotos da época se divertiam como nunca.

Creepshow: Arrepio do Medo (Creepshow, Estados Unidos, 1982) Direção: George A. Romero / Roteiro: Stephen King / Elenco: Hal Holbrook, Leslie Nielsen. Adrienne Barbeau / Sinopse: Contos e histórias de terror publicadas originalmente em quadrinhos durante os anos 1950 ganham uma versão para o cinema sob a direção do renomado diretor de terror George Romero.

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de julho de 2020

Mr. Mercedes - Terceira Temporada

Mr. Mercedes - Terceira Temporada
Na primeira temporada o policial Bill Hodges (Brendan Gleeson) investigava o crime do Mr. Mercedes, um psicopata que havia matado uma série de desempregados numa feira de emprego. Um crime hediondo. Brady Hartsfield (Harry Treadaway) era o assassino. Um jovem, trabalhando numa empresa de assistência técnica de materiais de informática de sua cidade. No final da primeira temporada ele finalmente era descoberto. Alvejado, acabava em coma, vegetando em um hospital. E nessa segunda temporada tínhamos basicamente Brady acamado, em coma, mas conseguindo controlar a mente de outras pessoas. Coisas de Stephen King. No final dessa segunda temporada ele levava um tiro na cabeça dado por sua ex-colega de trabalho, Lou Linklatter (Breeda Wool). O motivo? Bradley havia esfaqueado Lou. Fim da linha para o assassino da Mercedes. Ponto final. Morte e cemitério. Agora começo a acompanhar a terceira temporada, algo que achava sinceramente que não iria existir, pela simples razão de que o assassino Bradley, um dos personagens principais, estava morto e enterrado. Mas eis que aqui estamos aqui para mais uma temporada. Vou escrevendo sobre os episódios conforme for assistindo, tudo periodicamente, aos poucos. 

Mr. Mercedes 3.01 - No Good Deed
Com Brady Hartsfield morto, a série precisava de um novo vilão. E ele é um ladrão, um assaltante, um arrombador de casa. Depois de entrar na casa de um famoso escritor do passado, agora idoso, ele e seu parceiro acabam percebendo que tudo deu errado. O escritor reage e é morto. O parceiro do crime também. Sem pensar duas vezes, ele pega o dinheiro, coloca numa mala e foge. Só que na fuga seu carro bate em um animal na floresta. O carro sai da pista e vira. O criminoso fica muito machucado, mas vivo. Acaba sendo encontrado agonizante na estrada e e é salvo por um homem que vinha passando em seu carro. Na outra linha narrativa Lou Linklatter vai a julgamento pelo assassinato de Brady Hartsfield. Essa é a parte do roteiro que mantém uma linha de ligação com as temporadas anteriores, porque afinal agora a série procura por outro foco. O velho detetive aposentado Bill Hodges (Brendan Gleeson) está lá para dar uma força a Lou, mas ela parece fadada a ser condenada, a cumprir uma pena longa de prisão. Foi assassinato a sangue frio, premeditado, sem chance de defesa. O roteiro porém também já abre brecha para que o velho Bill Hodges se envolva na morte do escritor, de que inclusive era muito admirador. E assim segue "Mr. Mercedes". Costei das mudanças e vou acompanhar mais essa temporada. / Mr. Mercedes 3.01 - No Good Deed (Estados Unidos, 2019) Direção: Jack Bender / Roteiro: David E. Kelley / Elenco: Brendan Gleeson, Jharrel Jerome, Justine Lupe.

Mr Mercedes 3.02 - Madness
Loucura, esse é o nome original desse episódio de Mr. Mercedes. Faz todo o sentido. O juiz do caso envolvendo Lou Linklatter é um sujeito pernóstico, que está pouco ligando para a justiça. Ele apenas não quer ficar ruim na foto, por isso decide não decidir. Ao invés de levar o caso dela para julgamento ele toma uma decisão um tanto sem sentido. Afirma que ela precisa passar por um exame de sanidade mental. Que ficará em uma manicômio judicial enquanto isso não for resolvido. Lava as mãos e manda Lou para uma instituição psiquiátrica, onde são presos loucos violentos, que cometeram crimes. Claro, um absurdo completo. Na outra linha narrativa o assassino do famoso escritor sai em busca do dinheiro que foi roubado do carro onde ele capotou, bem no meio da floresta. O dinheiro foi levado por um jovem que mora ali perto, numa casa próxima. Os problemas para ele, pelo visto, estão apenas começando. / Mr Mercedes 3.02 - Madness (Estados Unidos, 2019) Direção: Jack Bender / Roteiro: David E. Kelley / Elenco: Brendan Gleeson, Jharrel Jerome, Justine Lupe.

Mr Mercedes 3.03 - Lost Love 
Amor perdido, é o nome desse episódio. Muito justo. Bill Hodges descobre que Alma Lane teve um caso amoroso com o escritor que foi assassinado. Agora ambos curtem sua fossa em um velho pub cheio de irlandeses. E há outro amor perdido. A jovem namorada do assaltante vai tomar satisfações com a mulher mais velha com quem ele tem um caso desde os 13 anos. O resultado desse encontro, desse acerto de contas? A garota termina dentro de um freezer, morta, após levar uma machadinha na cabeça. Por fim Lou passa no teste de insanidade, mesmo alegando ver Brady por todos os cantos. Vai entender... / Mr Mercedes 3.03 - Lost Love (Estados Unidos, 2019) Direção: Jack Bender / Roteiro: David E. Kelley / Elenco: Brendan Gleeson, Jharrel Jerome, Justine Lupe. 

Mr Mercedes 3.04 - Trial and Terror
Todo mundo sabe que Brady merecia morrer, mas será que esse tipo de pensamento vai bastar para livrar Lou de uma pesada pena? Pois é, ela paga pra ver. Recusa qualquer tipo de acordo e vai em frente, batendo o pé, dizendo que quer seu julgamento. Claro, é um jogo perigoso, uma roleta russa. Tanto ela pode ser inocentada, como também pegar pena de morte. E o julgamento começa justamente nesse episódio com a promotoria e a defesa fazendo suas considerações iniciais. Quem vai vencer? Bom, isso só se saberá nos próximos episódios. Penso que a série a partir desse episódio vai se concentrar cada vez mais nisso, no tribunal. / Mr Mercedes 3.04 - Trial and Terror (Estados Unidos, 2019) Direção: Jack Bender / Roteiro: David E. Kelley / Elenco: Brendan Gleeson, Jharrel Jerome, Justine Lupe. 

Mr Mercedes 3.05 - Great Balls of Fire
Começa o julgamento de Lou Linklatter. E o primeiro a ser chamado como testemunha é justamente o detetive Bill Hodges. A promotoria tenta desestabilizar sua reputação, o mostrando para o júri como um homem que apóia a justiça pelas próprias mãos. Que Lou agiu bem matando Brady em pleno tribunal, crime pelo qual agora ela está sendo julgada. E o mais curioso de tudo é que Bill Hodges começa a interagir com o escritor falecido John Rothstein, o que rende ótimos diálogos, bem espirituosos. Em um deles o escritor diz para Bill que Satã na verdade nunca existiu, assim como Deus. Seria apenas invenções humanas. E que para o ser humano não haveria saída nenhuma, apenas aquela encontrada em seu ser interior. / Mr Mercedes 3.05 - Great Balls of Fire (Estados Unidos, 201 ) Direção: Laura Innes / Roteiro: David E. Kelley / Elenco: Brendan Gleeson, Jharrel Jerome, Justine Lupe. 

Mr Mercedes 3.06 - Bad to Worse  
Dia de testemunhas no julgamento da Lou. A Holly deu um surto antes de ir ao tribunal. Tem um ataque de Pânico, fica com movimentos de autista, sentada no chão, cantando uma música só pra ela. Para surpresa de todos ela se recupera e vai muito bem em seu dia no tribunal. Faz um depoimento consistente e forte, muito bom na avaliação do seu advogado. Na outra linha narrativa aquela dupla formada pelo assassino do escritor e sua amante tenta intimidar o rapaz que ficou com os manuscritos e o dinheiro. A coisa não sai muito bem como planejado e o criminoso acaba levando um tiro na perna. A coisa toda pula para um outro nível, bem mais perigoso e... mortal! / Mr Mercedes 3.06 Mr Mercedes 3.06 - Bad to Worse (Estados Unidos, 2019) Direção: Jack Bender / Roteiro: David E. Kelley / Elenco: Brendan Gleeson, Jharrel Jerome, Justine Lupe. 

Mr Mercedes 3.07 - The End of the Beginning
Chega ao final o julgamento de Lou Linklatter. Ela é sentenciada a 15 anos de prisão, mas o juiz suspende o cumprimento da pena por ter sido uma condenação de homícidio culposo. Assim ela fica livre de ir para uma prisão de segurança máxima. Já o livreiro que estava comprando os manuscritos do escritor assassinado se dá muito mal. Alma Lane vai atrás dele em busca de informações e numa sessão de tortura arranca primeiro seus dedos. Depois o mata com uma picareta na cabeça. Uma morte bem feia. Agora ela sabe que o garoto realmente pegou os manuscritos e o dinheiro do carro acidentado. Ele é o próximo alvo do casal de criminosos. Salve-se quem puder! / Mr Mercedes 3.07 - The End of the Beginning (Estados Unidos, 2019) Direção: Jack Bender / Roteiro: Stephen King, David E. Kelley / Elenco: Brendan Gleeson, Jharrel Jerome, Justine Lupe. 

Mr Mercedes 3.08 - Mommy Deadest 
Como recuperar de vez os manuscritos do escritor que foi assassinado? Esses textos valem milhões pois foram os últimos escritos dele. Bem, na mente criminosa tudo se resolve em violência, sequestro e chantagem. Assim o assassino e sua velha amante resolvem sequestrar e torturar a mãe do jovem que encontrou os textos roubados e o dinheiro no carro acidentado. Assim colocam a escolha sobre à mesa, com uma arma na mão. Ou o jovem entrega o que eles querem ou então vão matar sua mãe, sem dó e nem piedade! / Mr Mercedes 3.08 - Mommy Deadest (Estados Unidos, 2019) Direção: Michael J. Leone / Roteiro: David E. Kelley / Elenco: Brendan Gleeson, Jharrel Jerome, Justine Lupe. 

Mr Mercedes 3.09 - Crunch Time
Eu nunca tinha visto antes criminosos, assassinos, que eram grandes fãs de literatura. Mas é o caso aqui. Os dois sequestram a mãe do rapaz que encontrou os manuscritos do escritor que foi assassinado. E eles querem esses textos, acima de tudo. Caso não lhe sejam entregues, então a coisa toda vai ficar feia. Eles vão matar a mãe do jovem. Porém as coisas fogem do controle. Ele é apunhalado pela comparsa com uma picareta. E quando ela dá as costas ele enfia em seu tórax uma grande barra de metal. Sim, um tremendo banho de sangue. E a mãe que está sequestrada assiste tudo, em completo pânico. Não é fácil, no mundo do crime é lobo matando lobo, sem dó e nem piedade! / Mr Mercedes 3.09 - Crunch Time (Estados Unidos, 2019) Direção: Jack Bender / Roteiro: David E. Kelley / Elenco: Brendan Gleeson, Jharrel Jerome, Justine Lupe. 

Mr. Mercedes 3.10 - Burning Man
A série chega ao final da terceira temporada. Aliás é o final da série pois ela foi cancelada justamente com a conclusão dessa terceira temporada. E como termina "Mr. Mercedes"? Ora, com a solução do caso do criminoso que mantém como refém a mãe do garoto que encontrou os manuscritos do famoso escritor. E quem esperava tanto saber o fim daquela história tudo termina em chamas. O tal Burning Man (homem em chamas) do título original do episódio é justamente isso, o sequestrador que acaba sua vida sendo consumido pelo fogo, enquanto tenta ler os textos (que está também sendo consumindo pelas chamas). Um bom episódio que vem para colocar um ponto final dessa boa série que teve seus altos e baixos, mas que no final conseguiu manter meu interesse do primeiro ao último episódio. / Mr. Mercedes 3.10 - Burning Man (Estados Unidos, 2019) Direção: Jack Bender / Roteiro: David E. Kelley / Elenco: Bill Hodges, Jerome Robinson, Holly Gibney.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Castle Rock

Mesmo após tantos anos ainda gosto muito das adaptações dos contos e livros de Stephen King. Sempre que vejo seu nome em algum cartaz procuro assistir, seja um filme, seja uma série. "Castle Rock" acabou virando uma série. No primeiro episódio já encontramos vários elementos bem característicos das estórias do escritor. Logo nas primeiras cenas vemos um diretor de um presídio da região (do Maine, claro) que decide se matar. As razões? Vão ser explicadas ao longo da série. Com a morte dele assume a direção do presídio uma executiva que encontra muitos problemas, entre eles toda uma ala prisional abandonada. Houve uma rebelião lá, com chamas e destruição das celas. Ela então decide reabrir para mandar novos condenados.

Quando os agentes chegam por lá acabam encontrando um homem acorrentado em uma espécie de tanque abandonado há muitos anos. Quem é ele? Qual é a sua ligação com a morte do antigo diretor? São questões que King vai tecendo aos poucos. Um dos pontos positivos de se ter uma série é que tudo vai se desenvolvendo sem muita pressa, como geralmente acontece em filmes. A boa notícia é que o roteiro é bom, prende a atenção do espectador e a produção também tem qualidade. Além disso é impossível assistir a esse "Caste Rock" e não lembrar de "Um Sonho de Liberdade", outra adaptação maravilhosa de um livro de Stephen King. Aliás a prisão, chamada de Shawshank, é a mesma! Um verdadeiro castelo de rocha, como afirma o título original. Coisas de Stephen King...

Castle Rock (Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Uppendahl, Ana Lily Amirpour, Daniel Attias / Roteiro: Sam Shaw, Dustin Thomason, baseados na obra de Stephen King / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård / Sinopse: Um homem desconhecido é encontrado acorrentando numa ala abandonada há muitos anos de um presídio no Maine. Ele pede a ajuda de um advogado negro, especializado em condenados à morte. Qual seria a ligação dele com o suicídio do antigo diretor do estabelecimento prisional? 

Castle Rock - Episódios Comentados: 

Castle Rock 1.06 - Filter
Essa série é baseada na obra de Stephen King. De maneira em geral eu gosto muito das adaptações do King para o cinema. Só que devo abrir o jogo. Esse é o sexto episódio da primeira temporada e ainda não vi nada que justifique todos os elogios que foram feitos ao programa. Os episódios até aqui se arrastam... se arrastam. Pouca coisa relevante acontece. O clima de tédio vai tomando conta do espectador. E saber que tudo se passa na sempre nublada e escura Castle Rock não ajuda em nada para despertar. Existe um personagem estranho. Um rapaz que foi encontrado no porão da penitenciária local. Ele vivia isolado, no escuro, sem ter contato com ninguém. O antigo diretor da prisão que estava envolvido diretamente com o fato acaba tirando a própria vida. Esse jovem sem nome acaba sendo ajudado pelo advogado Henry Deaver (André Holland) que consegue tirá-lo da cadeia através de um Habeas Corpus, mas isso só piora a situação geral, com acontecimentos esquisitos surgindo a cada instante. A própria personagem interpretada pela atriz Sissy Spacek decide pular dentro do rio, em um momento totalmente inoportuno. Gente esquisita! No mais é esperar pelos próximos episódios, esperando por alguma melhora. / Castle Rock 1.06 - Filter (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Bad Robot / Direção: Kevin Hooks / Roteiro: Sam Shaw / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård, Jane Levy, Sissy Spacek, Scott Glenn


Castle Rock 1.07 - The Queen 
Esse episódio é certamente o mais estranho da série, ao mesmo tempo, é o mais brilhante deles. A personagem de Ruth Deaver é interpretada pela maravilhosa atriz Sissy Spacek. Ela sofre do mal de Alzheimer, o que significa que ela não consegue muito distinguir passado, presente e futuro, tampouco espaço. Por isso os roteiristas do episódio optaram por fazer tudo sob o ponto de vista de Sarah. Ficou excelente. Não tenta amarrar muito os acontecimentos, pois o roteiro foi escrito mesmo para embaralhar a mente do espectador. Incrível o resultado final. Deixo aqui minhas palmas pela originalidade, inteligência e criatividade. Ótimo, ótimo episódio da série "Castle Rock". / Castle Rock 1.07 - The Queen (Estados Unidos, 2018) Direção: Greg Yaitanes / Roteiro: Sam Shaw / Elenco: Sissy Spacek, André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård 


Castle Rock 1.08 - Past Perfect  
Essa série esconde algo sombrio. E esse episódio é um dos mais sangrentos. Mortes e assassinatos para todos os lados. O episódio começa com a chegada de um casal novo na cidade. Ele era psiquiatra na cidade grande, mas traiu um de seus clientes. Assim acabam comprando uma velha casa na cidade, um lugar onde no passado havia sido cometidos crimes. A intenção é montar um hotel histórico, contando e relembrando o passado sombrio do lugar. Coisa de louco. Só que, por uma razão ou outra, o novo inquilino acaba enlouquecendo, matando um casal, seus primeiros hóspedes. Ecos de Psicose. Bom episódio, deixando algumas pistas, como na cena final em que o estranho sujeito diz para uma das personagens que ela morreu na colina. O que isso significaria? Bom, só resta assistir aos dois últimos episódios dessa temporada para saber. / Castle Rock 1.08 - Past Perfect (Estados Unidos, 2018) Direção: Ana Lily Amirpour / Roteiro: Sam Shaw, baseado na obra de Stephen King / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård. 


Castle Rock 1.09 - Henry Deaver  
Esse episódio faz pouco sentido. Os atores trocam de personagens, o policial que já havia morrido na série retorna... Tudo parece saído da mente de alguém perturbado - e realmente é. O que se vê no episódio é apenas a versão dos fatos contada por aquele estranho sujeito que foi encontrado numa cela por anos. Quem é ele? De onde veio? É o próprio diabo? Quem sabe... de qualquer maneira nesse episódio ele passa uma conversa, ou melhor dizendo, uma narrativa completamente maluca para Molly. Sim, não vai fazer o menor sentido para quem vinha acompanhando a série até agora. É feito para explodir seus miolos. Se prepare e fique sem saber quem realmente é Henry Deaver. / Castle Rock 1.09 - Henry Deaver (Estados Unidos, 2018) Direção: Julie Anne Robinson / Roteiro:  Sam Shaw / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård. 


Castle Rock 1.10 - Romans
Esse é o último episódio da primeira temporada. E como termina? De certa forma, como começou. Henry Deaver volta a advogar. Porém antes disso vem a grande revelação do episódio. Finalmente é revelado ao espectador que quando era criança Henry realmente matou seu pai adotivo, o pastor. Ele o empurrou de um barranco e o pastor se espatifou lá embaixo, morrendo na neve gelada. Assim todas as fofocas, todos os mexericos e o preconceito que envolviam sua presença na cidade se mostraram verdadeiros. Ele é o assassino. Esse é o seu pecado, revelado no livro de Romanos. E o misterioso jovem que vivia dentro de uma gaiola nos porões da prisão? Ele volta para lá. Henry, na última cena, leva comida para ele e lhe deseja feliz natal. Ao ser perguntado por quanto tempo ele iria continuar ali, a resposta veio seca e sem esclarecer muito. E assim termina essa primeira temporada. Para falar a verdade, por se tratar de Stephen King, esperava por algo melhor. Em termos gerais considerei a série um tanto fraca. / Castle Rock 1.10 - Romans (Estados Unidos, 2018) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Sam Shaw / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Mr. Mercedes - Segunda Temporada

Essa é uma nova série baseada na obra de Stephen King. Mostra a rivalidade entre um psicopata e um velho policial, que agora aposentado, passa a ser incomodado pelo criminoso que não conseguiu colocar atrás das grades. A primeira cena da série vai chocar um pouco os espectadores mais sensíveis pois mostra o psicótico jogando um carro da marca Mercedes (daí o título) em cima de um grupo de desempregados que madrugava numa fila em busca do tão sonhado emprego. Jovens, mulheres e até um bebê são mortos. Um ato bárbaro de covardia. A polícia cola no caso, mas não consegue muitos avanços. Com isso o assassino acaba ficando solto e impune.

Os anos passam e o investigador Bill Hodges (Brendan Gleeson) está agora aposentado, sem ter nada o que fazer. Para passar as horas ouve seus antigos discos de vinil e alimenta sua tartaruga que vive em seu jardim. E então no meio do tédio ele acaba recebendo um Email, na verdade um vídeo em tom de provocação enviado pelo psicopata. A partir daí o velho tira volta para pegar o desgraçado de uma vez por todas. No geral é uma boa série, valorizada pelo bom elenco. O irlandês Brendan Gleeson é um veterano, um bom ator que nunca teve o reconhecimento devido. O criminoso é interpretado por Harry Treadaway, que os fãs de séries conhecem muito bem. Ele atuou em "Penny Dreadful" onde interpretava um Dr. Victor Frankenstein jovem e em crise com suas criações monstruosas. Essa primeira temporada conta com 10 episódios (haverá outra?) e pelo que vi, gostei. Some-se a isso o fato de ter o nome de Stephen King nos créditos, algo que é sempre um motivo a mais para se conferir.

Mr. Mercedes (Estados Unidos, 2017) Direção: Jack Bender, John David Coles, Kevin Hooks / Roteiro: David E. Kelley, Stephen King, Sophie Owens-Bender / Elenco: Brendan Gleeson, Harry Treadaway, Jharrel Jerome / Sinopse: Policial aposentado resolve investigar por conta própria um velho caso arquivado envolvendo a morte de um grupo de desempregados, atropelados por um carro dirigido por um desconhecido, anos atrás. Agora ele pretende descobrir a identidade do criminoso para jogá-lo atrás das grades de uma vez por todas.

Mr. Mercedes - Segunda Temporada:

Mr. Mercedes 2.01 - Missed You
Em determinado momento pensei que a série "Mr. Mercedes" iria morrer no final da primeira temporada. Apesar de ser baseado na obra do muito popular Stephen King, essa série tinha uma proposta mais psicológica, um duelo em nível mental entre um serial killer jovem e uma velho policial aposentado, corroído internamente por não ter solucionado um caso de atropelamento coletivo de uma fila de desempregados. Só que para minha surpresa a série fez sucesso nos Estados Unidos e já tem confirmada a produção de sua terceira temporada! Aqui começa a segunda, justamente nesse episódio chamado "Missed You" (algo como "senti saudades de você", veja que ironia!). O psicótico Brady Hartsfield (em ótimo desempenho do ator Harry Treadaway) está em coma, inválido numa cama de hospital. Tudo leva a crer que ele terá dois caminhos em breve: ou virar um vegetal ou então morrer. É quando um médico usando uma droga experimental decide aplicar uma alta dose nele. Afinal é um criminoso, um assassino em série, se morrer ninguém vai lamentar. Claro que dá certo! Afinal a série tem que continuar e sem seu vilão principal isso não iria acontecer. E o velho tira Bill Hodges (Brendan Gleeson)? Ele está lamentando a morte de um amigo, um policial veterano que sofre um ataque fulminante do coração. Algo que lhe traz a consciência de sua própria mortalidade! E para abrandar os dissabores da vida nada como um velho vinil tocando na sala de estar. / Mr. Mercedes 2.01 - Missed You (Estados Unidos, 2018) Estúdio: David E. Kelley Productions / Direção: Jack Bender / Roteiro: Mike Batistick, David E. Kelley / Elenco: Brendan Gleeson, Harry Treadaway, Jack Huston, Scott Lawrence, Justine Lupe, Tessa Ferrer.

Mr. Mercedes 2.03 - Let´s Go Roaming
O assassino Brady Hartsfield (Harry Treadaway) ainda está em coma no começo dos episódio, mas aos poucos vai recobrando a consciência. Em um lampejo ou outro de lucidez ele consegue até mesmo um feito único, controlar a mente da enfermeira que o atende. Seria fruto da poderosa droga experimental que estaria sendo usado nele? Tudo leva a crer que sim. Particularmente não gostei muito dessa parte do roteiro, me soando forçada e inverossímil demais para se levar à sério. Ás vezes Stephen King passa dos limites, vamos admitir! Na outra ponta narrativa o policial aposentado Bill Hodges (Brendan Gleeson) vai levando a vida em frente. Ele arruma um emprego. Nada muito digno. Na maior parte do tempo ele sai recuperando bens não pagos (como o carro de uma mãe solteira em dificuldades financeiras) ou então correndo atrás de pais que se negam a pagar a pensão dos filhos. Uma gente vergonhosa em um emprego meio vergonhoso também. Tudo até que Brady finalmente consiga levantar da sua cama (travestido em túmulo) para causar novas mortes em que cruzar seu caminho novamente. / Mr. Mercedes 2.03 - Let´s Go Roaming (Estados Unidos, 2018) Direção: Jack Bender / Roteiro: Mike Batistick, David E. Kelley / Elenco: Brendan Gleeson, Harry Treadaway, Jack Huston, Jharrel Jerome, Justine Lupe, Breeda Wool.

Mr. Mercedes 2.06 - Proximity
O policial aposentado Bill Hodges (Brendan Gleeson) aceita a oferta do médico para servir de, digamos, isca para Brady Hartsfield (Harry Treadaway). Sua simples presença já desperta alguma reação dele, mesmo estando em coma profundo. Só que uma vez tira, sempre tira. Em pouco tempo Bill descobre que o médico e sua esposa tem ligações com a indústria farmacéutica chinesa. Eles estava testando uma nova droga em pacientes com coma. As pesquisas porém revelaram um efeito colateral surpreendente. De alguma forma os pacientes conseguiam forjar uma ligação mental com pessoas ao redor, em alguns casos mais extremos até mesmo conseguiam o controle da mente delas. Algo que Bill já vinha desconfiando há tempos, uma vez que um velho zelador do hospital estava apresentando um comportamento completamente fora do comum. Em suma, mais um bom episódio dessa série que foi criada a partir da adaptação de um livro do mestre Stephen King! / Mr. Mercedes 2.06 - Proximity (Estados Unidos, 2018) Direção: Laura Innes / Roteiro:  Mike Batistick, Alexis Deane / Elenco: Brendan Gleeson, Harry Treadaway, Jack Huston .

Mr. Mercedes 2.07 - Fell On Black Days
O interessante dessa série nessa segunda temporada é que ela nos traz uma situação básica, onde o tira aposentado Bill fica na cola do psicopata Brad, mesmo ele estando prostrado numa cama de hospital. Engana-se porém quem acha que isso no fundo deixaria um enorme tédio no espectador. Longe disso. Entramos na mente de Brad, entendemos suas motivações e acompanhamos até mesmo as pessoas que são sob seu controle mental. Aqui o velho zelador, sob domínio de Brad, decide ir até a casa de Bill. Entra nela e o apunhala pelas costas. Um desfecho bem violento que ja vinha sendo arquitetado há tempos pelo modo de pensar doentio de Brad. Na outra linha narrativa o médico tenta de todas as formas despertar alguma reação em Brad. Para isso ele tenta levar ao hospital uma antiga companheira de trabalho dele. O problema é que ela não parece topar a situação. Nada fora do comum, uma vez que ela foi atacada por Brad antes dele entrar em coma. Uma situação mais do que delicada! / Mr. Mercedes 2.07 - Fell On Black Days (Estados Unidos, 2018) Direção: Jack Bender / Roteiro: Mike Batistick, David E. Kelley/ Elenco: Brendan Gleeson, Harry Treadaway, Jack Huston.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

A Torre Negra

Duas adaptações recentes da obra de Stephen King deram muito o que falar nesse ano. Primeiro tivemos "It: a Coisa" que fez um enorme sucesso de público e crítica. Com um orçamento até modesto de meros 30 milhões de dólares, o filme já faturou algo em torno de 600 milhões de dólares, se tornando assim o filme de terror mais bem sucedido da história (tirando do topo "O Exorcista"). Esse foi o sucesso de Stephen King nos cinemas esse ano, agora vamos falar de seu fracasso. "A Torre Negra" custou o dobro de "It" mas afundou nas bilheterias. Não conseguiu nem recuperar o investimento do estúdio em sua produção. Uma grande decepção.

Eu nunca li o livro original e fiquei realmente surpreso como ele é de fato muito juvenil e fantasioso. Deixando de lado o terror, sua especialidade, King resolveu apostar em um enredo que certamente não iria agradar a todo mundo. Só para situar o leitor: o filme mostra um universo paralelo, onde existe uma torre negra. Essa torre é responsável por proteger todo o universo. Sem ela os seres das sombras invadiram o nosso mundo e ceifariam toda a vida em nossa existência. Um garotinho normal de Nova Iorque tem visões sobre esse estranho universo. Ele desenha não apenas a Torre negra, mas os monstros e os seres que o habitam. Dito como um ser de luz ele logo passa a ser perseguido por Walter (Matthew McConaughey), um feiticeiro de magia negra, que quer usá-lo para destruir a tal torre.

Já deu para perceber pela leitura dessa sinopse que "A Torre Negra" é mais indicada para o público adolescente. Há muitos clichês envolvidos e esse universo estranho criado por Stephen King nem sempre funciona muito bem. Há um pistoleiro (que pelo visto veio direto do velho oeste) que passa a proteger o garotinho do feiticeiro, mas nada que faça muita diferença no final das contas. Penso que o problema desse filme nem tanto é culpa do diretor, dos roteiristas ou do produtor, mas sim do próprio material original criado por Stephen King que é inegavelmente de difícil assimilação, 

A Torre Negra (The Dark Tower, Estados Unidos, 2017)  Direção: Nikolaj Arcel / Roteiro: Akiva Goldsman, Jeff Pinkner, baseados na obra escrita por Stephen King / Elenco: Matthew McConaughey, Idris Elba, Tom Taylor, Dennis Haysbert / Sinopse: Garoto dito como um ser iluminado, de grande poder espiritual, passa a ser perseguido em nosso mundo por criaturas sombrias, entre elas um feiticeiro, que quer usá-lo para destruir a torre negra, que mantém o universo em equilíbrio e paz.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

It: A Coisa

A obra original escrita por Stephen King é considerada por muitos como o seu último grande livro. São mais de mil páginas, divididas basicamente em duas linhas narrativas, uma no passado e outra no presente, mostrando um grupo de amigos que desde a adolescência precisam lidar com uma estranha criatura maligna que se alimenta de medo e pavor. Já houve uma minissérie no começo dos anos 90 que foi adaptada do livro de King, mas como era de se esperar os recursos tecnológicos da época não conseguiram transpor a trama da literatura para a tela com muito êxito. Agora a New Line (produtora especializada em fitas de terror) trouxe para o cinema, finalmente depois de tantos anos, esse livro de Stephen King, ou pelo menos parte dele. Isso porque nesse filme só temos uma linha narrativa, justamente a passada na adolescência dos personagens, quando eles são apenas garotos que estudam na escola local. A primeira cena, do desaparecimento de um menino que sai em busca de um pequeno barquinho de papel que cai em um bueiro, já é pode ser considerada um pequeno clássico moderno do terror. Aqui fizeram tudo com perfeição. Depois que esse garoto desaparece tudo começa a girar em torno do desaparecimento não apenas dele, mas de várias outras crianças. A cidadezinha do Maine onde tudo acontece (velho instrumento de narração dos livros de Stephen King) surge como um lugar bem bizarro e assustador. Logo as crianças começam a ter pesadelos com "It" (a coisa) que pode assumir as mais diversas formas, mas que parece ter especial apreço pela figura de um palhaço, o Pennywise.

E assim se desenvolve o filme. Muitas pessoas que assistiram a "It - A Coisa" chamaram a atenção para o fato dessa produção se parecer bastante com um filme dos anos 80. Ora, o livro foi publicado originalmente em 1986, então obviamente é sim um produto dos anos 80. Inclusive poderíamos até mesmo defini-lo como uma espécie de "Goonies encontra Pennywise" sem perder muita a essência da estória. No mais é importante dizer que apesar desse novo filme ser muito bom, ele ainda deixa bastante a desejar se formos compará-lo ao livro de King. Os roteiristas não apenas usaram somente uma parte do enredo como também cortaram bastante em relação aos próprios personagens, pois King os definiu com muito mais conteúdo em suas páginas. Era algo normal e previsível de acontecer. Seria impossível mesmo levar um livro de mil páginas para um longa metragem sem ter que cortar muita coisa. De qualquer maneira, mesmo com essas mudanças, não se engane, pois esse "It - A Coisa" é seguramente um dos melhores filmes de terror do ano.

It: A Coisa (It, Estados Unidos, 2017) Direção: Andy Muschietti / Roteiro: Chase Palmer, Cary Fukunaga, baseados no best seller escrito por Stephen King / Elenco: Bill Skarsgård, Jaeden Lieberher, Finn Wolfhard / Sinopse: Um grupo de garotos descobre que uma estranha criatura sobrenatural está aterrorizando sua cidade nos anos 80. Eles a chamam simplesmente de "It" (a coisa). Essa entidade que veio diretamente do inferno parece se alimentar do medo alheio, assumindo as mais diversas formas para espalhar o horror. Filme vencedor do Golden Trailer Awards na categoria de Melhor Trailer do ano - Filme de Terror.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Comboio do Terror

Título no Brasil: Comboio do Terror
Título Original: Maximum Overdrive
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis Company
Direção: Stephen King
Roteiro: Stephen King
Elenco: Emilio Estevez, Pat Hingle, Laura Harrington

Sinopse:
Um cometa passa pela Terra em 1986 e começa a interferir em todas as máquinas ao redor do mundo. Muitas delas ganham vida própria e começam a aterrorizar os seres humanos. A situação fica ainda mais grave em relação aos grandes caminhões de comboios. Para deter essas máquinas assassinas um grupo de pessoas resolve enfrentar a situação de frente. Apenas os mais fortes sobreviverão.

Comentários:
Stephen King vivia reclamando das adaptações de seus textos para o cinema. Para resolver esse impasse o produtor Dino De Laurentiis resolveu lhe dar um voto de confiança. Colocou à disposição de King um orçamento de 10 milhões de dólares e o controle sobre a direção e o roteiro da adaptação de um de seus contos chamado "Trucks". Sem experiência em cinema Stephen King foi em frente e... tudo se tornou um desastre! "Maximum Overdrive" é ruim de doer, essa é a verdade. Considero King um dos melhores escritores de contos de terror que existem mas ele realmente deveria saber melhor onde enfiar o nariz. O filme não tem bom ritmo, nem muito menos boas decisões estéticas. Ao contrário disso é chato, sem foco e muito arrastado. Repete à exaustão uma mesma situação e torra a paciência dos espectadores. Tudo bem que o material original, a pequena estória no qual foi baseado, também nunca foi lá grande coisa mas não era necessário também derrapar tanto como vemos aqui. O filme é fraco demais mas como em Hollywood a ordem do dia é realmente reciclar tudo que aparece pela frente, não é que fizeram um remake dessa joça? E o mais curioso de tudo é que a refilmagem conseguiu ser ainda pior que essa produção de 1986! Pelo amor de Deus...

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Sonâmbulos

Alguns filmes perdem muito em uma revisão, principalmente quando o assistimos novamente muitos anos depois. Foi o caso desse "Sonâmbulos". Da primeira vez que vi gostei da trilha sonora (dos anos 50/60 que adoro), do romance juvenil da primeira parte do filme e até mesmo dos efeitos visuais. Além do mais o filme tinha a assinatura de Stephen King, que sempre foi sinal de obras no mínimo medianas (regra que após alguns anos iria abaixo). O diretor era Mick Garris que vinha de vários trabalhos na TV, onde havia trabalhado inclusive em produções de Steven Spielberg, ou seja, o sujeito prometia ter uma bela carreira pela frente (algo que não se cumpriu pois depois ele se tornaria apenas produtor). Ele ainda chegou a assinar alguns roteiros de produções menores de filmes de sucesso como "A Mosca 2" mas nunca emplacou.

Nessa revisão ficaram claros alguns pontos. A primeira metade do filme é muito superior ao seu terço final. O romance entre o sonâmbulo jovem Charles Brady e Tanya é tolinho e sem qualquer profundidade mas pelo menos mantém o interesse. A boa cena de perseguição entre um carro policial e o carro esporte de Charles também rende um bom momento. O clima de tensão envolvendo a velha casa e os gatos ao redor também é algo bacana, e original pois não tinha visto em nenhum filme. O problema de "Sonâmbulos" realmente é seu desfecho. A partir do momento em que Charles é atacado e volta para casa o filme desanda. Quando eles se transformam então o clima que era de sutil suspense é substituído pelo puro e simples trash. Faltou sutileza a Stephen King aqui. Mesmo com todos esses problemas vale a pena a espiada, principalmente para quem é fã do King. A ideia inicial é boa, bem bolada, mas desperdiçada ao longo do filme, o que é uma pena.

Sonâmbulos (Sleepwalkers, Estados Unidos, 1992) Direção: Mick Garris / Roteiro: Stephen King / Elenco: Brian Krause, Alice Krige, Madchen Amick / Sinopse: Um jovem e sua mãe pertencem a uma rara raça de monstros chamada Sleepwalkers (Sonâmbulos). Em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos tentam se misturar com a população local. Baseado na obra de Stephen King.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Salem / A Hora do Vampiro

Título no Brasil: Salem / A Hora do Vampiro
Título Original: Salem's Lot
Ano de Lançamento: 1975
País: Estados Unidos
Editora: Viking Press
Autor: Stephen King
Tradução: Louisa Ibañes
Gênero Literário: Terror / Suspense

Sinopse:
Um escritor em crise de criatividade, Ben Mears, decide voltar para a cidade onde passou a infância, Jerusalem’s Lot. Seu retorno acontece no mesmo momento em que coisas estranhas começam a acontecer, com pessoas desaparecendo e assassinatos sem solução. O misterioso Kurt Barlow pode estar por trás de tudo.

Comentários:
Esse foi o segundo livro escrito por Stephen King, logo após a publicação de "Carrie, a Estranha". Até hoje é considerado pelo próprio King como um de seus livros preferidos. A história é mais do que simples, um vampiro ataca uma cidadezinha do interior. Só que King não parece muito preocupado com essa narrativa central. O que me pareceu, ao ler o livro, é que o autor esteve mais preocupado em detalhar a vidinha cotidiana das pessoas simples e comuns que vivem em Jerusalem’s Lot. O vampiro assim se torna apenas uma peça do tabuleiro de xadrez. Por isso se você estiver em busca de relatos de puro terror... pode ir tirando o cavalinho da chuva. King não tem a menor pressa em narrar isso, ao invés disso usa páginas e páginas para ir descrevendo praticamente cada morador - e claro, todos eles vão acabar caindo nas garras do vampiro Barlow, mas isso é um mero detalhe. Gostei do livro, achei muito bom. Inclusive é boa literatura. Poucas vezes Stephen King escreveu tão bem. Já em termos de adaptação para o cinema, ainda estão devendo uma boa versão. A mais conhecida adaptação é uma minissérie de TV, feita na década de 1980, que nunca fez muito sucesso.

Pablo Aluísio.