Mostrando postagens com marcador Walter Hill. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Walter Hill. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Ruas de Fogo

Título no Brasil: Ruas de Fogo
Título Original: Street of Fire
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: Walter Hill, Larry Gross
Elenco: Michael Paré, Diane Lane, Rick Moranis, Amy Madigan, Willem Dafoe.

Sinopse:
As ruas das grandes cidades estão dominadas por gangues de motoqueiros, ladrões e criminosos em geral. Sem condições de impor a lei o Estado simplesmente se retirou das ruas, deixando tudo nas mãos dos mais fortes. Quando retorna de uma viagem o jovem Tom Cody (Michael Paré) descobre que sua namorada, uma cantora de rock underground, se tornou refém de uma das gangues. Sem pensar duas vezes, armado apenas de uma velha espingarda ele resolve ganhar as ruas em busca da amada. Agora, as ruas realmente serão de fogo!

Comentários:
Mais anos 80 do que isso impossível! Esse filme fez sucesso no Brasil no comecinho das locadoras em nosso país. Foi um campeão de vendas nos tempos do VHS! Depois disso virou uma espécie de pequeno cult mas sinceramente o filme não tem muita coisa a não ser um festival de roupas esquisitas, cabelos estranhos e outras bizarrices dos anos 80. O curioso é que isso hoje em dia se tornou justamente o grande charme da produção, uma vez que o clima de nostalgia vai bater forte para quem viveu naquela época. Outro ponto a se elogiar é a trilha sonora, com músicas que fizeram muito sucesso nas paradas FM. O filme é bem rico nessa questão. Os saudosistas vão aplaudir quando os primeiros hits começarem a tocar durante a história. O ator Michael Paré foi lançado para se tornar um astro mas não deu muito certo. O público não comprou a ideia de transformar ele num novo galã ao estilo Tom Cruise. Como a carreira não foi em frente ele se tornou um workaholic de filmes B e Z. A filmografia de Paré tem mais de 80 filmes onde ele atua desde coadjuvante de luxo até estrela de bombas constrangedoras. No Brasil ele ainda conseguiu emplacar um outro sucesso nos cinemas, uma fita de ação chamada "Execução Sumária" mas pouca gente se lembrará disso. Já o diretor Walter Hill encontraria o sucesso ao lado do brutamontes austríaco Arnold Schwarzenegger no violento "Inferno Vermelho", outro filme que é a cara dos 80´s. Enfim se quiser matar as saudades daquela década esse "Ruas de Fogo" certamente será o programa ideal. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de maio de 2021

A Encruzilhada

É bem antiga a lenda do jovem músico que para se tornar o maior de todos os tempos acaba vendendo sua alma ao Diabo. E esse pacto, segundo essa mesma lenda, era feito em uma encruzilhada. A história do ícone do blues Robert Johnson é um exemplo perfeito dessa lenda. E até hoje, acreditem, dizem que ele realmente fez um pacto e por isso se tornou um dos maiores nomes do blues de todos os tempos. E as circunstâncias misteriosas sobre sua morte pavimentaram ainda mais esse mito. Os historiadores ainda discutem o que realmente teria acontecido, enquanto os mais velhos reforçam as velhas histórias, dizendo que sim, ele realmente fez um pacto com o Diabo. A lenda virou parte da história cultural daquela região.

Esse filme "A Encruzilhada" tem um roteiro completamente baseado nessas velhas histórias do folclore dos Estados Unidos. O protagonista é um jovem músico que quer seguir os passos dos grandes nomes do blues do passado. Interpretado pelo ator Ralph Macchio, ele é um jovem branco que precisa mergulhar na cultura negra do sul da América para finalmente se tornar um grande músico desse estilo. Considero muito bom esse filme. Ele fez relativo sucesso justamente por causa do Macchio, naquela altura colhendo os frutos de "Karatê Kid". Porém é um daqueles filmes que valem principalmente por seus próprios méritos cinematográficos. Quer conhecer um pouco das lendas do blues? Esse filme é o ideal.

A Encruzilhada (Crossroads, Estados Unidos, 1986) Direção: Walter Hill / Roteiro: John Fusco / Elenco: Ralph Macchio, Joe Seneca, Jami Gertz / Sinopse: Eugene Martone (Ralph Macchio) é um jovem músico de blues que deseja conhecer tudo sobre seu maior ídolo Robert Johnson. E quem sabe encontrar suas músicas há muito perdidas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Cavalgada dos Proscritos

Em 1980 chegou aos cinemas esse bom western intitulado "Cavalgada dos Proscritos". Na história o famoso criminoso do velho oeste Jesse James (James Keach) e seu irmão Frank James (Stacy Keach) resolvem formar um bando de assaltantes de bancos e trens no Missouri do século XIX, poucos meses depois do fim da guerra civil. Ao lado dos irmãos Youngers eles colocam as pequenas cidades do oeste em pavorosa. Para enfrentá-los a agência de investigação Pinkerton envia seus melhores homens. Esse é mais um filme enfocando a lendária figura do fora da lei Jesse James (1847 - 1882). O roteiro procura inovar bastante na forma como conta essa história. Assim ao invés de focar exclusivamente na figura de Jesse James, o texto procura também desenvolver os outros homens de seu bando, em especial os irmãos Youngers, que cavalgaram por muitos anos ao lado de Jesse. 

Há três grandes cenas nessa produção que merecem menção. A primeira quando o grupo fica encurralado numa casinha de madeira no pé da montanha. Cercados pelos Pinkertons eles precisam descer um desfiladeiro em debandada debaixo de uma chuva de tiros. Outra cena muito boa é o tiroteio final ocorrido nas ruas de uma cidadezinha de Minnesota. Nessa sequência em particular o estilo do diretor Walter Hill homenageia o grande Sam Peckinpah ao filmar tudo em câmera lenta, mostrando todos os mínimos detalhes da violência do confronto entre bandidos e policiais. Por fim há a cena que abre a história. Nesse momento o que é valorizado é a tensão pois o grupo está em um banco, cercado por homens da lei do lado de fora. Curiosamente o bando de Jesse James é formado por três grupos de irmãos no elenco, os Carradines (David, Keith e Robert), os Quaids (Dennis e Randy) e os Keachs (James e Stacy), tudo contribuindo para o excelente resultado final desse western que é certamente muito recomendado para os fãs do gênero.

Cavalgada dos Proscritos (The Long Riders, Estados Unidos, 1980) Estúdio: United Artists, MGM / Direção: Walter Hill / Roteiro: Bill Bryden, Steven Smith / Elenco: David Carradine, Stacy Keach, Dennis Quaid, Keith Carradine, Robert Carradine, James Keach, Stacy Keach, Randy Quaid, Nicholas Guest / Sinopse: No velho oeste americano o criminoso e pistoleiro Jesse James decide formar uma quadrilha especializada em roubos a bancos e ferrovias. Assim que os primeiros crimes são cometidos, um grupo de homens da lei começa a caçar os bandidos. Filme indicado ao Cannes Film Festival.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

48 Horas - Parte 2

Título no Brasil: 48 Horas - Parte 2
Título Original: Another 48 Hrs
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: Roger Spottiswoode, Walter Hill
Elenco: Eddie Murphy, Nick Nolte, Brion James, Kevin Tighe, Ed O'Ross, David Anthony Marshall

Sinopse:
O policial Jack Cates (Nick Nolte) está prestes a ser expulso do departamento, por causa de seu jeito violento de lidar com criminosos. Sua única chance de não ser expulso é se unir novamente com Reggie Hammond (Eddie Murphy) que finalmente está saindo da prisão, após cumprir sua pena.

Comentários:
Eddie Murphy havia dirigido o seu filme anterior, chamado de "Os Donos da Noite" e o filme não tinha dado boa bilheteria. Assim a Paramount o pressionou para que ele atuasse em uma nova continuação de "Um Tira da Pesada", só que Murphy não queria interpretar de novo o personagem do detetive Axel Foley. A solução para esse impasse foi a produção da continuação de um outro sucesso do comediante, "48 Horas". É inegável que o primeiro filme foi realmente muito bom. Um filme policial com toques de humor na medida certa, só que essa sequência não trazia nada de novo. Aliás o roteiro era praticamente o mesmo, sem colocar ou tirar quase nenhuma vírgula. Um remake disfarçado! Esse clichê de duplas em filmes policiais já estava desgastado na época. Inútil, sem graça e repetitivo, o filme não foi o fracasso comercial que muitos disseram na época. Ele custou 38 milhões e rendeu nas bilheterias 109 milhões, ou seja, se não foi um sucesso espetacular, tampouco foi um fracasso. Pagou seu custos e trouxe algum lucro para o estúdio. Se comercialmente o resultado foi mediano, artisticamente não há o que celebrar. O filme é realmente um exercício de inutilidade.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de abril de 2019

Wild Bill - Uma Lenda No Oeste

Cinebiografia de Wild Bill Hickok, um dos mais conhecidos nomes da mitologia do velho oeste americano. Veterano da Guerra Civil americana, condutor de diligências, Xerife, jogador inveterado e pistoleiro de aluguel, Wild Bill foi um dos mais temidos homens de seu tempo. Extremamente hábil no gatilho ele desafiou grandes nomes de sua época.  A vida de Bill foi movimentada desde seus primeiros anos. Aos 18 anos se uniu às tropas do General Lee e foi lutar ao lado do exército da confederação. Lá conheceu e se tornou amigo de Buffalo Bill. Ao sair do exército foi perambular pelo oeste selvagem e se envolveu em vários duelos que ficaram famosos pois foram fartamente noticiados pela imprensa, garantindo sua fama em todo o país.

Lidar com um nome tão conhecido do velho oeste pode ser complicado. Felizmente o filme é muito bom, interessante e bem editado. Ao invés de contar cronologicamente a história de Wild Bill o diretor optou por narrar os últimos momentos de vida dele, onde aos poucos sua história é relembrada em diversos flashbacks (em preto e branco, na maioria das vezes). O filme é curto, pouco mais de 90 minutos, o que torna insuficiente para mostrar toda a vida do famoso personagem (que foi de tudo um pouco na vida, desde caçador de búfalos a xerife de cidades perigosas como Deadwood). Talvez apenas uma minissérie conseguiria contar todas as histórias envolvendo Wild Bill.

Tecnicamente muito bem escrito, o roteiro romanceou alguns aspectos da vida do famoso pistoleiro para trazer mais interesse à trama. São pequenas licenças que o roteirista pede para a história real dos fatos, nada muito comprometedor. A mais significativa dessas mudanças foi a relação que os roteiristas criaram entre o assassino de Wild Bill e um amor do passado dele, algo inexistente na vida do famoso pistoleiro. Obviamente que ambos os personagens existiram realmente, mas Jack McCall, o assassino de Bill (que seria enforcado por esse crime) não era filho de Susannah Moore, a antiga namorada de seu passado. Essa foi apenas uma tentativa de trazer mais dramaticidade ao filme.

Jeff Bridges está muito bem no papel e todo o elenco de apoio é acima da média, principalmente Ellen Barkin como Calamity Jane, outra personagem que foi imortalizada pelo cinema em diversos filmes ao longo desses anos. Fazendo às vezes de narrador o filme ainda traz o ótimo John Hurt no papel de um amigo inglês de Wild Bill. Jeff Bridges aliás sempre se sai muito bem em faroestes, não apenas por ter o tipo certo, como também por incorporar trejeitos da época de uma forma muito convincente. Cantor de música country nas horas vagas ele parece mesmo ter um afeto especial por todo esse universo. Enfim, "Wild Bill - Uma Lenda No Oeste" pode até não ser perfeito do ponto de vista histórico, porém é um faroeste acima da média que ajuda a resgatar essa importante figura do passado.

Wild Bill - Uma Lenda No Oeste (Wild Bill, Estados Unidos, 1995) Estúdio: United Artists / Direção: Walter Hill / Roteiro: Thomas Babe, baseado no livro de Peter Dexter / Elenco: Jeff Bridges, Ellen Barkin, John Hurt / Sinopse: o filme conta a história real do pistoleiro Wild Bill que fez fama no velho oeste americano. Filme indicado ao prêmio da National Society of Film Critics Awards na categoria de Melhor Ator (Jeff Bridges). Também indicado na mesma categoria no New York Film Critics Circle Awards.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Vingança

O diretor Walter Hill tem uma filmografia muito boa, principalmente em relação a filmes de ação. Ele dirigiu, entre outros filmes, produções como "48 Horas", "Ruas de Fogo", "A Encruzilhada" (um bom filme sobre as origens do blues), "Inferno Vermelho" (com o astro Arnold Schwarzenegger, na sua maior bilheteria no cinema) e "O Último Matador" (bom filme de gangsters com Bruce Willis). Além disso foi roteirista de dois filmes da série Aliens ("Aliens, o Resgate" e "Alien³"). Então só por essa amostra podemos perceber que Hill não é um cineasta qualquer. Ele tem histórico de bons momentos no cinema. Esse aliás foi o motivo principal que me levou a assistir esse seu novo filme. Pena que tudo foi por água abaixo logo nas primeiras cenas.

Com uma produção muito fraca (que em alguns momentos deixa óbvia sua falta de um melhor orçamento) o filme naufraga muito rapidamente. O enredo é igualmente bizarro demais para ser levado à sério. Hill escreveu o esboço desse roteiro em 1978, aproveitou parte de sua ideia em "Um Rosto Sem Passado", mas só agora resolveu transformar em filme. Deveria ter ficado engavetado. É a história de uma cirurgiã plástica chamada Rachel Jane (Weaver). Quando seu irmão é morto pela máfia ela decide se vingar do assassino. O matador profissional Frank Kitchen, responsável pela morte de seu irmão, é sequestrado e depois levado para uma clínica clandestina. A médica vai se vingar de uma forma nada comum... ela vai mudar seu sexo na sala de cirurgia! Quem interpreta esse personagem de homem que vira mulher é a atriz Michelle Rodriguez. Quando ela está em sua "fase masculina" (acredite, ela interpreta um homem na primeira parte do filme!), usa uma barba postiça muito mal feita. Impossível conter o riso, já que a caracterização é péssima. Depois a trama capenga segue aos trancos e barrancos, sem nunca convencer. O resultado é uma lástima, de tão ruim. E pensar que tantos bons profissionais (tanto na direção como no elenco) entraram em um abacaxi como esse! Imperdoável...

Vingança (The Assignment, Estados Unidos, 2016) Direção: Walter Hill / Roteiro: Walter Hill, Denis Hamill / Elenco: Sigourney Weaver, Michelle Rodriguez, Tony Shalhoub, Anthony LaPaglia / Sinopse: Para vingar a morte do irmão uma cirurgiã plástica resolve mudar o sexo de seu assassino, destruindo sua vida pessoal. Agora com um corpo de mulher ela parte para sua vingança.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Supernova

Título no Brasil: Supernova
Título Original: Supernova
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Walter Hill
Roteiro: William Malone, Daniel Chuba
Elenco: James Spader, Lou Diamond Phillips, Angela Bassett, Peter Facinelli, Robin Tunney, Wilson Cruz

Sinopse:
No século 22 uma espaçonave recebe um chamado de socorro de uma equipe médica há muito desaparecida. A região do universo onde estão é praticamente desconhecida, no espaço profundo da galáxia. Quando resgatam parte da tripulação um dos membros demonstra ter um comportamento estranho. Além disso agora a nave precisa sobreviver á força gravitacional de uma estrela em supernova, prestes a explodir.

Comentários:
Boa ficção que gostei bastante quando assisti pela primeira vez. Hoje em dia esse filme está praticamente esquecido, o que é uma pena, pois tem muitos méritos. Seguindo de certa maneira os passos de "Aliens" (não tem jeito, essa franquia influenciou toda uma geração de filmes do estilo Sci-fi), o roteiro procura ter um aspecto mais científico e até mesmo filosófico. Durante a trama um objeto ganha destaque, um artefato que pode conter vida alienígena. Claro que algo assim acaba criando uma tensão entre todos os tripulantes. Esse aspecto serve para desenvolver ainda mais o suspense dentro do roteiro, com ótimos resultados. Mesmo que os efeitos especiais estejam um pouco datados (o que era previsível acontecer), o filme ainda se mantém interessante, por causa justamente de sua história. Temos que reconhecer que a presença de James Spader no elenco ajuda muito no quesito atuação. Spader, atualmente fazendo sucesso na série "The Blacklist", é aquele tipo de ator cool, quase sempre fazendo o papel de vilão, que vale sempre a pena acompanhar, seja qual for o filme ou série em que estiver atuando. Por fim uma Curiosidade: o diretor Walter Hill assinou o filme com o pseudônimo de Thomas Lee! Ótimo cineasta, muito reconhecido por seus filmes de ação, não se sabe ao certo o que o fez se esconder atrás de um nome de ficção! Provavelmente estava inspirado pelo próprio filme que estava dirigindo, quem sabe...

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

O Imbatível

Existem filmes que você assiste, mas que com o tempo acaba esquecendo que viu algum dia. Esse "O Imbatível" se encaixa bem nessa categoria, pelo menos no meu ponto de vista, partindo das minhas lembranças pessoais. Qual é a história que esse roteiro nos conta? Vamos para a sinopse oficial, traduzida diretamente para nossa língua materna. Diz a sinopse: "Quando o campeão dos pesos pesados ​​George "Iceman" Chambers aterrissa na prisão, o gângster que manda no lugar organiza uma luta de boxe com o atual campeão da prisão".

Então temos aqui um filme de prisão com toques de Rocky? Calma, não é bem assim. O filme não tem a triste melancolia dos filmes famosos do Sly. Na verdade é bem mais barra pesada, valorizando o lado animal do ser humano aprisionado entre grades de uma prisão. É um bom filme, valorizado por um elenco essencialmente negro, muito empenhado em atuar bem. Se você curte lutas de vida ou morte em ambientes limites, esse é o seu filme, meu caro.

O Imbatível (Undisputed, Estados Unidos, 2002) Direção: Walter Hill / Roteiro: David Giler, Walter Hill / Elenco: Wesley Snipes, Ving Rhames, Peter Falk, Michael Rooker / Sinopse: Dentro de uma prisão brutal, um campeão de boxe precisa mostrar sua coragem e sua capacidade de luta, fora e dentro dos ringues.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Geronimo – Uma Lenda Americana

A conquista do oeste americano também foi um grande choque de civilizações. De um lado o branco, muito mais avançado do ponto de vista tecnológico, procurando expandir suas conquistas territoriais e do outro o nativo americano, ainda em um estágio mais primitivo, porém não menos forte e bravo. Por anos o conflito entre o colonizador e os grupos indígenas se prolongou dentro dos territórios mais distantes da jovem nação americana mas aos poucos as grandes tribos entraram em acordo com o governo americano. Eles desistiam das guerras em troca de lugares pacíficos para viver. Assim grandes nações de sioux, apaches, comanches e demais etnias foram enviadas para reservas determinadas por Washington. Nem todos porém resolveram abaixar suas armas. Pequenos grupos seguiram em frente contra o invasor branco, causando prejuízos e baixas entre a cavalaria americana. Muitas vezes adotando táticas de guerrilhas eles mantiveram a chama acesso dos antigos guerreiros.

Um dos mais famosos combatentes nesse período foi o líder Apache Geronimo. Ele liderou um grupo de bravos guerreiros que se recusavam a abaixar a cabeça para o exército branco. Por anos lutaram nas regiões mais hostis do velho oeste contra o usurpador de terras vindo do leste. A história desse apache rebelde é justamente o tema desse western “Geronimo – Uma Lenda Americana”. Contando com um excelente elenco, incluindo os consagrados Gene Hackman e Robert Duvall, o roteiro mostrava os fatos históricos que cercaram Geronimo sob o olhar e a visão de um jovem tenente da cavalaria americana, Charles Gatewood (Jason Patric) que é enviada para a região mais conflituosa do oeste americano, justamente o local onde Geronimo e seu grupo de guerreiros se tornavam mais presentes e ativos. O filme tem uma bela reconstituição histórica, com um roteiro que procura ser fiel aos fatos reais sem que com isso se torne chato ou enfadonho. Para quem gosta de conhecer um pouco mais da verdadeira história da conquista do oeste americano esse filme é mais do que recomendado.

Geronimo – Uma Lenda Americana (Geronimo: An American Legend, Estados Unidos, 1993) Direção: Walter Hill / Roteiro: John Milius / Elenco: Jason Patric, Gene Hackman, Robert Duvall, Wes Studi / Sinopse: Jovem tenente da cavalaria americana é enviado para um forte distante do oeste americano onde terá que enfrentar o lendário guerreiro apache conhecido como Geronimo. Filme baseado em fatos reais.

Pablo Aluísi.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Um Rosto Sem Passado

Título no Brasil: Um Rosto Sem Passado
Título Original: Johnny Handsome
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: John Godey, Ken Friedman
Elenco: Mickey Rourke, Ellen Barkin, Elizabeth McGovern, Morgan Freeman, Forest Whitaker, Lance Henriksen

Sinopse:
Johnny Handsome (Mickey Rourke) é um gangster deformado que planeja um assalto com sua quadrilha nos arredores de Los Angeles. Durante a execução do crime porém ele descobre que foi traído por dois de seus comparsas. Preso, é condenado a uma pesada pena. Atrás das grades é escolhido para fazer parte de um inovador programa de reabilitação, onde o Dr. Steven Fischer (Forest Whitaker) resolve reconstruir sua face. Depois finalmente ganha a liberdade das ruas. Com nova aparência e uma nova oportunidade de trabalho tudo caminha para que Johnny finalmente trilhe o caminho de uma nova vida, mas a pura verdade é que a mente de Johnny ainda está consumida pelo desejo de vingança. Filme indicado aos prêmios da Chicago Film Critics Association Awards e Los Angeles Film Critics Association Awards.

Comentários:
Nunca entendi porque "Johnny Handsome" não conseguiu ser um sucesso de bilheteria. Talvez o fato da Carolco estar indo à falência justamente naquele ano explique parte de seu fracasso comercial, mas nem isso resolve inteiramente a equação. Com um elenco simplesmente fantástico (leia a ficha técnica acima para conferir), direção correta e precisa de Walter Hill, outro ícone dos anos 80, o filme tinha tudo para dar certo. Na verdade foi extremamente mal lançado (no Brasil então nem se fala, indo diretamente para o mercado de vídeo VHS), caindo inexoravelmente no esquecimento (quase) completo. Uma injustiça pois ainda o considero um pequeno cult movie daquela década. Estrelado pelo mito Mickey Rourke, o filme explorava um personagem que passava por uma radical mudança em seu rosto - algo que me lembrou imediatamente de "O Segundo Rosto", aquele clássico injustiçado com Rock Hudson. Some-se a isso o fato do roteiro ter um paralelo com eventos pessoais da própria vida de Mickey Rourke na época, o que supostamente aumentaria o interesse pela fita. Foi justamente por aqui que todos começaram a perceber estranhas mudanças em sua fisionomia causadas por cirurgias plásticas desastrosas. De galã underground ele passou a ter um semblante esquisito, com bochechas de silicone! Uma mudança que veio para pior. Tudo isso porém não ajudou o filme em praticamente nada. Entre as atrizes destaco o furacão sensual Ellen Barkin, cuja química em cena curiosamente não funcionou muito bem com Rourke. Elizabeth McGovern, uma das estrelas jovens mais bonitas daqueles anos também está no filme. Ela inclusive vem em um momento muito bom na carreira, fazendo sucesso na série "Downton Abbey" onde interpreta a Condessa de Grantham, Cora Crawley. Assim no final de tudo temos que dar o braço a torcer. "Johnny Handsome", infelizmente, é aquele tipo de filme de que você sempre gostou, mas que jamais aconteceu, caindo nas sombras do esquecimento após todos esses anos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Último Matador

Título no Brasil: O Último Matador
Título Original: Last Man Standing
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Walter Hill
Roteiro: Walter Hill
Elenco: Bruce Willis, Bruce Dern, William Sanderson, Christopher Walken

Sinopse:
John Smith (Bruce Willis) é um assassino profissional que chega na pequena cidade de Jericho, no Texas, bem no começo dos anos 30. O lugar está sendo disputado com violência entre dois grupos rivais. O ambiente ideal para Smith ganhar muito dinheiro com seus "serviços". O que ele não desconfia é que em breve terá que ele próprio impor justiça naquela terra sem lei, algo que mudará completamente seus planos iniciais.

Comentários:
Poucos sabem, mas "Last Man Standing" é na verdade um remake americano do clássico "Yojimbo" do mestre Akira Kurosawa. Inicialmente a versão Made in USA seria passada no velho oeste, adotando como era de se esperar um tom bem ao estilo do western americano mais clássico. Isso mudou porém quando Bruce Willis resolveu aceitar o convite para realizar o filme. O diretor Walter Hill entendeu que seria melhor mudar o cenário onde o enredo iria se desenvolver, transportando todo o argumento para a década de 1930 onde reinavam os grandes gangsters do período da lei seca. Curiosamente Hill não jogou toda a ambientação western fora, mantendo as filmagens na inóspita e ensolarada região de Galisteo, New Mexico, locação muitas vezes utilizada para filmagens de faroestes. Isso deu ao filme um colorido bem diferenciado onde o background natural parece ser o de um filme de western da velha escola com atores vestindo figurinos de filmes policiais noir. Bruce Willis encontra um personagem bem adequado para seu estilo, com poucas palavras e muita ação. Infelizmente a profundidade e a sutileza psicológica do filme original foram deixadas de lado, até porque não era pretensão de Walter Hill seguir minuciosamente o trabalho de Kurosawa. Mesmo assim é aquele tipo de filme que vale a pena assistir, nem que seja pelo menos uma única vez na vida. Um bom entretenimento.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de setembro de 2014

O Limite da Traição

Título no Brasil: O Limite da Traição
Título Original: Extreme Prejudice
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco, Columbia Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: John Milius, Fred Rexer
Elenco: Nick Nolte, Powers Boothe, Michael Ironside

Sinopse:
Jack Benteen (Nick Nolte) é um xerife durão de uma cidadezinha do Texas que acaba descobrindo que sua região, antes pacata e pacífica, está agora na rota do tráfico de drogas entre México e Estados Unidos. Para piorar o chefe da quadrilha de traficantes internacionais é um velho conhecido do xerife, desde os tempos em que ambos serviram o exército americano na guerra do Vietnã. Agora estão em lados opostos da lei.

Comentários:
Exemplo de bom policial dos anos 80, cinema macho à prova de falhas. O roteiro é de John Milius, diretor de "Conan, o Bárbaro" e "Amanhecer Violento". A direção foi entregue ao especialista Walter Hill, que dirigiu verdadeiras pedradas do gênero como por exemplo "Inferno Vermelho" e "Ruas de Fogo". Para completar o pacote de testosterona o filme é estrelado por Nick Nolte, com cara de poucos amigos. Com tantos elementos favoráveis o espectador já sabe de antemão que encontrará coisa boa, acima da média dos filmes policiais da época. A produção inclusive pede emprestado vários elementos dos filmes de faroeste, como o ambiente hostil e desértico e a lei da selva, onde apenas o mais forte sobreviverá. A fita fez sucesso, tanto no mercado de VHS como nos cinemas brasileiros onde chegou a ser lançada. Revisto hoje em dia mantém o charme de uma época em que o cinema não tinha vergonha de ser macho até o último fio de cabelo. Se é o que você está procurando não tenha receios de assistir.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

48 Horas

Título no Brasil: 48 Horas
Título Original: 48 Hrs
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: Roger Spottiswoode, Walter Hill
Elenco: Nick Nolte, Eddie Murphy, Annette O'Toole

Sinopse: 
Jack Cates (Nick Nolte) é um tira durão que tem 48 horas para contar com a ajuda do criminoso Reggie Hammond (Eddie Murphy) com o objetivo de capturar um assassino perigoso. A convivência entre o policial branco austero e o marginal negro malandro, dará origem a inúmeras aventuras enquanto ambos tentam achar o paradeiro do bandido procurado.

Comentários:
Esse foi o primeiro filme da carreira de Eddie Murphy. Na época ele era apenas um promissor comediante do programa Saturday Night Live. O diretor Walter Hill resolveu apostar no ator após ver mais uma de suas engraçadas cenas no mais popular programa de humor dos Estados Unidos. Foi um acerto e tanto para Murphy pois o filme é realmente muito bom, um eficiente filme policial com muita ação e doses exatas de bom humor (afinal com Murphy em cena não poderia ser diferente). Essa fórmula inclusive seria lapidada e aprimorada depois no grande sucesso de Murphy nos cinemas, a franquia "Um Tira da Pesada". Afinal se formos comparar veremos bem que esse "48 Horas" é na verdade um ensaio do que viria depois na carreira do ator. Aqui ele já demonstra todo o seu talento, inclusive para improvisações, aliado a um roteiro esperto e cheio de cenas de ação bem feitas. O sucesso de bilheteria inclusive fez com que a Paramount entendesse que tinha um novo astro em suas mãos. Um contrato milionário foi fechado e Murphy deu adeus aos programas de humor da televisão. Nos anos que viriam ele cumpriria a promessa se tornando um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. É curioso rever "48 Horas" hoje em dia pode você claramente vai notar que embora o humor esteja lá ele é bem mais amenizado do que nos filmes posteriores de Murphy. O diretor não soltou tanto o comediante como ele poderia ser. De qualquer maneira era o começo de uma carreira cinematográfica das mais bem sucedidas do ponto de vista comercial. E pensar que tudo começou aqui, em apenas 48 horas!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Alvo Duplo

Esse é o novo filme do astro Sylvester Stallone. O roteiro foi baseado na graphic novel "Du Plomb Dans La Tête" de Alexis Nolent. A primeira cena já dá bem uma idéia do que virá pela frente. Jimmy Bonomo (Sylvester Stallone) e seu parceiro entram em uma suíte de motel. Estão atrás de um policial corrupto que naquele momento está em um encontro intimo com uma garota de programa. Eles são assassinos profissionais e foram contratados para liquidar o policial em um típico serviço de queima de arquivo. Em poucos minutos o personagem de Stallone executa o serviço, eliminando seu alvo com três tiros certeiros. Depois vai até o banheiro onde se encontra a garota. Como se sabe testemunhas não devem ser deixadas para trás. Serviço feito, ele descobre que foi enganado. Provavelmente nada receberá pelo crime e o pior, se tornará ele próprio um alvo de seus “clientes”. Para tirar Jimmy do mapa, um outro assassino, mercenário, ex-combatente da legião francesa, é especialmente contratado para eliminar todos os vestígios do crime. Sem alternativas o personagem de Stallone sai em busca dos verdadeiros responsáveis por tudo, ao mesmo tempo em que se alia com um policial oriental que está na cidade em busca de respostas para uma investigação criminal que ao que tudo indica tem fortes ligações com as mortes.

Assim começa “Alvo Duplo” mais uma produção de ação que agora mostra Stallone em um papel pouco comum na sua carreira, a de assassino profissional, um sujeito que faz o que deve ser feito, sem pensar muito em questões éticas ou morais. O principal antagonista de Stallone na trama é outro assassino profissional como ele, interpretado pelo ator havaiano Jason Momoa, o mesmo que recentemente tentou dar certo no cinema como Conan. Ele também é conhecido por fazer o papel de Khal Drogo em “Game of Thrones”. É um sujeito forte e com tipo ideal para filmes de ação e pancadaria mas não tem muito carisma para falar a verdade. Sua luta final com Stallone se dá com machados o que faz com que Sly pergunte ironicamente: “O que é isso?! Somos vikings agora?!”. Esse é um pequeno momento bem humorado em um filme seco, cru, de pura ação, sem qualquer tipo de preocupação em desenvolver melhor seus personagens. O diretor veterano Walter Hill entrega um filme típico de sua carreira. Cineasta que dirigiu no passado filmes famosos de ação como “Ruas de Fogo”, “Inferno Vermelho” e “O Último Matador” volta ao seu estilo preferido. Nada de perda de tempo, dando ao espectador o que ele espera de uma fita assim. O resultado dessa forma de pensar e dirigir é justamente um filme violento, forjado em muitos tiros, lutas corporais e sangue. Em certos momentos até me lembrei de “Os Senhores do Crime”, principalmente na cena em que Stallone luta ferozmente contra um inimigo numa sala de massagem. Todo tatuado a cena é bem parecida com a seqüência do filme de David Cronenberg. Deixando isso de lado acredito que “Alvo Duplo” irá agradar aos fãs de Stallone. Não é um grande filme e nem será considerado um de seus melhores no futuro, mas de um modo em geral consegue ao menos divertir em seus (poucos) 85 minutos de duração.

Alvo Duplo (Bullet to the Head, Estados Unidos, 2012) Direção: Walter Hill / Roteiro: Alessandro Camon, i baseado na graphic novel "Du Plomb Dans La Tête" de Alexis Nolent / Elenco: Sylvester Stallone, Sung Kang, Jason Momoa / Sinopse: Bonomo (Sylvester Stallone) é assassino profissional que se torna alvo após matar um policial corrupto a mando de um chefão do mundo crime. Agora ele próprio terá que sobreviver a uma caçada por sua cabeça, pois seu antigo cliente não quer deixar nenhuma pista no meio do caminho. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Inferno Vermelho

Durante décadas os russos foram os vilões preferidos dos filmes americanos. Não é de se admirar uma vez que o mundo vivia a Guerra Fria onde o mundo era basicamente dividido entre o bloco ocidental capitalista liderado pelos Estados Unidos e o bloco oriental comunista liderado pela União Soviética (formada pela Rússia e vários pequenos países satélites). Esse quadro começou a mudar com a subida ao poder de Mikhail Gorbachev que promoveu uma série de mudanças em seu país, levando finalmente ao desmantelamento daquele regime em 1989 com a queda do Muro de Berlim. Esse clima de novos ares acabou sendo captado por filmes como esse “Inferno Vermelho” que já não via os russos como vilões sem alma, muito pelo contrário, o roteiro do filme colocava o astro austríaco como um policial soviético chamado Ivan Danko (Arnold Schwarzenegger) que trabalhava em cooperação com o tira americano (interpretado pelo ator e comediante James Belushi) com o objetivo de prender um perigoso assassino e traficante russo.

O personagem interpretado por Arnold Schwarzenegger surgia como um policial soviético austero, disciplinado mas longe da caracterização de vilão, papel que era sempre reservado para personagens vindos de Moscou nos filmes americanos da época. Como não poderia deixar de ser o policial interpretado por James Belushi era um clichê ambulante baseado naquela visão um tanto quanto boba que os americanos tem de si mesmos. Um sujeito boa praça, chegado numa piada, sempre mascando chicletes, ou seja, o extremo oposto do russo feito por Arnold Schwarzenegger. De qualquer modo, mesmo com todos os clichês possíveis e imagináveis, “Inferno Vermelho” se revelou um bom filme de ação e o mais importante de tudo, com roteiro bem antenado com o que acontecia no mundo naquele momento. O diretor Walter Hill já havia trabalhado em bons filmes como “Ruas de Fogo”, “48 Horas” e “A Encruzilhada” e manteve o bom nível técnico aqui. Enfim, “Inferno Vermelho” é certamente uma fita de ação dos anos 80 que não irá decepcionar os fãs do estilo. Se ainda não assistiu não deixe de conferir.

Inferno Vermelho (Red Heat, Estados Unidos, 1988) Direção: Walter Hill / Roteiro: Walter Hill, Harry Kleiner / Elenco: Arnold Schwarzenegger, James Belushi, Peter Boyle / Sinopse: Dois policiais, um soviético (Arnold Schwarzenegger) e um americano (James Belushi), unem forças para colocar na prisão um perigoso assassino e traficante russo que se encontra solto pelas ruas de Chicago.

Pablo Aluísio.