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terça-feira, 5 de março de 2024

Buffalo Bill

Título no Brasil: Buffalo Bill
Título Original: Buffalo Bill
Ano de Lançamento: 1944
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: William A. Wellman
Roteiro: Eneas MacKenzie, Clements Ripley
Elenco: Joel McCrea, Maureen O'Hara, Anthony Quinn

Sinopse:
A história de William "Buffalo Bill" Cody (Joel McCrea), lendário nome da mitologia do western dos Estados Unidos, desde seus dias como batedor do exército até suas atividades posteriores como proprietário de um show do Velho Oeste.

Comentários:
O melhor filme sobre Buffalo Bill foi feito na década de 1970 com Paul Newman no papel principal. Aquele sim é um filme historicamente correto sobre essa figura do velho oeste norte-americano. Esse filme aqui vai por outro caminho, tornando como fato certas lorotas que o próprio Bill contava sobre si mesmo. O que não quer dizer que seja um filme ruim, nada disso, apenas tem essa perspectiva diferenciada. O elenco é muito bom, mas devo dizer que Joel McCrea não era o ator certo para interpretar Buffalo Bill. Era um ator sério demais para esse papel. O verdadeiro Buffalo Bill era meio bufão, um tipo mais circense mesmo. Melhor se sai o sempre bom Anthony Quinn, com sua presença sempre forte e carismática. Então é isso, deixo o registro desse faroeste B que tentou contar a história de William "Buffalo Bill" Cody, mesmo de uma forma bem romanceada e estigmatizada. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de março de 2022

Asas

Título no Brasil: Asas
Título Original: Wings
Ano de Produção: 1927
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: William A. Wellman
Roteiro: John Monk Saunders
Elenco: Clara Bow, Charles 'Buddy' Rogers, Richard Arlen, Gary Cooper

Sinopse:
Dois jovens norte-americanos se apaixonam pela mesma mulher ao mesmo tempo em que se tornam pilotos de aviões de guerra durante a sangrenta Primeira Grande Guerra Mundial. Filme premiado com o Oscar nas categorias de Melhor Filme e Melhores Efeitos Técnicos (Roy Pomeroy).

Comentários:
Esse filme entrou para a história do cinema por ter sido o primeiro filme a ser premiado com o Oscar de melhor filme do ano! Isso aconteceu há quase 100 anos! É um filme de aventura e romance. Nenhum dos atores principais hoje em dia são conhecidos. Entretanto há um jovem coadjuvante que iria se tornar um astro de Hollywood em sua era de ouro. Estou me referindo ao ator Gary Cooper que interpreta um piloto nesse filme, um personagem chamado Cadete White. Bastante jovem e já carismático, se destacou nas poucas cenas em que apareceu. No mais é um filme bem realizado, levando-se em consideração o estado primitivo do ponto de vista técnico pelo qual o cinema existia naquela época. As cenas de batalha aérea porém ainda conseguem manter o charme de um passado remoto. Enfim, um filme que vale a pena ser conhecido pelos cinéfilos por causa de sua importância histórica para a sétima arte.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Inimigo Público

Título no Brasil: Inimigo Público
Título Original: The Public Enemy
Ano de Produção: 1931
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: William A. Wellman
Roteiro: Kubec Glasmon, John Bright
Elenco: James Cagney, Jean Harlow, Edward Woods
  
Sinopse:
Tom Powers (James Cagney) quer vencer na vida e não importa como. Desde a infância ele começa a realizar pequenos furtos e crimes até que se torna um dos gangsters mais violentos e brutais de sua cidade. Com a proibição da venda de álcool em bares pelo país ele começa a transportar a bebida de forma clandestina, como contrabando, o que o torna um homem rico e poderoso dentro do mundo do crime, mas será mesmo que essa tentativa de subir na vida a todo custo dará realmente certo? Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original (John Bright e Kubec Glasmon).

Comentários:
Se não for o mais clássico de todos os filmes de gangsters da história do cinema americano, certamente é um dos cinco mais importantes. Não precisa ir muito longe para entender que se trata de uma versão romanceada do grande gangster da época, Al Capone. Dizem inclusive que ele assistiu ao filme ao lado de seus capangas em Chicago e gostou bastante do resultado. Semelhanças biográficas não faltam. Assim como Capone o personagem Tom Powers interpretado por James Cagney, é um bandidinho que começa por baixo, roubando relógios baratos pelas ruas. Depois conforme o tempo vai passando ele vai subindo dentro da hierarquia do mundo do crime até que a sorte grande lhe bate finalmente a porta. A Lei Seca entra em vigor, proibindo a comercialização de bebidas alcoólicas e isso abre um mercado lucrativo para todos os bandidos da cidade que começam a ganhar muito dinheiro com o contrabando de bebidas. Powers e seu fiel e amigo comparsa Matt Doyle (Edward Woods) ganham assim muito dinheiro, a ponto de desfilarem com carrões pela cidade com loiras exuberantes a tiracolo. A namorada de Tom Powers, Gwen Allen, é interpretada pelo mito Jean Harlow, uma atriz que iria influenciar decisivamente na carreira de Marilyn Monroe algumas décadas depois. Ambas eram loiras platinadas, sensuais e que se envolviam com os homens errados. Também morreram jovens, no auge do sucesso. 

Outro ponto forte do filme vem de seu roteiro que explora muito bem a rivalidade que nasce entre Powers e seu irmão Mike (Donald Cook). Esse quer vencer na vida de forma honesta, estudando de noite e trabalhando de dia. Na visão de Tom porém ele não passa de um "otário" (como convém aos espertalhões em geral). Só que Tom não contava que iria acabar pagando muito caro por tentar subir na vida de todas as maneiras possíveis. Por fim, e não menos importante, devemos chamar atenção para uma cena especial quando James Cagney esfrega uma laranja na cara de sua amante durante um café da manhã luxuoso no hotel mais caro da cidade. Essa cena foi considerada extremamente perturbadora na década de 1930 e por causa da reação negativa em sessões testes a Warner decidiu colocar um prólogo moralista afirmando que o filme não tinha a proposta de glamorizar a vida dos criminosos, mas sim servir como um alerta, um aviso, com o que havia de errado na sociedade. Por essa razão temos um final tão significativo nesse aspecto, algo do tipo "Não tente seguir os passos do criminoso retratado nesse filme pois definitivamente o crime não compensa". Bom, pelo menos para James Cagney o crime compensou e muito, pelo menos nas telas de cinema, pois depois desse filme ele virou um mito na era de ouro de Hollywood. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

O Grito da Selva

Título no Brasil: O Grito da Selva
Título Original: The Call of the Wild
Ano de Produção: 1935
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Pictures
Direção: William A. Wellman
Roteiro: Jack London, Gene Fowler
Elenco: Clark Gable, Loretta Young, Jack Oakie

Sinopse:
Jack Thornton (Clark Gable) está sempre em dificuldades financeiras. Jogador inveterado ele tenta ganhar uma nova bolada para seguir viagem rumo ao Alaska onde pretende participar da verdadeira corrida ao ouro que está sendo realizada por lá, após se espalhar a notícia que o valioso metal foi encontrado nas montanhas geladas da região. Mas ele não desiste e ao lado de um trenó guiado por cães se aventura pelos campos isolados do local. Na viagem ao lado de um ex-presidiário acaba salvando uma mulher da morte; Esse encontro certamente mudará completamente os rumos de sua vida.

Comentários:
Pelo visto não é de hoje que as distribuidoras nacionais dão títulos estúpidos para filmes americanos. Esse "The Call of the Wild" foi chamado por aqui de "O Grito da Selva" mas pasmem, não tem selva nenhuma no filme. Ele se passa praticamente todo no Alaska, região nevada e selvagem mas que não tem selva nenhuma como estupidamente sugere o nome nacional da fita. Talvez os distribuidores brasileiros quisessem enganar o público o levando a crer que iria ver um filme ao estilo de Tarzan com Clark Gable no papel principal, vai saber... Deixando essas bobagens de lado o que temos aqui é uma aventura ao velho estilo, com Gable posando de herói das neves, salvando mocinhas inocentes de lobos famintos e correndo atrás da fortuna na região mais do que hostil dos campos gelados do Alaska. É impressionante o nível técnico do cinema americano já naquela época distante, afinal estamos falando de um filme rodado há mais de 70 anos! Por causa dessa excelência podemos ver essa aventura hoje sem problema algum. O roteiro é redondinho e a aventura mostrada bem divertida. Sem dúvida um belo programa para cinéfilos que gostam de filmes clássicos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Geleiras do Inferno

Título no Brasil: Geleiras do Inferno
Título Original: Island in the Sky
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Allyn Joslyn
Direção: William A. Wellman
Roteiro: Ernest K. Gann
Elenco: John Wayne, Lloyd Nolan, Walter Abel, James Arness, Andy Devine, Allyn Joslyn

Sinopse:
Durante uma viagem de retorno o avião do capitão Dooley (John Wayne) enfrenta uma grande nevada que faz os motores da aeronave congelarem. Sem alternativas ele faz um pouso forçado em uma região desabitada e hostil, no norte do Canadá. Agora caberá a ele e seus tripulantes tentarem sobreviver naquele deserto gelado enquanto esperam por um resgate.

Comentários:
Filme de aventura bem de acordo com o que o público de John Wayne gostava de assistir na época. Ele é esse piloto da aviação civil que acaba perdido no meio de uma região congelada no norte do Canada, perto da ilha de gelo da Groelândia. Diante de uma situação extrema como essa, com provisões de alimentos suficientes para apenas seis dias, tudo o que lhe resta é torcer para ser resgatado. Seus próprios companheiros decidem então planejar uma missão de resgate com quatro aviões. Eles não sabem onde o avião de Wayne está, se sofreu um acidente ou se há sobreviventes, mesmo assim partem em sua salvação. O roteiro foi escrito pelo próprio autor do romance que deu origem ao filme. Ele colocou falas para Wayne declamar em off, enquanto a história é contada. Um típico arranjo literário que nem sempre funciona na tela. Mesmo assim é um bom filme, valorizado pela boa interpretação do elenco, em especial Wayne que apesar de fazer o mesmo tipo durão de sempre também precisa passar sentimentos de medo e apreensão pelo que está vivendo. Por fim uma observação importante: o filme é bem realista, pé no chão, por isso não espere por cenas de ação espetaculares ou situações fora do comum. O avião perdido na neve e o resgate que vem em seu socorro é basicamente tudo o que se verá na tela, nada mais do que isso e tudo feito com base em experiências reais acontecidas com pilotos acidentados. No fundo tanto o livro como o filme são belas homenagens à coragem desses profissionais.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Triunfos de Mulher

Título no Brasil: Triunfos de Mulher
Título Original: Night Nurse
Ano de Produção: 1931
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: William A. Wellman
Roteiro: Grace Perkins, Oliver H.P. Garrett
Elenco: Barbara Stanwyck, Ben Lyon, Clark Gable, Joan Blondell
  
Sinopse:
Lora Hart (Barbara Stanwyck) é uma jovem que começa a trabalhar como enfermeira em um grande hospital de Nova Iorque. Aos poucos porém ela descobre um sinistro plano para assassinar duas crianças, que estão seriamente doentes. Ao lado de um perito criminal ela busca provas para incriminar os verdadeiros criminosos.

Comentários:
Bom filme de suspense que elege como heroína de seu enredo uma enfermeira que, trabalhando no período noturno em um hospital, descobre haver um terrível plano envolvendo a morte de duas crianças que estão internadas lá. Inicialmente seria um projeto envolvendo o ator James Cagney que faria o papel de Nick. Depois do sucesso de bilheteria de "Inimigo Público" ele entendeu que o filme já não lhe interessava mais. Assim o roteiro foi reescrito para dar maior importância dentro da trama para a personagem Lora Hart (interpretada por Barbara Stanwyck). Nick então foi dado para Clark Gable interpretar, ainda dando os primeiros passos em sua carreira. O filme também sofreu alguns cortes por ordem do produtor Jack L. Warner que considerou a primeira versão do diretor William A. Wellman muito "perturbadora". O que sobrou de tudo isso foi um enredo que prende atenção até o fim, porém a sensação de que poderia ir mais longe fica sempre presente, até mesmo levando em conta os padrões morais da época.

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de abril de 2018

Águias Modernas

Título no Brasil: Águias Modernas
Título Original: Young Eagles
Ano de Produção: 1930
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: William A. Wellman
Roteiro: Grover Jones, William Slavens McNutt
Elenco: Charles 'Buddy' Rogers, Jean Arthur, Paul Lukas

Sinopse:
A trama do filme gira em torno da rivalidade entre um piloto americano, o Tenente Robert Banks (Charles 'Buddy' Rogers), e seu adversário alemão, o Capitão Von Baden (Paul Lukas), um às da aviação, um piloto formidável, porém um sujeito desprezível. Em um combate feroz, Banks finalmente consegue abater o caça de Von Baden, que cai em território inimigo. Ele porém consegue sobreviver. Feito prisioneiro, jura vingança contra o aviador americano. Esse por sua vez parte para Paris com a intenção de encontrar sua noiva Mary Gordon (Jean Arthur). Seu breve romance acaba sendo interrompido quando seus superiores mandam Banks interrogar o piloto alemão na prisão com o objetivo de lhe arrancar segredos militares cruciais para a guerra. 

Comentários:
Seguindo os passos do famoso filme "Asas" (o primeiro a ser premiado com o Oscar) a Paramount resolveu produzir essa película que contava com alguns detalhes que a diferenciava dos demais filmes de guerra e aventura da época. O diretor William A. Wellman ficou insatisfeito com as primeiras tomadas de combate pois as cenas foram realizadas no chão, dentro do estúdio, com uma tela atrás dos atores projetando cenas capturadas em vôo. Ao assistir a montagem na sala de exibição concluiu que as cenas passavam longe de parecerem reais. De forma ousada e inovando completamente ele decidiu levar o elenco para os céus. Com uma câmera adaptada acoplada aos aviões conseguiu filmar algumas das mais bem feitas cenas de combate aéreo da década de 1930. O presidente da Paramount achou uma loucura aquilo tudo, mas resolveu confiar em Wellman. A beleza técnica é inegável, o que ajudou a consolidar ainda mais a fama do astro Charles 'Buddy' Rogers (que na década de 1980 seria premiado com o Oscar humanitário Jean Hersholt por sua dedicação em projetos de ajuda a sem-tetos de Los Angeles). Pelo visto Rogers foi de fato um herói não apenas nas telas, mas fora delas também.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Dominados pelo Terror

Esse é um western diferente, pois não se resume em contar a história de uma família de rancheiros, usando apenas daquela velha fórmula que conhecemos tão bem, valorizando a coragem desses pioneiros que foram para o oeste. Ao contrário disso investe em dramas familiares, mostrando as complexas relações entre os irmãos que no fundo não se suportam. Robert Mitchum é o irmão do meio. Ele tem uma personalidade forte, dominante. Também tem uma visão cínica do mundo. Ele sempre tem uma frase sórdida e ácida para dizer aos seus familiares. Quando o gado começa a aparecer morto, ele sai a cavalo ao lado de seu irmão mais velho para caçar a pantera negra que estaria matando os bovinos de seu rancho.

O lugar é inóspito, localizado no alto das montanhas de Montana, onde há muito neve e perigos em todos os lugares. Há um velho nativo que mora com a família. Ele tem visões sobrenaturais com a pantera, como se essa fosse uma manifestação do mundo espiritual. No fundo o animal funciona dentro do roteiro quase como uma metáfora da própria morte. O resultado é no mínimo estranho. Há um clima sombrio e de trevas que atravessa todo o filme, algo muito surreal e pouco comum em filmes de faroeste. Os mais velhos não são sábios, mas sim pessoas desprovidas de esperança, de boas virtudes. O velho pai do personagem de Mitchum vive atrás de sua garrafa de whisky que esconde em todas as partes do casarão, a mãe é uma mulher dura, com ares de fanatismo religioso. Um clima nada bom, em um filme com um tom tão escuro que em determinados momentos causa até mesmo agonia no espectador.

Dominados pelo Terror (Track of the Cat, Estados Unidos, 1954)  Direção: William A. Wellman / Roteiro: A.I. Bezzerides, baseado na novela escrita por Walter Van Tilburg Clark / Elenco: Robert Mitchum, Teresa Wright, Diana Lynn, Tab Hunter / Sinopse: Dois irmãos de uma família de rancheiros sobem às montanhas para caçar uma pantera negra que estaria matando todo o gado de seu rancho. No caminho encontram não apenas um animal comum, mas também uma manifestação sobrenatural da própria morte.

Pablo Aluísio.